segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Mau humor da segunda-feira contamina primeiro texto sobre as semifinais do Nacional

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Há poucas observações a serem feitas sobre as semifinais entre Ourinhos e Santo André.

O nível dos jogos esteve tão raso quando o dos comentários de Alberto Bial (SPORTV), que entre anúncios de seu aniversário de casamento e referências à tragédia de Santa Catarina, distribuiu frases vazias. O treinador parecia tentar acordar o telespectador com o seu habitual exagero, que mistura numa mesma panela Danila com Stepanova e Patrícia com Kareem Abdul Jabbar. Só para ficar em dois singelos exemplos.

Santo André já havia cumprido o máximo possível: ser semifinalista. Desfalcado de sua maior cestinha, ala Kattynha, o buraco cresceu. A técnica Laís arma bem seu time, se esforçando em aparar as muitas deficiências do grupo. Mas (ainda) não faz milagre. Mais magra e ágil, a pivô Simone Lima está no melhor momento da carreira. A veterana Patrícia mais uma vez mostra que ainda tem lenha pra queimar. Chama a atenção a correção dos movimentos (ofensivos e defensivos) da menina Glauce. Embora baixa para o pivô, a baiana Vanúzia tem alguns recursos interessantes, que talvez a permitam render um pouco mais na próxima temporada, bem como Luciane. Dominick tenta uma transição do pivô para a lateral, com bastante dificuldade; no que deve servir de alerta para os técnicos de categorias menores. Na armação, Kátia Cavallaro esteve sobrecarregada com a ausência de Kattynha. De qualquer maneira, conduz a bola com competência e coordena bem seu ímpeto ofensivo. Por fim, Ângela ainda oscila bastante e não consegue impor em quadra as boas intenções que seu basquete parece ter. Parece ainda ter chegado ao final da temporada um pouco mais pesada que o ideal.

Do outro lado, as vitórias esmagadoras de Ourinhos não escondem o mau basquete que a equipe (líder do campeonato) vem praticando. A discrição do técnico Urubatan produziu um time com basquete insípido. Embora a força individual do time garanta grande parte do trabalho, há uma constrangedora pobreza tática, que causa a impressão que o time atua sem armadoras ou sem jogadas. Com Bethânia, ainda se vê algo. Mas ao menos nas semifinais, a impressão é de retrocesso no basquete da titular Gattei. Em relação às jogadas, a equipe mantém as mesmas (e poucas) de Paulo Bassul (por sinal, repetidas também na seleção). Números a parte, me irritam cada vez mais a burocracia dos saracuteios estéreis de Chuca e dos movimentos capilares de Êga. Micaela e Mamá cumprem seus papéis. Mutuamente ofuscantes, Chuca, Karen e Ariadna espremem seus minutos, com maior ou menor sucesso. Estagnada, Tatiana Conceição não chama atenção. Lamento, mas consegui exercitar minha benevolência apenas com duas atletas de Ourinhos: a pivô Danila e a ala Fabiana Lara. E já que o texto já se encontra terrivelmente irritante, encerro com uma pergunta do mesmo naipe. Depois de quantos anos, a cidade tantas vezes campeã conseguirá entregar ao basquete brasileiro uma revelação brotada em teu solo?



Só pode ter sido a segunda-feira...

9 comentários:

Anônimo disse...

Ourinhos são não revela prata da casa porque não quer. Tem duas pivôs que são literalmente de casa: Tatiele e Letícia, a ultima, sabe-se lá porque, disputou os abertos por catanduva. E as duas são boas.

Anônimo disse...

Aliás...Esse são poucos os clubes de SP que hj se preocupam em revelar atletas!!Se limitam simplesmente a buscar atletas revelados em outros Estados, deixando de Garimpar os talentos em suas cidades, desanimando os professores/técnicos que ainda o fazem!!Ainda pior que isso, é o fato de fazerem corretamente a seleção desses talentos, somente priorizando a força fisica desses talentos!!Talves esse seja um dos motivos pelo qual ao assistirmos as finais de um campeonato brasileiro feminino tenhamos que nos deparar com tantos erros, e principalmente com gestos técnicos tão mal elaborados.Arremessos horríveis, jogadoras de seleção que não tem mão esquerda. Alguem lembra da Ega nas olimpiadas, quando jogou contra a Austrália??Os comentaristas disseram que não era o dia dela!!Meu Deus...era só reparar que as Australianas simplesmente abriram o lado direito dela, pois ela só corta pra Esquerda, apesar de ser destra!!E é uma pivo titular da seleção!!!Temos Estruturas fantásticas no Brasil para que sejam utilizadas para revelar atletas, mas estamos simplesmente utilizando-as para outras finalidades!!Temos que pensar um pouco como nossos irmãos e rivais argentinos e abdicar um pouco de ganhar, para podermos revelar em nossos clubes!Durante a iniciação a força supera a técnica, mas não depois os fundamentos vão fazer falta!!
Leigo

Anônimo disse...

Sta Imparcialidade

Se estes jogos foram insipidos,como não poderiam deixar de ser pela diferença individual entre as equipes,situação esta que se arrasta com relação ao confronto primeiro com o quarto,desde pelo menos uns 8 anos.
É clara a pobreza tática de Ourinhos(nos anos anteriores não foi diferente)o que mudou foi a postura do técnico,no estilo paizão,boa gente,e com grupo fechado com ele,pelo menos é o que se percebe,enquanto o Bassul,era mais artista,mais markenting,porém com a mesma pobreza tática,vivendo dos arremessos da Chuca e do vigor da Lisdeive,e mesmo assim ganhou um nacional graças aos lances livres salvadores da Karina Jacob(para Ourinhos) e depois perdeu o Paulista.Agora os outros dois semifinalistas,embora em confrontos mais equilibrados,se veem um festival de erros grosseiros dos técnicos-não estou falando de plano de jogo,que ai em Catanduva inexiste,Americana ainda ensaia alguma formação tática,tempos não pedidos em momentos cruciais do jogo(2 jogo em americana)por parte dos dois técnicos,e ainda o erro maior beneficiou a Branca,que com tempo ainda para pedir e com reposição de bola no fundo se esqueceu do tempo e ainda sim deu tempo para a Karina salvar a vitória.

É Bert, é nosso basquete feminino da atualidade,e temos de ainda dar boas vindas aos céus por ele exisistir.

Anônimo disse...

temos estruturas fantasticas????
ateh temos..mas sao poucas e se concentram em sao paulo

Anônimo disse...

Pois é...Mas dentro destas poucas estruturas em SP que são fantásticas, quantas revelam atletas da cidade onde esta estrutura se encontra??Falta gente pra "garimpar" talentos!!!Tá cheio de Urubu voando ao redor de atletas revelados por uma minoria de técnicos em outros Estados e Cidades!!
Leigo

Anônimo disse...

Temos estruturas fantásticas em vários Estados sim. Concordo com o Leigo.Temos que parar de pensar que só se tem basquete em SP. Por que não dá uma olhada nas estruturas que existem no RS por exemplo?O problema é que os olhos são voltados somente para SP, como vejo nesse seu caso.Ha quanto tempo por exemplo não se via uma seleção brasileira de Base com convocações de atletas do PR?Vc acha que isso não faz com que se movimente mais o basquete nesse Estado?
Le

Anônimo disse...

quem dera termos uma Laís Helena coordenando um time como Ourinhos, a "lerdeza" e incompetência de Urubatan da desgosto, eu como torcedor me desânimo quando vejo ele mexer em um time que está ganhando, mesmo as jogadoras estão bem, deixando a defesa furar quando o torcedor amis leigo vê as jogadas repetidas das outras equipes em cima de Ourinhos. Com um time desses Ourinhos não deveria perder para nenhum "timeco" que aparecesse, pelo menos no Brasil. Pensar que Americana conta com Adriana Santos de Trinta e muitos anos que mal consegue bater bola e "mete" bola de três na cara de Mamá a companhia e o que o técnico faz? Nada somente dá risada.

Quando o Quagliato desanimar e não patrocniar mais o time, Adeus basquete em Ourinhos.

Anônimo disse...

Leigo eh muito facil culpar o trabalhode base, acho isso um falta de respeito com quem os fazem, os profissionais sao mal remunerados a CBB nao investe um centavo na base e mesmo assim o Brasil tem atletas disputando os melhores campeonatos de basket do mundo tanto no masc como no fem. Esses atletas comecaram no Brasil com esses mesmos profissionais despreparados de base que voce citou. Agora vc que fala de fundamentos com tanta propriedade quais os atletas que voce revelou?
Eu tiro chapeu para qualquer pessoa que faca basket, pois no Brasil sem apoio algun eles jah sao mais que campeos...

fael disse...

Acredito que essa seminal está decidido antes de se iniciar.
Ourinhos com recursos e Santo André lutando, lutando...
È uma pena Santo Andre não ter patrocinio mais forte, com esse time, mas algumas jóias raras como a pivo Clarissa do Mangueira, a pivô Nádia Colhado e a ala Priscila Borges do São Caetano seriam grandes aquesições para a técnica Lais Helena, e Santo André voltaria a ser competetivo, uma pena mesmo.
Enquanto isso Ourinho, Catanduva e Americana se mantiverem suas equipes irão continuar mandando no basquete femenino.