Osasco / SP — Todo mundo do basquete sabe que vestir a camisa brasileira é o sonho de todo atleta. O objetivo de defender o Brasil começa cedo, desde o primeiro contato com a bola numa quadra. Depois de anos de muito treino, dedicação e esforço, chega a recompensa: a primeira convocação. Fazer parte da equipe brasileira é motivo de grande felicidade e alegria. É o início da realização do sonho que começou ao quicar da bola pela primeira vez. Na seleção brasileira Sub-16 feminina, patrocinada pela Eletrobrás, duas atletas estão bem perto de ajudar o time canarinho a ganhar uma vaga no Campeonato Mundial: Juliana Lopes Roberto e Patrícia Kelly de Jesus.
A ala Juliana tem 1,70m de altura e depois de ficar desapontada ano passado, quando não foi convocada, não esconde a felicidade de estar usando o uniforme verde e amarelo.
— Quando eu estava chegando em casa, a minha técnica, a Vânia, estava no telefone querendo falar comigo. Pensei logo que tinha feito alguma coisa errada. Quando atendi, ela me perguntou se eu tinha chegado bem e que estava ligando para dar uma boa notícia. Foi quando ela me falou que eu tinha sido convocada para a seleção brasileira. Na hora que ouvi essas palavras, eu congelei. Estava andando pelo corredor da minha casa e simplesmente parei, não consegui nem falar. Fiquei muito feliz, não estava esperando. Como não fui convocada no ano passado, achei que não ia ser mais e não estava ligando muito. Todo mundo ficava falando que eu tinha ido bem nas finais do Campeonato Paulista, mas não acreditava que seria chamada.
O basquete veio por DNA para Juliana. O que era uma simples prática esportiva para o pai, pode ser tornar uma profissão para a filha.
— Meu pai jogou basquete, não profissional. Ele tinha uma turma e sempre se reuniam terças e quintas para bater uma bola. E quando eu tinha uns cinco anos, comecei a ir com ele. Gostei muito e já faz sete anos que estou jogando.
Na opinião da jogadora, os treinos com a seleção são fortes, além de treinar em dois períodos, diferente do que acontece no time.
— Os treinos são bem puxados. É um pouco diferente do que estou acostumada, tem outro estilo, mas é muito bom aprender coisas novas. Ter a Vânia por perto é um ponto bastante positivo. Ela já está acostumada com o trabalho da seleção e, como ela conhece a minha maneira de jogar, sempre procura dar dicas para eu encaixar minhas características na filosofia do técnico César Guidetti.
Outra novata na equipe, a armadora Patrícia, de 1,80m, joga pelo Finasa/Osasco (SP) e garante que vai se dedicar ao máximo para se manter no grupo.
— Eu estava e não estava esperando a convocação. Como não veio no ano passado, fiquei um pouco para baixo, mas não desanimei. Eu estava indo para um treino e passei na cada de uma amiga do time para irmos juntas. Ela me chamou para subir para ver uma coisa e vi meu nome na lista da seleção. Fiquei sem reação, mas muito feliz.
Patrícia também joga basquete por influência da família. Nascida e criada em Osasco, a jogadora começou a fazer as primeiras cestas quando tinha 10 anos.
— Eu comecei porque minha irmã jogava e um dia eu comecei a jogar também. Meu primeiro contato com a bola foi aqui em Osasco mesmo, mas no núcleo Centro de Vivência do Finasa. Agora acho que subi um degrau. Defender a seleção brasileira é uma grande responsabilidade, mas acho que estou pronta para esse desafio.
Além do aprendizado técnico, tático e físico, a seleção brasileira também dá a oportunidade de fazer amizade com pessoas de todo o país.
— Gostei bastante dos treinos com a seleção. Algumas coisas são parecidas com as que eu faço no Finasa. Está sendo muito bom ficar aqui. Conheci meninas que eu nunca tinha visto e ainda tenho minhas companheiras de time para me dar um apoio a mais.
A primeira fase de treinamento vai até o dia 18 de fevereiro. O Brasil se prepara para a Copa América – Pré-Mundial Sub-16, que será disputado de 10 a 14 de junho, em Buenos Aires, na Argentina. A competição classifica os quatro primeiros colocados para o Campeonato Mundial Sub-17 em 2010.
Fonte: CBB
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