quinta-feira, 6 de julho de 2006

Em baixa, Brasil se considera favorito em Mundial local

Seleção feminina tenta aproveitar o fato de jogar em casa para voltar ao pódio do basquete, onde não sobe há 6 anos

Técnico da equipe, Barbosa diz que seria cômodo falar em ficar entre os quatro melhores no torneio que será em setembro em SP


O técnico da seleção brasileira feminina de basquete, Antonio Carlos Barbosa, afirmou que sua equipe é uma das favoritas para o Mundial, que acontece em São Paulo e Barueri de 12 a 23 de setembro.
"Vamos entrar no Mundial pensando no título", afirmou o técnico, que iniciou a preparação no mês passado.
O Brasil não sobe no pódio em grandes torneios desde a Olimpíada de Sydney-2000, quando conquistou a medalha de bronze. Em Mundiais, o jejum é ainda maior. A última premiação aconteceu na Austrália-94, quando a seleção, ainda com Hortência e Paula, chegou ao título do torneio.
Nos Jogos de Atenas-2004, o Brasil amargou um quarto lugar depois de aparecer no pódio nas duas Olimpíadas anteriores. No Mundial da China, em 2002, nem chegou às semifinais e terminou em sétimo.
"Seria muito cômodo dizer que nosso objetivo é ficar entre os quatro", afirmou o técnico da seleção. "Temos que exercitar nosso espírito vencedor."
Barbosa afirma que pretende mudar o retrospecto recente da equipe aproveitando o fato de jogar em casa. "Isto é um fator motivador e traz uma responsabilidade saudável."
O Brasil já abrigou o Mundial feminino em duas oportunidades. Na primeira, em 1971, terminou na terceira colocação no torneio disputado em São Paulo. Já em 1983, quando os jogos ocorreram em diversas cidades, a performance foi um pouco pior: quinto lugar.
A preparação para confirmar o favoritismo que o técnico brasileiro assumiu ainda está devagar. A seleção iniciou os treinos em meados do mês passado, mas desfalcada de sua principal jogadora, a ala Janeth, e de outras três jogadoras.
Com outros compromissos, Janeth só deve se apresentar em agosto. A ala Iziane disputa a WNBA pelo Seattle Storm, a pivô Alessandra defende o Woori Bank Hansae na Coréia do Sul e a armadora Adrianinha teve uma filha no mês passado.
Barbosa tenta minimizar os desfalques. "Nesta primeira fase estamos priorizando a parte física. Além disso, trabalho com grande parte do grupo há nove, dez anos. Isso facilita."


Fonte: Folha de São Paulo

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