terça-feira, 28 de junho de 2005

Magic Paula: “A CBB deve cuidar da seleção”

Por Carolina Canossa, especial para GE.Net

Santos (SP) - A ex-jogadora de basquete Paula voltou a criticar a Confederação Brasileira de Basquete nesta terça-feira. Ela, assim como Oscar, Hortência e Janeth, está por trás da criação da Nossa Liga de Basquete (NLB), entidade que tem por objetivo organizar um torneio administrado apenas por clubes.
“Atualmente, os times acabam pagando para jogar os campeonatos promovidos pela Confederação Brasileira de Basquete”, diz a atleta, campeã mundial em 1994: “A CBB tem que cuidar das seleções e parar de ficar promovendo campeonatos em que só ela é beneficiada. O dinheiro ganho com as transmissões de TV e com os patrocinadores não chega até os clubes”.

Segundo Paula, o basquete brasileiro está atrasado em relação ao resto do mundo, já que os dirigentes ainda insistem na idéia de que este é um esporte amador: “Temos que nos profissionalizar. Atualmente, o basquete está sendo administrado de uma forma arcaica, feudal, quando deveria funcionar nos moldes de uma empresa. Os clubes devem ter lucros”.

“A coisa está seguindo um caminho que não é a minha filosofia. As administrações têm que ser mais transparentes”, completa Magic Paula, que aproveita para afirmar mais uma vez que o Nacional Feminino de Basquete, organizado pela CBB e programado para o segundo semestre está garantido: “A opção é de que a Liga feminina só seja disputada no ano que vem. A gente ainda está em vantagem porque não vamos cair nos erros que o torneio masculino cometer (o campeonato masculino organizado pela Liga está programado para começar ainda em 2005). Tudo o que é novo exige uma estrutura”.

Segundo a ex-atleta, o fato de a competição ter conseguido tirar seu CNPJ na última semana é uma vitória, já que lhe confere maior credibilidade: “Agora não podem mais dizer que é um torneio pirata”, comenta, a atual vice-presidente da entidade, que responde pelo departamento feminino: “Já temos 13 clubes esperamos a adesão de mais alguns times no feminino”. No entanto, ela afirma que a Liga pretende ter o reconhecimento da CBB: 'Não queremos prejudicar os atletas que joguem a Liga e possam ser prejudicados pela Confederação, não sendo chamado para a seleção, por exemplo'. Uma Assembléia entre a diretoria e todos os clubes envolvidos na Liga até agora está marcada para esta quarta-feira, em São Paulo.

Santos, campeão paulista da A-2, pede patrocínio

Carolina Canossa, especial para a Ge.Net

Santos (SP) - A equipe dos Santos, campeã da série A-2 do campeonato paulista, enfrenta um sério problema: vai continuar na segunda divisão porque não possui patrocinadores suficientes para disputar o principal torneio do basquete feminino de São Paulo.
“A gente quer recursos para disputar a série A-1 e a Liga Nacional”, comentar a técnica da equipe, Carmen Lúcia Fernandes, que afirma que o time já tem o apoio da Fundação Pró-Esporte de Santos, da Liga Santista de Basquete e mais duas empresas. No entanto, isso ainda não é o suficiente: “Com uma ou mais empresas que acreditem em nosso projeto poderemos formar um elenco competitivo. Precisaríamos de quatro reforços para aumentar a estatura do time”.

A ex-jogadora Magic Paula apóia as meninas do Santos: “É o mínimo que posso fazer pelo basquete. Esse é o objetivo: plantar uma sementinha. A falta de patrocínio é um problema geral. Às vezes o clube não tem apoio porque as pessoas não o conhecem”.

Além de disputar campeonatos mais importantes, o time da Baixada quer desenvolver um trabalho de inclusão de crianças carentes através do esporte. “Com um time forte pretendemos atingir um público alvo, formado por meninos e meninas a partir de 5 anos de idade, que terão nessa equipe um modelo a ser seguido”, comenta a treinadora.

“Investir no esporte é sempre uma coisa boa”, comenta Paula: “É válido principalmente em um projeto sério como este. Eu sei da dificuldade de se fazer esporte, mas também sei da força que alguém ter quando quer algo”.

Grupo Universo desiste da Nossa Liga

Por Carolina Canossa, especial para a GE.Net


Santos (SP) - O grupo Universo, patrocinador de três clubes de basquete brasileiros (Ajax/GO, Uberlândia e Brasília) anunciou nesta segunda-feira que desistiu de participar da Nossa Liga de Basquete, entidade independente que pretende organizar um campeonato nacional de basquete sem a participação da CBB.
Segundo o presidente do Universo, Wellington Salgado de Oliveira, essa decisão aconteceu no último domingo, quando o presidente da Liga, Oscar Schmidt, teria se descontrolado após a conquista do título pelo Telemar/Rio de Janeiro. “Ele chutou tudo, quebrou coisas no vestiário. Não dá para confiar em um cara que faz isso e xinga dirigente na TV”, comentou Oliveira à Folha de São Paulo, se referindo à ocasião em que o ex-jogador chamou Chaim Zaher, dono do COC, patrocinadora da equipe do Ribeirão Preto, de “cagão”: “Não sou contra a idéia da Liga. Só acho que o Oscar reúne condições para chefiar o projeto”.

O presidente da Nossa Liga disse ao jornal paulista que a desistência do grupo não é uma surpresa: “Eles já haviam mandando documentação errada. Já suspeitávamos que não seguiriam o projeto”.

Segundo Magic Paula, que responde pelo departamento feminino da nova entidade, as dificuldades já eram esperadas. “A gente sabe que vai ter clubes que poderão ser seduzidos pela CBB”, comentou a ex-jogadora: “Mas a gente tem que lutar pelo o que a gente quer. Por isso, me enveredei para este caminho da administração”


Fonte: Gazeta Esportiva


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