quarta-feira, 27 de julho de 2005

Em guarda!

Erich Beting
Da MBPress, em São Paulo


A batalha para a organização do Campeonato Brasileiro masculino de basquete foi aberta na última terça-feira, com o anúncio feito pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB) de que organizará o Nacional com 18 times, sem revelar porém quais serão as equipes.

A Nossa Liga Basquete (NLB), criada pelo ex-jogador Oscar para fazer frente à CBB, decidiu contra-atacar e espera apenas a oficialização do Nacional pela entidade nacional para entrar na Justiça pedindo o afastamento de Gerasime Bozikis da presidência da CBB.

Para isso, a NLB deverá recorrer ao Estatuto do Torcedor (Lei 10.671), que proíbe a alteração no regulamento das competições nacionais por pelo menos dois anos em seu artigo 9°, parágrafo 5°. A punição prevista na lei é a suspensão dos dirigentes por meio ano.

“A CBB só pode fazer o Nacional com 15 times mais o que subiu da temporada passada. A classificação das equipes também deve ser feita por índice técnico, não pode haver convite”, disse à Máquina do Esporte Heraldo Panhoca, advogado da NLB.

Segundo Panhoca, após entrar com o recurso baseado na lei, o dinheiro que a CBB recebe da Lei Piva poderá ser bloqueado, já que a entidade estaria irregular.

“A partir daí, todas as decisões da CBB são nulas. Estamos tranqüilos com relação a isso”.

Uma saída para a CBB será alterar o calendário nacional do basquete e obter a aprovação do Conselho Nacional do Esporte (CNE), órgão regulado pelo Ministério do Esporte. Com isso, a entidade poderá alterar o regulamento da competição. Outra saída é considerar o basquete um esporte não-profissional, o que é mais difícil, uma vez que os atletas recebem salários para jogar, caracterizando a profissionalização do esporte.

O anúncio feito na terça pela CBB coloca em risco a organização do Nacional paralelo. Uma das críticas feitas pelos clubes à entidade era de que eles tinham pouco poder de decisão sobre a organização do torneio.

Na terça, Gerasime Bozikis, o Grego, presidente da CBB, anunciou a criação da Comissão Executiva do Nacional. Farão parte do grupo as equipes Bandeirante (SC), COC-Ribeirão Preto (SP), Grupo Universo, Pinheiros (SP), Minas Tênis Clube (MG) e Tijuca Tênis Clube (RJ). A comissão vai trabalhar em conjunto com a CBB no gerenciamento técnico e financeiro da competição.

“O mais importante foi a criação da comissão, que junto com a CBB terá a responsabilidade de gerenciar a estrutura física, técnica e financeira e buscar novos patrocínios para o Nacional. Além disso, a comissão terá força e liberdade para conversar com os demais clubes e unificar o basquete brasileiro”, afirmou Grego ao site oficial da CBB.

Imbróglio atravanca patrocinadores


MBPress
Em São Paulo

O imbróglio envolvendo CBB (Confederação Brasileira de Basquete) e NLB (Nossa Liga de Basquete) na organização do Nacional masculino tem atrapalhado as duas entidades na procura por patrocinadores para a competição.

A CBB, que conta com o patrocínio da Eletrobrás para as seleções do Brasil, não conseguiu o apoio da estatal para o torneio local. Agora, a entidade conta com a ajuda da Comissão Executiva para atrair novas empresas para apoiar a competição.

Já a NLB tem usado a força dos nomes de Oscar, Hortência e Paula para tentar buscar apoio e, com isso, começar a organizar o torneio. A liga já decidiu que não lançará o torneio enquanto não puder garantir uma receita significativa a cada um dos clubes participantes.

A Traffic, que venceu concorrência para gerir comercialmente a liga, também aguarda uma definição política para, então, sair atrás da captação de parceiros tanto de mídia quanto de patrocínio para o torneio. Por enquanto, a empresa de marketing esportivo tem apenas um esboço do que planeja para a competição, mas ainda não saiu a campo atrás de parceiros.

Rateio de dinheiro gerou crise

MBPress
Em São Paulo


O racha envolvendo o basquete brasileiro começou após a entrada no Nacional da equipe Telemar-Rio de Janeiro no principal torneio do país. Comandada pelo ex-jogador Oscar, o time da Telemar começou a instigar a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) sobre a divisão de cotas de televisão e a falta de patrocinadores para o Nacional.

A maior reclamação era de que os clubes estavam, literalmente, tendo de pagar para poder disputar o campeonato. O rateio do dinheiro pago pela SporTV para transmitir a competição na TV fechada chegava a R$ 10 mil por clube. Como cada equipe tinha de arcar com suas despesas para viagens e hospedagem para os jogos, o saldo financeiro da disputa do Nacional foi negativo.

Com a reeleição de Grego para a presidência da CBB em maio deste ano, Oscar, Hortência e Paula, as três maiores bandeiras do basquete brasileiro, decidiram formar a Nossa Liga de Basquete (NLB), liga paralela à CBB, que seria responsável por organizar e gerir o Nacional.

Hoje, a NLB conta com apoio de mais de 40 times, sendo que 31 deles se inscreveram para jogar o Nacional pela liga. Do outro lado, a CBB anunciou que terá 18 times no Nacional. A favor da entidade nacional, pesa o fato de COC e Grupo Universo, que têm as principais equipes do país, estarem a seu lado.

Fonte:Máquina do Esporte

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