quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Armadoras finalistas se preparam para o quarto jogo da decisão do Nacional



Elas são espécies de comandantes dos times. Dentro de quadra, distribuem as bolas, planejam as jogadas, ditam o ritmo da partida. São elas, as armadoras, que carregam essa enorme responsabilidade. Para o quarto jogo da final do 11º Campeonato Nacional de Basquete Feminino (CNBF 2008) nesta sexta-feira (20h de Brasília), em Americana, Ana Flávia e Bárbara, de Americana, e Vanessa Gattei e Bethânia, de Ourinhos, se preparam com muito treino e dedicação.

— Armadora é a cabeça do time e controla as jogadas. Uma boa armadora é a que joga para o time, procurando as melhores condições de arremesso para cada companheira. Temos que conhecer bem cada atleta para acertar o tempo da bola. No jogo com Ourinhos, a concentração será fundamental para acertar os detalhes. Além disso, temos que aproveitar mais uma vez o fator casa — contou Bárbara, de Americana, dona da segunda melhor média de assistências por partida no Nacional, com a média de 4.3.

Ana Flávia, companheira de Bárbara na equipe de Americana, lembra da importância dos ensinamentos da técnica Branca, que também atuou na posição de armadora.

— A armadora traz uma responsabilidade enorme, pois é ela quem organiza as jogadas e administra o ritmo da partida. O que faz uma boa armadora é o treinamento, como em qualquer outra posição. O fato de trabalhar com a Branca facilita bastante. Ela vê coisas importantes na parte da armação que nos ajuda demais em quadra. Na sexta-feira, temos que estar atentas ao contra-ataque de Ourinhos e principalmente na Micaela, que é muito veloz — disse Ana Flávia.

Vanessa Gattei e Bethânia são as duas responsáveis pela armação da equipe de Ourinhos, que lidera a série melhor de cinco por dois a um. Se vencer na sexta, o time será pentacampeão brasileiro. Caso Americana empate a série, haverá o quinto jogo no domingo (21), em Ourinhos. As duas equipes estão invictas em casa.

— A posição da armadora é fundamental. É onde as jogadas se iniciam e começa o sistema ofensivo. É preciso ter visão de quadra, liderança e percepção da marcação do outro time. Não podemos errar e vamos com tudo para esse jogo. Queremos fechar a série em Americana para não precisar da final em Ourinhos — explica Bethânia.

Já Vanessa Gattei diz que, para ela, não houve escolha. Para jogar basquete com 1,69m de altura, a posição de armadora era a única solução. Mas não há motivos para reclamações: ela gosta de comandar o time. E o resultado está expresso em números: são, em média, quatro assistências por jogo, terceira melhor média do campeonato.

— Eu não tenho tamanho para jogar em outras posições, então tenho que ser armadora mesmo, mas eu gosto muito. É quem comanda e organiza o time. Nós, armadoras, temos que saber utilizar a melhor jogadora em cada momento da partida. Acredito que, na sexta-feira, a equipe que tiver mais controle e mais organização vai vencer — aposta Gattei.

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