sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Com nove times, Nacional começa nesta sexta

O Nacional feminino de basquete que dá largada nesta sexta-feira, com quatro jogos, mostra uma aparente pujança, dois meses depois de a seleção fracassar no Pré-Olímpico de Valdivia. O número de equipes subiu de seis do ano passado, o menor número da história do campeonato, para nove. Esse total só é inferior à edição de 2002, que contou com dez clubes.

O Rio de Janeiro terá mais de um representante pela primeira vez no Nacional. Neste torneio serão três: Botafogo, Fluminense e Teresópolis.Santa Catarina também volta à disputa após ausência de quatro anos. E pela primeira vez terá um time de Florianópolis.

Um exame mais detido, porém, mostra que esse aumento não representa o fortalecimento da competição. Frágeis, os times do Rio querem apenas dar rodagem às suas jogadoras jovens.

"Nosso elenco terá três adultas, três juvenis, três infantos e seis infantis", conta Orlando Pinto de Assunção, técnico do Botafogo, que se orgulha de ter um time formado inteiramente nas categorias de base do clube.

De fato, na última vez em que o Botafogo participou do torneio, em 1999, importou uma equipe paulista, o Ourinhos. O Fluminense, último colocado do Nacional do ano passado, segue a mesma receita.

"Nossa proposta é lançar as meninas do juvenil. Em 2006, tínhamos quatro adultas. Mas, neste ano, sem patrocínio, não conseguimos segurá-las", lamenta o treinador Guilherme Vos, do Fluminense.

Florianópolis está num patamar um pouco melhor. Ao menos formou um time adulto, que levou o título do Estadual. Para o Nacional, reforçou-se com jogadoras de São Bernardo, Suzano e Araraquara. Chegou a sondar a veterana Leila Sobral, 33. Mas a verba não foi suficiente para contratá-la.

Mas se na quadra não ameaça a hegemonia paulista, fora dela quer revolucionar. "Lançamos a campanha "Abaixe já', pedindo para abaixar a altura da cesta para o feminino. Precisamos dar uma sacudida no basquete", explica a técnica Marli Magda Müller.

O grupo catarinense defende que a altura da cesta seja rebaixada 25 cm, dos atuais 3,05 m para 2,80 m. "Isso daria a chance de as mulheres também poderem enterrar", defende ela.

Mesmo se emplacar essa revolução nas regras, o Nacional não sofrerá grandes abalos. O Ourinhos chega ao torneio como favorito. Catanduva, batido pelo adversário na final do Paulista, como seu coadjuvante. "Acredito que nós, Santo André e Sport vamos brigar por uma vaga nas semifinais", analisa o técnico Márcio Beliccieri.

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