quinta-feira, 12 de março de 2009

Patrícia, Fabiana e Bruna: em busca do segundo Mundial


A principal competição das categorias de base é o Campeonato Mundial. O trabalho para ficar entre as 16 melhores seleções do mundo começa com a briga no continente sul-americano por três vagas na Copa América. E depois vai ficando cada vez mais difícil. Os adversários da segunda etapa são os times caribenhos e as equipes americana e canadense. Os quatro primeiros da competição das Américas se classificam para o Mundial, onde enfrentarão os melhores da Europa, África, Ásia e Oceania.

Poucos atletas têm a oportunidade de vivenciar a experiência de disputar uma competição internacional de alto nível, ainda mais numa categoria dois anos acima. Em 2007, três atletas, uma com 17 anos e duas com 16, participaram do Campeonato Mundial Sub-19 da Eslováquia. Bruna Boccasius Siqueira, Fabiana Caetano de Souza e Patrícia Teixeira Ribeiro ganharam a confiança do técnico Luiz Claudio Tarallo e viajaram para defender o Brasil. Hoje, as três treinam forte para ficar entre as doze que vão para a o Mundial da Tailândia no mês de junho.

— Investimos nessas três atletas desde a categoria Sub-15. Elas foram para o Mundial Sub-19 em 2007 para ganhar experiência, já visando a competição deste ano. A Bruna é uma atleta bastante técnica. A Fabiana é muito fundamentada. E a Patrícia é corajosa e pontuadora. São três meninas que têm muito valor para o basquete brasileiro e esperamos que elas coloquem em prática o aprendizado que adquiriram nesses anos de seleção e, principalmente, no Mundial da Eslováquia — comentou o técnico.

Bruna era a mais velha das três. Com 17 anos completos, a pivô teve uma passagem discreta na competição. A atleta atuou em quatro jogos e marcou sete pontos nos 21 minutos que ficou em quadra.

— Mesmo não participando muito, foi uma experiência única para mim. Só em estar no banco, vivenciando o clima de um Mundial, foi um aprendizado enorme. Pude ver como é difícil disputar uma competição desse nível e acho que isso vai me ajudar este ano na Tailândia. Vou fazer de tudo para ficar no grupo e ter a chance de ficar por mais tempo em quadra para ajudar o Brasil a conseguir resultados positivos no campeonato.

Os 188 minutos de experiência que Fabiana ganhou no Mundial foram de extrema importância para a atleta. Na época, a pivô tinha apenas 16 anos e mesmo assim participou de oito jogos, assinalando 50 pontos e 52 rebotes.

— Ir para a Eslováquia foi muito importante para o meu amadurecimento como jogadora e como pessoa. O Mundial era para meninas nascidas em 1988 e, como sou de 1991, não esperava por essa chance de conhecer novos estilos de jogo tão cedo assim. Foi uma oportunidade de ouro para mim. É sempre um orgulho muito grande vestir a camisa do Brasil e espero fazer isso por muitas e muitas vezes. Estou me dedicando ao máximo e vou continuar assim para garantir minha passagem para a Tailândia.

Faltava apenas um mês para Patrícia completar 17 anos, quando a ala vestiu a camisa brasileira por 163 minutos, anotando 71 pontos em oito partidas. A jogadora ainda contribuiu com 15 recuperações, 13 rebotes e oito assistências.

— Foi uma experiência nova, bem diferente do que eu estava acostumada. O Campeonato Mundial é uma competição difícil, com adversários fortes. É uma competição longa, sem muito tempo de descanso. Acabou uma partida já temos que pensar na próxima. Não dá para lamentar as derrotas ou comemorar as vitórias. Foi muito bom ter contato com as outras seleções, principalmente com as européias.

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