Minhas férias
MELCHIADES FILHO
De volta ao papel, coluna revê a quadrissemana e conclui que o basquete não parou para ver o Zambrotta passar
O DONO DO Ribeirão Preto fechou o time principal. Avisou, ao menos, que as categorias de base serão preservadas. Um talento burilado na cidade brilhou na Copa América juvenil. Paulão terminou como cestinha e reboteiro do torneio. Na vitória pelo bronze, o pivô meteu 26 pontos e capturou incríveis 27 rebotes. Digo bronze porque a seleção mais uma vez tombou diante da Argentina e foi alijada da decisão. As meninas, para piorar, também sucumbiram às "hermanas". Elas nem pódio pegaram. Mas, vá lá, se classificaram para o Mundial. O Paulão já foi recompensado, acabou chamado para a seleção principal.
Os treinos da equipe, por falta de planejamento, começaram com dias de atraso. Não sem antes o técnico ter ensaiado um discurso para um eventual fiasco. Lula disse que a volta da seleção ao cenário olímpico foi colocada em risco pelas disputas jurídicas entre CBB e NLB.
Mas ele mesmo endossou a crise, ao boicotar atletas da liga independente. Na lista dos 26 convocados, coube até quem não quer saber da seleção. Valtinho já pediu dispensa. Nenê ainda não. O pivô casou-se com a personal trainer e, no dia seguinte, renovou com o Denver por US$ 60 milhões até 2012. Outro brasileiro entrou na NBA: Marquinhos, draftado pelo New Orleans. Apesar de atuar na posição em que o Brasil anda mais desfalcado, o ala não foi chamado para a seleção. O pivô João Paulo Batista, descartado pela NBA, foi. Rafael Araújo, o Baby, ganhou uma segunda chance na liga norte-americana, negociado pelo Toronto para o Utah. Tiago Splitter e Érika novamente disseram não aos EUA.
Ambos foram vice-campeões na Espanha. A exemplo da pivô, Janeth resolveu se dedicar à preparação para o Mundial de São Paulo. A CBB, contudo, esqueceu-se de avisá-la da data de início dos treinos. O armador Marcelinho resolveu tentar a sorte na Lituânia. O treinador Miguel Ângelo, no México. Leandrinho, por sua vez, a encontrou no Arizona. O ala-armador foi um dos trunfos do Phoenix, time cinderela que quase chegou lá. O esquema ultraofensivo só parou nas semifinais, ante a forte equipe do Dallas. Na decisão, entretanto, prevaleceu a maior experiência do Miami. O técnico Pat Riley reencontrou o caminho da vitória depois de 18 anos. Os veteranos vira-mundos Gary Payton, Alonzo Mourning e Antoine Walker finalmente puderam comemorar um título. Shaquille O'Neal posou de padrinho de todos. Mas foi o jovem ala-armador Dwyane Wade quem fez a diferença, com a mais espetacular performance em playoffs desde o auge de Michael Jordan. No Brasil, a festa ficou pela metade. Limeira, no masculino, e Santos triunfaram na primeira edição da NLB.
Mas o Nacional da CBB, chapa-branca, não teve campeão. Parou na Justiça, em virtude de um racha na base "governista" -a ironia do destino que levou o Ribeirão Preto a piar. Fez sol e fez frio.
MELCHIADES FILHO
De volta ao papel, coluna revê a quadrissemana e conclui que o basquete não parou para ver o Zambrotta passar
O DONO DO Ribeirão Preto fechou o time principal. Avisou, ao menos, que as categorias de base serão preservadas. Um talento burilado na cidade brilhou na Copa América juvenil. Paulão terminou como cestinha e reboteiro do torneio. Na vitória pelo bronze, o pivô meteu 26 pontos e capturou incríveis 27 rebotes. Digo bronze porque a seleção mais uma vez tombou diante da Argentina e foi alijada da decisão. As meninas, para piorar, também sucumbiram às "hermanas". Elas nem pódio pegaram. Mas, vá lá, se classificaram para o Mundial. O Paulão já foi recompensado, acabou chamado para a seleção principal.
Os treinos da equipe, por falta de planejamento, começaram com dias de atraso. Não sem antes o técnico ter ensaiado um discurso para um eventual fiasco. Lula disse que a volta da seleção ao cenário olímpico foi colocada em risco pelas disputas jurídicas entre CBB e NLB.
Mas ele mesmo endossou a crise, ao boicotar atletas da liga independente. Na lista dos 26 convocados, coube até quem não quer saber da seleção. Valtinho já pediu dispensa. Nenê ainda não. O pivô casou-se com a personal trainer e, no dia seguinte, renovou com o Denver por US$ 60 milhões até 2012. Outro brasileiro entrou na NBA: Marquinhos, draftado pelo New Orleans. Apesar de atuar na posição em que o Brasil anda mais desfalcado, o ala não foi chamado para a seleção. O pivô João Paulo Batista, descartado pela NBA, foi. Rafael Araújo, o Baby, ganhou uma segunda chance na liga norte-americana, negociado pelo Toronto para o Utah. Tiago Splitter e Érika novamente disseram não aos EUA.
Ambos foram vice-campeões na Espanha. A exemplo da pivô, Janeth resolveu se dedicar à preparação para o Mundial de São Paulo. A CBB, contudo, esqueceu-se de avisá-la da data de início dos treinos. O armador Marcelinho resolveu tentar a sorte na Lituânia. O treinador Miguel Ângelo, no México. Leandrinho, por sua vez, a encontrou no Arizona. O ala-armador foi um dos trunfos do Phoenix, time cinderela que quase chegou lá. O esquema ultraofensivo só parou nas semifinais, ante a forte equipe do Dallas. Na decisão, entretanto, prevaleceu a maior experiência do Miami. O técnico Pat Riley reencontrou o caminho da vitória depois de 18 anos. Os veteranos vira-mundos Gary Payton, Alonzo Mourning e Antoine Walker finalmente puderam comemorar um título. Shaquille O'Neal posou de padrinho de todos. Mas foi o jovem ala-armador Dwyane Wade quem fez a diferença, com a mais espetacular performance em playoffs desde o auge de Michael Jordan. No Brasil, a festa ficou pela metade. Limeira, no masculino, e Santos triunfaram na primeira edição da NLB.
Mas o Nacional da CBB, chapa-branca, não teve campeão. Parou na Justiça, em virtude de um racha na base "governista" -a ironia do destino que levou o Ribeirão Preto a piar. Fez sol e fez frio.
Fonte: Folha de São Paulo
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