Brasil aposta em elenco "turbinado" para a disputa do Mundial
Giancarlo Giampietro e Vicente Toledo Jr.
Em São Paulo
A seleção brasileira feminina de basquete começa, nesta terça-feira, em São Paulo, a disputa do Mundial armada para mostrar que já não depende mais de uma ou duas atletas em quadra. A aposta do técnico Antônio Carlos Barbosa para levar o Brasil ao bicampeonato é na força de um elenco que oferece mais variáveis.
"Temos três pivôs como a Érika, a Alessandra e a Kelly, que são fortes. Temos duas jogadoras quatro, entre elas a Êga, que tem um chute muito bom de três pontos. A Helen e a Adrianinha na armação, a Iziane, que é muito rápida, a Janeth. Então nós temos hoje uma diversidade de jogadoras que permite variar bastante o nosso esquema", ponderou o treinador.
Sem contar mais com estrelas do brilho de Hortência e Paula, a seleção vinha sendo "carregada" pela ala Janeth nas últimas competições internacionais. Agora, a jogadora de 37 anos poderá ser melhor aproveitada em quadra, já que o treinador tem mais opções para fazer o revezamento na posição.
"A Janeth é uma jogadora que foi extremamente sacrificada nas últimas competições porque não tinha troca para ela. Aí ela acabava tendo que jogar demais", comentou Barbosa. "Temos que saber como lidar com ela, administrar, pois não é mais uma criança. E é uma jogadora extremamente importante para equipe, por isso não pode jogar 35 minutos ou mais", completou.
Uma das formas de aliviar o peso sobre Janeth é transformar a jovem Iziane, de 24 anos, na principal referência ofensiva da equipe. "Precisamos deixá-la mais solta. No contra-ataque, ela cria desvantagens para os adversários", disse. Outra é utilizar a ala Micaela, de 27 anos, como "escudeira" da veterana.
"Com ela, temos uma opção de troca para a Janeth, sem perder muito o nível. É uma jogadora rápida, que salta muito e dá uma boa melhorada em nosso elenco", disse Barbosa. Por conta de lesões (veja o quadro), Micaela não participou do Mundial de 2002, na China, e das Olimpíadas de Atenas-2004. As outras duas alas do Brasil no Mundial são Sílvia Cristina e Karen, que também joga como armadora.
Mas apesar da preocupação da comissão técnica em evitar seu desgaste, Janeth exibe disposição de estreante. "Eu quero estar na quadra o tempo que for necessário. Se eu tiver que jogar os 40 minutos, quero jogar os 40 minutos. Se eu estiver bem, quero continuar dentro da quadra", avisou a jogadora.
Na semana passada, Janeth contraiu uma virose e desfalcou a equipe em dois amistosos contra a China. Não teve sua participação no Mundial ameaçada, mas ficou mais alguns dias longe dos treinamentos - já havia se juntado ao elenco mais tarde que a maioria das companheiras, no dia 9 de agosto. Nada que preocupe a experiente jogadora.
"Vocês sabem como eu sou. Quando eu estiver na quadra, vou querer dar o meu 101%. Mas não sou egoísta, é claro. Na hora que eu cansar, tenho certeza de que quem entrar vai entrar bem e vamos chegar todo mundo legal", comentou Janeth, que fez coro com o técnico Barbosa ao elogiar a qualidade do elenco brasileiro para esse Mundial. "O importante é não deixar o ritmo do jogo cair. Não tem mais ninguém novata, ninguém que nunca jogou um jogo internacional, campeonatos importantes", declarou.
Segundo Barbosa, é recomendável a uma equipe internacional ter "dez jogadoras para fazer trocas no mesmo nível durante um jogo". O treinador acredita que este é o caso do elenco brasileiro, tendo ele a responsabilidade de manipular essas peças. "Entre essas, é preciso que haja de cinco a oito jogadoras preparadas para atuar em momentos decisivos, prontas para acertar uma última bola", disse.
Para o garrafão, o técnico fica à espera da recuperação de Érika, que vinha se destacando na preparação brasileira, mas torceu o tornozelo esquerdo em treinamento na última quarta-feira. Sem a pivô, que é destaque no basquete espanhol, Kelly e Êga ganham relevância em seus papéis nas primeiras rodadas.
Para a armação, Barbosa conta apenas com a mesma dupla de Atenas, formada por Helen e Adrianinha. A novata Palmira seria a terceira opção, mas foi cortada pelo treinador no domingo, cedendo lugar à ala-armadora Karen. A atleta chegou a revezar com Helen no início da preparação, antes do retorno de Adrianinha às quadras - ela deu à luz a filha Aaliyah.
Giancarlo Giampietro e Vicente Toledo Jr.
Em São Paulo
A seleção brasileira feminina de basquete começa, nesta terça-feira, em São Paulo, a disputa do Mundial armada para mostrar que já não depende mais de uma ou duas atletas em quadra. A aposta do técnico Antônio Carlos Barbosa para levar o Brasil ao bicampeonato é na força de um elenco que oferece mais variáveis.
"Temos três pivôs como a Érika, a Alessandra e a Kelly, que são fortes. Temos duas jogadoras quatro, entre elas a Êga, que tem um chute muito bom de três pontos. A Helen e a Adrianinha na armação, a Iziane, que é muito rápida, a Janeth. Então nós temos hoje uma diversidade de jogadoras que permite variar bastante o nosso esquema", ponderou o treinador.
Sem contar mais com estrelas do brilho de Hortência e Paula, a seleção vinha sendo "carregada" pela ala Janeth nas últimas competições internacionais. Agora, a jogadora de 37 anos poderá ser melhor aproveitada em quadra, já que o treinador tem mais opções para fazer o revezamento na posição.
"A Janeth é uma jogadora que foi extremamente sacrificada nas últimas competições porque não tinha troca para ela. Aí ela acabava tendo que jogar demais", comentou Barbosa. "Temos que saber como lidar com ela, administrar, pois não é mais uma criança. E é uma jogadora extremamente importante para equipe, por isso não pode jogar 35 minutos ou mais", completou.
Uma das formas de aliviar o peso sobre Janeth é transformar a jovem Iziane, de 24 anos, na principal referência ofensiva da equipe. "Precisamos deixá-la mais solta. No contra-ataque, ela cria desvantagens para os adversários", disse. Outra é utilizar a ala Micaela, de 27 anos, como "escudeira" da veterana.
"Com ela, temos uma opção de troca para a Janeth, sem perder muito o nível. É uma jogadora rápida, que salta muito e dá uma boa melhorada em nosso elenco", disse Barbosa. Por conta de lesões (veja o quadro), Micaela não participou do Mundial de 2002, na China, e das Olimpíadas de Atenas-2004. As outras duas alas do Brasil no Mundial são Sílvia Cristina e Karen, que também joga como armadora.
Mas apesar da preocupação da comissão técnica em evitar seu desgaste, Janeth exibe disposição de estreante. "Eu quero estar na quadra o tempo que for necessário. Se eu tiver que jogar os 40 minutos, quero jogar os 40 minutos. Se eu estiver bem, quero continuar dentro da quadra", avisou a jogadora.
Na semana passada, Janeth contraiu uma virose e desfalcou a equipe em dois amistosos contra a China. Não teve sua participação no Mundial ameaçada, mas ficou mais alguns dias longe dos treinamentos - já havia se juntado ao elenco mais tarde que a maioria das companheiras, no dia 9 de agosto. Nada que preocupe a experiente jogadora.
"Vocês sabem como eu sou. Quando eu estiver na quadra, vou querer dar o meu 101%. Mas não sou egoísta, é claro. Na hora que eu cansar, tenho certeza de que quem entrar vai entrar bem e vamos chegar todo mundo legal", comentou Janeth, que fez coro com o técnico Barbosa ao elogiar a qualidade do elenco brasileiro para esse Mundial. "O importante é não deixar o ritmo do jogo cair. Não tem mais ninguém novata, ninguém que nunca jogou um jogo internacional, campeonatos importantes", declarou.
Segundo Barbosa, é recomendável a uma equipe internacional ter "dez jogadoras para fazer trocas no mesmo nível durante um jogo". O treinador acredita que este é o caso do elenco brasileiro, tendo ele a responsabilidade de manipular essas peças. "Entre essas, é preciso que haja de cinco a oito jogadoras preparadas para atuar em momentos decisivos, prontas para acertar uma última bola", disse.
Para o garrafão, o técnico fica à espera da recuperação de Érika, que vinha se destacando na preparação brasileira, mas torceu o tornozelo esquerdo em treinamento na última quarta-feira. Sem a pivô, que é destaque no basquete espanhol, Kelly e Êga ganham relevância em seus papéis nas primeiras rodadas.
Para a armação, Barbosa conta apenas com a mesma dupla de Atenas, formada por Helen e Adrianinha. A novata Palmira seria a terceira opção, mas foi cortada pelo treinador no domingo, cedendo lugar à ala-armadora Karen. A atleta chegou a revezar com Helen no início da preparação, antes do retorno de Adrianinha às quadras - ela deu à luz a filha Aaliyah.
Fonte: UOL
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