Vendramini e Maria Helena, mais vitoriosos do país, disputam torneio
Paulista feminino tem de novo duelo de medalhões
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Após um hiato de sete anos, o Paulista feminino terá novamente o duelo dos treinadores com mais conquistas no basquete nacional: Maria Helena Cardoso e Antonio Carlos Vendramini.
O treinador é dono de dez títulos do Estadual. Maria Helena ganhou oito vezes o Paulista. Em Brasileiros, o domínio do técnico é maior. Ele ergueu dez troféus, entre o atual Nacional e a antiga Taça Brasil. Ela somou seis taças.
"Fizemos grandes finais. Eu ganhei a maioria. As pessoas diziam que era o time da Paula contra o da Hortência, mas na verdade era a equipe do Vendramini contra a da Maria Helena", brinca Vendramini, hoje técnico do Ourinhos.
Maria Helena volta a SP, após ausência de sete anos, para dirigir a Ponte Preta. O último time do Estado comandado por ela foi o Osasco, em 1999. Depois, mudou-se para o Rio, onde ganhou o Nacional de 2001 com o Vasco.
Em seguida, tornou-se a primeira brasileira a dirigir um time da Espanha. Ficou dois anos no Mendibil e levou o modesto clube do País Basco à semifinal da liga.
Já Vendramini passou por RJ, PR e MS antes de voltar a SP. "Nossos duelos eram como jogos de xadrez, mas agora ele está com torre, rainha e rei e eu só tenho peão", compara Maria Helena.
A treinadora se refere à regularidade do rival, que ostenta invencibilidade de 48 jogos em torneios oficiais no país (Paulistas e Nacionais). O time não perde desde 16 de janeiro de 2005, quando caiu diante do Americana.
A Ponte só conta com sete contratadas até o momento. A mais conhecida é a ala Sílvia Gustavo, que defendeu a seleção nos Jogos de Atenas-04. "Espero ter um grupo competitivo. Temos uma torcida que está acostumada a títulos. Espero satisfazê-la", pondera.
A Ponte, que dominou o basquete do país nos anos 90, deve se reforçar, repatriando uma armadora, uma ala e uma pivô. Fala-se na ala Silvinha e na pivô Kátia Denise, que estão na Espanha.
O Ourinhos, por sua vez, perdeu Palmira (Bauru), Micaela (MTK Polfa Pabianice, da Polônia) Millene (Marília), Ega (São Caetano) e Ísis (Catanduva), mas trouxe Karen e Geisa do Sport Recife.
Competição tem número recorde de participantes
DA REPORTAGEM LOCAL
O Paulista feminino terá um número recorde de 13 participantes. É mais que o dobro do que contou há três anos, quando a competição teve participação de só seis clubes.
Para isso, dois fatores foram fundamentais. Para incentivar os investimentos, a Federação Paulista de Basquete acabou com a Série A-2. Para continuar na modalidade, os times teriam que disputar a divisão de elite. Caso contrário, não teriam torneio para disputar.
"Por outro lado, a proximidade do Mundial fez com que empresas e prefeituras voltassem a se interessar em investir", crê o técnico Borracha, do São Caetano, referindo-se ao Mundial feminino, que será disputado em São Paulo e Barueri de 12 a 23 de setembro.
Os clubes foram divididos em duas chaves. No Grupo A estão Ourinhos, Marília, Ponte Preta, Jundiaí, São Bernardo, Santos e Piracicaba. No B ficaram Catanduva, Bauru, São José dos Campos, Suzano, São Caetano e Santo André. Os quatro melhores de cada grupo avançam para os mata-matas.
É aí que os clubes que investiram menos poderão levar vantagem. As finais serão no mesmo período em que a seleção já estará treinando. Quem tiver convocadas no time jogará desfalcado a fase decisiva.
Santos x São Bernardo, São José dos Campos x São Caetano, Catanduva x Bauru e Suzano x Santo André fazem hoje a rodada de abertura. (ALF)
Fonte: Folha de São Paulo
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