Oscar assume querer voltar
Dirigente da Nossa Liga promete procurar até a Justiça comum para entrar no Nacional
O mesmo Oscar que criou um campeonato paralelo ao Nacional sob argumento de que a confederação de basquete seria incompetente, agora promete ir até a Justiça comum para disputar a competição criticada, com início previsto para 11 de dezembro. "Se o pedido não for acatado pelo jurídico da CBB, vamos ao STJD. Não resolvendo, procuraremos a Justiça comum".
A intenção, antecipada em reportagem do Jornal de Brasília, tornou-se afirmação na audiência pública de ontem, na Comissão de Turismo e Esportes da Câmara dos Deputados. Oscar preside a Nossa Liga. Criada no primeiro semestre, reúne 20 clubes num Brasileiro dos "dissidentes". É, também, responsável pelo Telemar, atual campeão nacional na versão oficial.
Por conta do "pé de guerra" entre as entidades, o Telemar não fez a pré-inscrição para a temporada 2005/2006, exigida este ano pela confederação e entendida por muitos como forma de intimidar os clubes da Nossa Liga. O inusitado foi que, uma semana depois de a lista com os 18 times divididos em duas chaves ser divulgada oficialmente pela CBB, Oscar enviou carta manifestando interesse em participar.
"Não existe isso de pré-inscrição. E sei que a Federação do Rio mandou ofício em nosso nome. Não posso afirmar se chegou no prazo", esquivou-se Oscar. No discurso do Mão Santa, o retorno é condição para seu time disputar o Sul-Americano para o qual se classificou com o título. "Pelo regulamento, preciso estar no Nacional. Então não me restou alternativa", argumentou.
Oscar reconheceu, porém, que pode perder patrocínios por conta do embate. "Sei que corro o risco. Nenhuma empresa gosta de ficar nesse tipo de briga".
Convidado para a sessão, o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) esquentou a discussão. Até por ser parte interessada. Ele é dono do grupo Universo, com três times inscritos no Nacional: Ajax (GO), Uberlândia (MG) e Brasília. E o time do DF seria justamente quem perderia a vaga herdada no sul-americano numa possível volta do Telemar.
Numa das interpelações, Salgado lembrou que várias vezes o ex-jogador dissera que não disputaria o torneio da CBB. "A imprensa inteira divulgou isso. Agora volta atrás? A CBB já mandou ofício para a Federação Internacional inscrevendo o Universo. O que você quer?", perguntou.
"Mandei a carta agora porque esperava o fim do primeiro turno do carioca para ter certeza da classificação pelo estadual, como sempre foi. Não me lembro de dizer que não disputaria o Nacional", retrucou Oscar.
Na saída, Wellington adiantou que, se a confederação acatar o pedido de Oscar, é provável que os times já inscritos procurem, também, a Justiça. "Ele prega democracia, mas se os times não quiserem o Telemar, ele vai ter de aceitar. Ele quer é tumultuar. E só está voltando porque o campeonato dele é um fracasso", opinou.
Sem entrar na polêmica, Oscar enumerou os motivos que o fizeram criar a Nossa Liga. Entre eles, o Brasil não ter disputado as duas últimas Olimpíadas e o fato de a CBB não repassar dinheiro aos clubes. "Criamos a Liga para salvar o basquete da bancarrota. Infelizmente nós, ídolos, sempre fomos vistos pela confederação como inimigos", lamentou.
Solicitada pelo deputado Silvio Torres (PSDB-SP), a audiência tinha o objetivo de discutir o basquete. A reunião contou com a presença da ex-jogadora Hortência, parceira de Oscar na NLB. O presidente da CBB, Gerasime Bosikis, o Grego, não compareceu.
Fonte: Jornal de Brasília
Dirigente da Nossa Liga promete procurar até a Justiça comum para entrar no Nacional
O mesmo Oscar que criou um campeonato paralelo ao Nacional sob argumento de que a confederação de basquete seria incompetente, agora promete ir até a Justiça comum para disputar a competição criticada, com início previsto para 11 de dezembro. "Se o pedido não for acatado pelo jurídico da CBB, vamos ao STJD. Não resolvendo, procuraremos a Justiça comum".
A intenção, antecipada em reportagem do Jornal de Brasília, tornou-se afirmação na audiência pública de ontem, na Comissão de Turismo e Esportes da Câmara dos Deputados. Oscar preside a Nossa Liga. Criada no primeiro semestre, reúne 20 clubes num Brasileiro dos "dissidentes". É, também, responsável pelo Telemar, atual campeão nacional na versão oficial.
Por conta do "pé de guerra" entre as entidades, o Telemar não fez a pré-inscrição para a temporada 2005/2006, exigida este ano pela confederação e entendida por muitos como forma de intimidar os clubes da Nossa Liga. O inusitado foi que, uma semana depois de a lista com os 18 times divididos em duas chaves ser divulgada oficialmente pela CBB, Oscar enviou carta manifestando interesse em participar.
"Não existe isso de pré-inscrição. E sei que a Federação do Rio mandou ofício em nosso nome. Não posso afirmar se chegou no prazo", esquivou-se Oscar. No discurso do Mão Santa, o retorno é condição para seu time disputar o Sul-Americano para o qual se classificou com o título. "Pelo regulamento, preciso estar no Nacional. Então não me restou alternativa", argumentou.
Oscar reconheceu, porém, que pode perder patrocínios por conta do embate. "Sei que corro o risco. Nenhuma empresa gosta de ficar nesse tipo de briga".
Convidado para a sessão, o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) esquentou a discussão. Até por ser parte interessada. Ele é dono do grupo Universo, com três times inscritos no Nacional: Ajax (GO), Uberlândia (MG) e Brasília. E o time do DF seria justamente quem perderia a vaga herdada no sul-americano numa possível volta do Telemar.
Numa das interpelações, Salgado lembrou que várias vezes o ex-jogador dissera que não disputaria o torneio da CBB. "A imprensa inteira divulgou isso. Agora volta atrás? A CBB já mandou ofício para a Federação Internacional inscrevendo o Universo. O que você quer?", perguntou.
"Mandei a carta agora porque esperava o fim do primeiro turno do carioca para ter certeza da classificação pelo estadual, como sempre foi. Não me lembro de dizer que não disputaria o Nacional", retrucou Oscar.
Na saída, Wellington adiantou que, se a confederação acatar o pedido de Oscar, é provável que os times já inscritos procurem, também, a Justiça. "Ele prega democracia, mas se os times não quiserem o Telemar, ele vai ter de aceitar. Ele quer é tumultuar. E só está voltando porque o campeonato dele é um fracasso", opinou.
Sem entrar na polêmica, Oscar enumerou os motivos que o fizeram criar a Nossa Liga. Entre eles, o Brasil não ter disputado as duas últimas Olimpíadas e o fato de a CBB não repassar dinheiro aos clubes. "Criamos a Liga para salvar o basquete da bancarrota. Infelizmente nós, ídolos, sempre fomos vistos pela confederação como inimigos", lamentou.
Solicitada pelo deputado Silvio Torres (PSDB-SP), a audiência tinha o objetivo de discutir o basquete. A reunião contou com a presença da ex-jogadora Hortência, parceira de Oscar na NLB. O presidente da CBB, Gerasime Bosikis, o Grego, não compareceu.
Fonte: Jornal de Brasília
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