segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Rivais nos clubes, mas companheiras na seleção


Photobucket



A disputa pelo título sempre traz muita rivalidade entre os times. Quando a bola sobe, as jogadoras só pensam em derrotar a equipe adversária. No Campeonato Paulista de 2008, Cibele Roberto, Drielle Nascimento, Estela Gregório, Érika Leite e Priscilla Bernardes duelam em quadra para serem campeãs. A rivalidade é grande quase o ano inteiro, mas tem um momento em que elas passam a bola para a adversária fazer a cesta. É quando chega a hora de defender a seleção paulista ou brasileira. As diferenças ficam no clube e quando elas vestem o mesmo uniforme, o pensamento é um só: representar bem seu Estado e seu país.

Fã do estilo de jogo da armadora Adrianinha, Drielle Nascimento não esperava ser convocada para a seleção brasileira, patrocinada pela Eletrobrás. Atuando pelo APAB/Barretos, que é o segundo colocado no Paulista, a ala/armadora de 1,60m está adorando as novas amizades.

— Não fui bem no Brasileiro, ajudei meu time, mas achei que poderia ter dado mais de mim. Por isso, fiquei surpresa quando vi meu nome na lista de convocadas. Estou adorando estar com a seleção e com as outras meninas. Nós nos conhecemos dos clubes e jogar juntas está sendo uma boa experiência. Aqui não tem time, estamos juntas para representar bem o Brasil. Estávamos no Brasileiro, defendendo a seleção paulista, quando começamos a ter mais amizade uma com a outra. E como ainda não voltamos para o clube, chegamos de Porto Alegre e nos apresentamos na seleção, quero ver quando voltarmos a ser adversárias. Com certeza, vai ser muito interessante.

A ala Estela Gregório tem 1,77m e defende o São José Heat Craft, que está na sétima colocação no Paulista. A jogadora encara a experiência de atuar ao lado das adversárias com bom humor.

— É estranho e legal ao mesmo tempo. A gente não se conhecia muito bem e agora temos a oportunidade de sermos mais amigas uma das outras. Quando nos encontrarmos nos próximos jogos, vamos poder conversar mais, contar as novidades. É uma experiência muito boa, porque agora a gente sabe mais sobre a pessoa, não fica só aquele clima de rivalidade de clube.

Terceiro colocado no estadual, o Finasa/Osasco conta com o talento da ala Priscilla Bernardes. A rivalidade ficou em São Paulo, para quando as atletas voltarem a defender seus clubes.

— Como jogamos juntas na seleção paulista já estamos bem amigas. É como se fosse outro time e está até fácil jogar com elas. A gente deixa a rivalidade de lado e joga em conjunto, buscando sempre ajudar a companheira de equipe. O clima é muito tranqüilo, a gente conversa bastante, troca idéia. Estou gostando muito de estar aqui.

Pelo Unimed/Americana joga Erika Leite. A armadora de 1,72m deixou a rivalidade de lado quando se apresentou na seleção paulista e agora, com a camisa do Brasil, é se unir cada vez mais para alcançar os objetivos.

— Estou gostando dos treinos, dos técnicos e, principalmente, da convivência com as meninas. Conheci melhor as jogadoras dos outros estados e estou mantendo as amizades que fiz no Brasileiro com as atletas de São Paulo. A rivalidade ficou de lado faz tempo, quando chegamos na seleção paulista. Precisávamos nos unir para conquistar o título e foi o que fizemos. Aqui não será diferente, ainda mais com a responsabilidade de representar bem o nosso país. Mas assim que chegarmos nos clubes, voltaremos a ser rivais. Mas só dentro de quadra, porque fora continuaremos muito amigas.

Em São Paulo, Cibele Roberto briga para manter seu time na liderança do Campeonato. A ala/armadora joga pelo Centro Olímpico e pretende manter a amizade com as adversárias de quadra.

— Estou no quarto com a Natália, que é do Paraná, e com a Sheila, que é uma adversária forte na briga pelo título. Mas a rivalidade é só dentro de quadra. Do lado de fora nos mantemos sempre unidas, cultivando a amizade. Não estava com a seleção paulista, mas já conhecia algumas das meninas. E na seleção, procuramos ajudar umas as outras, afinal o nosso país está acima de tudo.

Nenhum comentário: