sexta-feira, 27 de julho de 2007

Vaga de Janeth cai no colo de Micaela

A ala promete abrir mão de tudo para garantir a vaga do Brasil no Pré-Olímpico e cruzar o planeta em direção a Pequim em 2008.



A partir de agora, a seleção brasileira tem nova titular na posição de ala. A não ser que haja uma grande surpresa, a vaga que ficou aberta com a aposentadoria de Janeth vai cair no colo de Micaela. A ala de 28 anos já perdeu duas vezes a chance de disputar uma Olimpíada. Desta vez, não tem conversa.

Em entrevista ao GloboEsporte.com, ela promete abrir mão de tudo para garantir a vaga do Brasil no Pré-Olímpico e cruzar o planeta em direção a Pequim em 2008. "Precisamos treinar muito, vai ser muito difícil, mas eu não admito ficar fora da Olimpíada de novo. Já fiquei fora de uma, me machuquei na outra, agora chega", afirmou Micaela, pouco após a derrota para os Estados Unidos na final do Pan, na noite de terça-feira (23).


Destaque da seleção brasileira, mesmo saindo do banco, ela dispensou o frio da Europa e está disposta até mesmo a abrir mão de uma possível transferência para a liga profissional americana. "Recebi uma proposta da Letônia, mas não quero ir para lá e ficar sentindo frio. Vou ficar em Ourinhos mesmo. Quero muito ir para a WNBA, mas no ano que vem é difícil. Se a gente não conseguir a vaga no Pré-Olímpico das Américas, tem a repescagem mundial. Depois, vêm as Olimpíadas, não dá tempo de jogar nos Estados Unidos", diz a jogadora, ciente do risco de perder o sonho por causa da idade.

Ao que parece, a liga americana já está de olho na brasileira. "Meu amigo me disse que tinha um cara da WNBA aqui no Rio me observando. Ele disse: "Joga bem, porque o cara está aí". Acho que joguei bem, fiquei satisfeita", avalia.

Na final contra os Estados Unidos, Micaela foi titular pela primeira vez na competição. Se dependesse dela, atuar ao lado de Janeth teria sido uma experiência mais constante. "Já podia ter sido assim antes, mas o Barbosa fez uma opção tática. É lógico que todo mundo quer ser titular, mas não dá para fazer cara feia. Eu não podia me abater. Entrei e correspondi", opina.

A troca de técnico não será problema para a ala. Ao contrário. O bom relacionamento com o novo treinador da seleção, Paulo Bassul, vem de longa data. "Confio muito no Bassul. Ele foi meu segundo técnico, me conhece desde os 14 anos. É ótimo treinador. Ele chega no ginásio com o treino todo pronto. Às vezes tem aquele dia que você está desmotivada, mas ele tem uns treinos ótimos, aí resolve", elogia.


Fonte: Gazeta do Povo

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