sábado, 18 de outubro de 2008

Ídolos inspiram seleção brasileira sub-15


Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Maranhão são estados brasileiros mundialmente conhecidos por suas peculiaridades, festas típicas e belezas naturais. Mas não pára por aí. Nos esportes, os quatro estados são fontes de grandes jogadoras de basquete, que inspiram ou inspiraram crianças a seguirem seus passos na modalidade. Prova disso é a seleção brasileira Sub-15 feminina, patrocinada pela Eletrobrás.

Um dos nomes mais importantes do basquete feminino do planeta, a paulista Janeth Arcain tem no currículo um título mundial e duas medalhas olímpicas (prata e bronze). A ala deixou as quadras após o Pan-Americano do Rio, em 2007, e hoje se dedica à formação de novos talentos para o basquete brasileiro. Um deles é a armadora Klaudia Kalinin de 14 anos e 1,69m.

— Meu irmão jogava basquete e resolvi ir também, porque eu gostava bastante do esporte. Comecei na escola e depois fui para o centro da Janeth. Ela está sempre lá com a gente e é uma inspiração para continuarmos a treinar forte. Estar na seleção é uma grande oportunidade. Estou gostando muito dos treinos e espero aprender bastante para evoluir como jogadora.

A pivô Érika Cristina de Souza nasceu no Rio de Janeiro. É vice-campeã mundial Sub-21, campeã sul-americana adulta, juvenil e cadete pela seleção brasileira. Já jogou na Espanha, Hungria e na WNBA, onde conquistou o título de 2002 pelos Los Angeles Sparks. Érika começou a arremessar as primeiras bolas na Mangueira, no mesmo lugar onde jogam Thamara Freitas e Isabela Macedo, que começam a seguir os mesmos passos da pivô carioca.

— Estou muito feliz com a oportunidade de estar na seleção e mais ainda por ter a companhia da Isabela. Os treinos são fortes e estamos aprendendo muito. As outras meninas são muito legais também e já estamos bem entrosadas. Nós nos conhecemos no Brasileiro e no início dos treinos aqui ainda estávamos um pouco tímidas. Aos poucos estamos nos soltando e nos conhecendo melhor — disse a pivô Thamara.

— Nos conhecemos no Fluminense e agora estamos na Mangueira. Defendemos a seleção carioca e agora chegamos na brasileira. Considero a Thamara uma irmã. Estamos sempre juntas, dentro e fora da quadra. Fico contente em dividir essa grande chance de estar na seleção do Brasil com ela. Para nós que queremos seguir a carreira no basquete, a convocação é um grande passo. Não conheço muito a Érika como jogadora ou pessoa, mesmo assim admiro a determinação de correr atrás dos seus sonhos — comentou ala/pivô Isabela.

A cidade paranaense de Medianeira tem menos de 40 mil habitantes e é lá que nasceram dois talentos do basquete brasileiro. A veterana pivô Êga já conquistou cinco títulos sul-americanos e duas medalhas pan-americanas, uma prata e um bronze, pela seleção brasileira. A novata Bruna Werberich vestiu a camisa verde e amarela pela primeira vez no dia 13 de outubro e espera a chance de defender o Brasil no Sul-Americano Sub-15 do Paraguai.

— Eu não gostava de basquete, mas sempre acharam que eu tinha altura para jogar. Quando eu parei de crescer, não desisti de praticar e tento compensar a baixa estatura com velocidade e outras características. Acho a Êga uma boa jogadora e espero chegar onde ela chegou. Acho que ser convocada já é um passo a frente. Os próximos dependem apenas de mim. Tenho sempre que dar o meu melhor em quadra para alcançar meus objetivos — explicou a ala/armadora de 1,70m.

O time maranhense Beto Sports já revelou um talento para o basquete. A ala Iziane é de São Luís e com o sotaque carregado sempre fala com orgulho da cidade onde nasceu. E o Maranhão não parou por aí. Mais uma promessa chega à seleção brasileira. A ala/pivô Maria Claudia Teixeira foi a revelação do 17º Brasileiro Sub-15 de Porto Alegre e despertou o interesse do técnico César Guidetti, que a convocou para a seleção brasileira.

— Minha família toda já jogou basquete e segui o mesmo caminho. E sendo do Maranhão, não tem como não conhecer a Iziane. Gosto muito do estilo dela e até me inspiro nela algumas vezes. Ela chegou na seleção brasileira, o que é o sonho de qualquer atleta. E eu não sou diferente. Fiquei muito feliz com a minha convocação e estou gostando muito dos treinos. Vou fazer o meu melhor para permanecer no grupo que viaja para o Paraguai.

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