segunda-feira, 9 de junho de 2008

Por onde anda Jackie Stiles...


Uma reportagem de Kate Crandall, no The Gazette, na semana passada, trouxe notícias sobre o paradeiro de Jackie Stiles. Nem todo mundo deve se lembrar, mais no começo da década, Stiles impressionou a WNBA, com a qualidade de seu jogo, que, com frequência remetia à Hortência, quer pelos movimentos de infiltração, quer pelo balançar do rabo-de-cavalo.

A carreira da americana foi meteórica.

Nascida em uma cidade de 600 habitantes, Stiles se converteu na maior pontuadora da história da NCAA (3393 pontos) e conduziu a Southwest Missouri State ao Final Four de 2001. No mesmo ano, foi draftada na WNBA, na quarta posição e eleita a caloura do ano.

Logo a exuberância da jogadora nas quadras foi consumida por uma série de contusões por esforço repetitivo, que levaram Stiles a treze cirurgias, que forçaram sua aposentadoria precoce.

Hoje, de fora, Stiles reconhece seus excessos. "Não tive equilíbrio. Isso acabou com a minha carreira."

Don Bost, um dos preparadores físicos que trabalhou com a jogadora, descreve suas impressões: "De todos os atletas com quem já trabalhei, ela foi a que mais treinava. Tinha que segurá-la; ela sempre achava que não tinha feito o suficiente. Ela treinava mil arremessos por dia, e não saía da quadra até completá-los. Isso consumia quatro horas. Todos os dias."

Stiles comenta: "Parecia um carro velho, em que as partes já não funcionam mais."

O recomeço foi complicado e Stiles enfrentou a depressão. "Foi difícil me acostumar. Não sabia o que fazer".

Aos 29 anos, ela conseguiu se reerguer, envolvida com coisas ligadas ao basquete: aulas, palestras, treinamentos e comentários.

Stiles diz não perder nem tempo, nem energia com arrependimentos.

Mas, se pudesse, admite: mudaria pequenas coisas.

"Dormiria um pouco mais e tiraria uma folga uma vez por semana." encerra.

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