sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

PERFIL: Fabiana Oliveira, a Fabão


Quando começou a jogar basquete, aos 12 anos, em Santo André, a ala/pivô Fabiana Oliveira, de 29 anos, era chamada pelas companheiras de “Fabãozinha”, porque no time já existia uma “Fabão”. E se esse apelido parece estranho, a atleta logo avisa que ela mesma pediu para ser chamada assim. “Antes Fabãozinha que Mocotó”, conta, referindo-se ao apelido anterior, dado pela técnica do clube para implicar com a menina que, muito magra, ainda teria que “comer muito mocotó para crescer no basquete”.

Com ou sem mocotó, Fabãozinha cresceu e hoje é um dos destaques de Catanduva, clube que já faturou dois Campeonatos esse ano — o Paulista e os Jogos Abertos, em Piracicaba — e segue lutando nas semifinais do Nacional contra Americana (SP). Na fase de classificação, Fabiana tem o segundo melhor número em recuperações de bolas: 55 em 18 jogos. As estatísticas comprovam o que a própria jogadora aponta como pontos altos do time: defesa forte e contra-ataque veloz.

A atleta, que já defendeu times como Guarulhos e São Caetano, está em Catanduva desde fevereiro de 2006 e não poupa elogios ao clube.

— Gosto muito de fazer parte do time de Catanduva. É uma equipe com pessoas que sabem trabalhar, tanto do ponto de vista técnico quanto administrativo. Tenho uma segurança aqui que é difícil encontrar no basquete, e não pretendo abrir mão disso. Tive momentos muito bons em Catanduva e, apesar de achar que posso render mais, estou bastante satisfeita no clube.

O rendimento deve melhorar com a recuperação do joelho direito que, pela primeira vez na vida, a deixou na mão após uma queda de mau jeito. “Esse joelho já derrubou muita gente”, diz. Não foi necessária uma intervenção cirúrgica, e Fabiana em breve estará cem por cento. Sobre as semifinais do Nacional, a jogadora é otimista.

— Acredito sempre que podemos vencer. Temos plenas condições de vencer as duas partidas em casa e levar a decisão para o quinto jogo. Por estarmos sempre com Ourinhos nas finais, um time fortíssimo, nossa responsabilidade é imensa. Mas o time é homogêneo e guerreiro. É uma equipe alegre e vencedora, na qual tenho enorme prazer de jogar. Títulos são sempre bem vindos e, este ano, conseguimos surpreender muitos críticos que não acreditavam no nosso potencial.

Quando não está em quadra, a ala/pivô se dedica à decoração, atividade que adora e que já transformou em hobby. Na casa que divide em Catanduva com a pivô Ísis, companheira de equipe, é Fabiana quem escolhe as cores das paredes, móveis, objetos. Ainda não teve tempo de se especializar na área, mas, a longo prazo, é o que deseja fazer.

— Gosto muito dessa área. Sei que é isso que quero fazer quando largar as quadras, até porque vida de jogadora de basquete é curta. Acho que tenho bom gosto e, por enquanto, faço tudo por intuição. Assim que tiver um tempo, pretendo fazer cursos e me profissionalizar para trabalhar como decoradora.

Um comentário:

Anônimo disse...

paarabéns FÁ, vc éum exmplo d jogadora!!! de muitaraça, dedicacão e tudo mais, continue firme sempre!!!
te desejo todo o sucesso do mundo!!! bj grande