Entre as responsáveis (ou culpadas?) pela minha paixão pelo basquete, realmente a dupla Paula e Hortência se destaca. Mas caso tivesse que apontar um terceiro nome fundamental no meu “descobrimento” do basquete, provavelmente ele seria o de Vânia Hernandes.
Dona de praticamente a mesma altura das outras duas, Vânia jogava como pivô. Uma ousadia sem tamanho, mesmo para vinte anos atrás. Ainda assim, a jogadora esteve entre as três pivôs mais efetivas da seleção (junto a Marta e Ruth). Calava a boca dos críticos que a perseguiam pela baixa estatura com um jogo extremamente vigoroso. Ficou marcada pela garra em quadra, sem ser desleal ou jogar sujo. Tinha um bom jump a curta e meia distância, um posicionamento de rebote invejável e o melhor gancho que eu vi em quadras brasileiras.
Depois da ‘aposentadoria’ das quadras, Vânia felizmente não parou. Junto da irmã gêmea Vanira, toca um valoroso projeto social em Sorocaba (SP): a Escolinha de Basquete Vânia e Vanira.
Além dele, Vânia está no último ano do Mestrado em Intervenções Psicológicas no Esporte a na Atividade Física, na Universidade São Judas Tadeu. Sob a orientação da Dra. Regina Brandão, Vânia estuda o modelo bioecológico do desenvolvimento humano. Ela me explica assim:
“O modelo é de um russo chamado Urie Bronfenbrenner e fala sobre a interação entre pessoa, processo, contexto e tempo. No estudo voltado à iniciação esportiva diz respeito aos motivos que levam a pessoa a se engajar no esporte, porque permanece, quais os recursos necessários, as demandas pertinentes à modalidade e ao esporte, as características do contexto e da pessoa.”
_ “Entendeu?” _ pergunta a pivô, temendo ter sido prolixa.
Enquanto encerra o mestrado (e já pensando no doutorado), Vânia leciona Psicologia no Esporte na Véris Educacional, em Sorocaba. É ainda professora convidada da FMU para a mesma disciplina no curso de extensão universitária, em junho.
Produzindo artigos (clique aqui para ler “Participação no esporte: uma análise bioecológica”), preparando-se para congressos (como o VIII Fórum Internacional do Esporte, em Florianópolis), Vânia tem claras suas metas:
“Quero me tornar uma pesquisadora na área da Psicologia, me manter na docência e contribuir com o basquetebol através das minhas pesquisas e na formação profissional de pessoas que pretendem trabalhar com o esporte.”
Alguém duvida que ela as alcance?
14 comentários:
Mais uma vez você acertou em cheio Bert, não tenho duvidas que a mestra Vânia Hernandez será vencedora como professora e pesquisadora e nos trará muitas alegrias.
Parabéns Vânia Guerreira!!!
É, Ambrósio!
A saudosa "Guerreira".
Tem posts que eu tenho muito prazer em escrever e esse foi um deles.
Um abraço.
Ola Bert!
Você poderia passar um contato com a Vânia Hernandez? Estou me graduando em Educação Física e tenho interesse na área da Psicologia do Esporte, seria muito valioso para mim trocar idéias com ela.
marcioardelino@hotmail.com
...GRANDE MESTRE VÂNIA HERNANDES...
ESCUDEIRA FIEL DA PAULA E HORTÊNCIA, ICONE DO BASKET FEMININO,SÍMBOLO DE RAÇA.
VALEU BERT O BASKET AGRADECE A LEMBRANÇA. CONCORDO QUE ELA ESTA BONITA
ABRAÇOS
Bert a Vânia Hernandez foi uma atleta de garra, talentosa e muito inteligente, não é surpresa para nós esta notícia. Você e a Vânia Hernandez estão sempre nos surpreendendo.
UMA EX ATLETA DO NÍVEL DA VÂNIA HERNANDEZ COM CONHECIMENTOS VOLTADO AO ESPORTE NÃO SERVE PARA NADA? ONDE ESTA ESTE ULTRAPASSADO GRECO? ACORDA PESSOAL VAMOS TIRAR PROVEITO O BASQUETEBOL AGRADECE
As atletas de hoje deveriam se espelhar na garra e no prazer em jogar que tinha Vânia Hernandes e tantas outras da mesma geração.
Ótima matéria! Parabéns!
Bacana esta matéria. Boas noticias são sempre bem-vindas.
Bert aonde a Vânia Hernandes estuda?
Esta Dra Regina Brandão é a mesma que atua no futebol?
O mestrado da Vânia é na Universidade São Judas.
A Regina imagino que sim, seja a mesma.
Márcio, te mandei um e-mail, mas voltou.
Por favor, entre em contato no paineldobasquete@gmail.com.
Bert bem que a Vânia Hernadez podia nos agraciar com a sua presença em alguns jogos deste tenebroso campeonato paulista de 2009, pelo menos teriamos algo interessante para olhar. Os jogos são ruins demais afee. Fala para ela. Parabens pelo post.
Meu querido Bert faz tempo que só leio criticas em relação aos assuntos dos posts neste site. Quando abri este post da guerreira eu imaginava que por se tratar de Vânia Hernandez só encontraria boas considerações. Ela arrasou nas quadras, era de se esperar que fizesse o mesmo fora delas. Valeu Bert pelo post e pela iniciativa de expor um exemplo digno da guerreira Vânia Hernandez
Gustavo o blog nos traz noticias do esporte que amamos e se você só le critica aqui e nao gosta, porque visita o blog então? nem tudo é maldoso e nem todos comentários sao para criticar o basquete, alguns comentarios. os visitantes tem om livre direito de se expressar. Sobre a guerreira é natural que você só leia elogios, ela foi o símbolo de garra e raça de uma geração espetacular. Palmas para ela, clap...clap...clap... e para a profisssão que escolheu.
Olá Bert.
Eu e minha família ficamos muito felizes com a força que você deu para a minha irmã.
A Vânia sempre foi uma guerreira e nunca reclamou em ter que batalhar pelo reconhecimento e respeito de todos, e só nos aqui sabemos da luta, determinação e dedicação que ela tem pelos estudos a favor do conhecimento, que pode ajudar e muito nosso basquetebol.
Hoje ela é uma mestre no assunto, além de me ajudar a manter nosso projeto social que existe há 09 anos em quatro núcleos espalhados pela cidade de Sorocaba, pouco reconhecido na nossa própria cidade e fora dela.
Estou feliz que você seja um dos nossos maiores incentivadores, assim como do basquetebol feminino.
Valeu pela força.
Com carinho da família Hernandes.
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