Presidente reeleito da entidade não abre mão de negociar contratos e fala que torneio paralelo é ruim para o esporte
CBB diz que vai barrar liga independente
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente da Confederação Brasileira de Basquete, Gerasime Bozikis, o Grego, disse ontem que não medirá esforços para evitar que a liga independente comandada por Oscar organize um torneio sem o aval da entidade.
"É ruim para o basquete. Não passa na minha cabeça essa possibilidade. Enquanto for presidente, não vou permitir isso", disse Grego, quebrando silêncio sobre a liga que perdurava desde meados de março, quando ela foi lançada.
Um dos maiores nomes do basquete nacional e dirigente do Rio de Janeiro, Oscar lidera a Nossa Liga de Basquetebol. No fim de março, ele foi eleito presidente.
Além da filiação de mais de 40 clubes, a liga conta com o apoio de nomes como Janeth, Paula e Hortência. Oscar já disse que a entidade fará um Nacional mesmo sem o aval da CBB. A criação da liga tem respaldo na Lei Pelé.
"Temos uma experiência grande, de quase 15 anos, em organização de competições. Qualquer liga pode existir, mas precisa da aceitação da CBB", disse Grego.
Apesar de se recusar a admitir a independência da liga na organização de um Nacional, ele está disposto a negociar com os clubes. Diz que convocará neste mês reunião com dirigentes e atletas.
"As portas nunca ficaram fechadas. Estava apenas esperando a eleição para fazer uma grande reunião", disse o presidente.
Embora não tenha admitido a realização de dois torneios, o dirigente disse que "tudo será negociável". "Não sou contra nem a favor de nada. O campeonato não é meu, é dos clubes e dos atletas."
Grego, porém, sugere que não abrirá mão de que a CBB comercialize os contratos do torneio.
Anteontem ele foi reeleito com 18 votos. Hélio Barbosa, candidato de oposição, teve nove.
A administração de Grego motivou o pivô Nenê, que está na NBA, a anunciar um boicote à seleção. O dirigente afirmou ontem que acredita na volta do atleta.
"Na minha opinião, houve um mal-entendido. O próprio jogador deu entrevista nos últimos dias afirmando a vontade de defender o Brasil. Só não o fará em 2005 porque após a temporada da NBA ele pretende cuidar melhor da sua parte física", disse Grego.
No novo mandato, o dirigente promete construir um CT para a entidade e tentar viabilizar a classificação das seleções para os Jogos de Pequim, em 2008.
No final da entrevista, o presidente da CBB chorou ao lembrar de sua vinda para o Brasil na sua infância. Bozikis é grego.
Fonte: Folha de São Paulo
CBB diz que vai barrar liga independente
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente da Confederação Brasileira de Basquete, Gerasime Bozikis, o Grego, disse ontem que não medirá esforços para evitar que a liga independente comandada por Oscar organize um torneio sem o aval da entidade.
"É ruim para o basquete. Não passa na minha cabeça essa possibilidade. Enquanto for presidente, não vou permitir isso", disse Grego, quebrando silêncio sobre a liga que perdurava desde meados de março, quando ela foi lançada.
Um dos maiores nomes do basquete nacional e dirigente do Rio de Janeiro, Oscar lidera a Nossa Liga de Basquetebol. No fim de março, ele foi eleito presidente.
Além da filiação de mais de 40 clubes, a liga conta com o apoio de nomes como Janeth, Paula e Hortência. Oscar já disse que a entidade fará um Nacional mesmo sem o aval da CBB. A criação da liga tem respaldo na Lei Pelé.
"Temos uma experiência grande, de quase 15 anos, em organização de competições. Qualquer liga pode existir, mas precisa da aceitação da CBB", disse Grego.
Apesar de se recusar a admitir a independência da liga na organização de um Nacional, ele está disposto a negociar com os clubes. Diz que convocará neste mês reunião com dirigentes e atletas.
"As portas nunca ficaram fechadas. Estava apenas esperando a eleição para fazer uma grande reunião", disse o presidente.
Embora não tenha admitido a realização de dois torneios, o dirigente disse que "tudo será negociável". "Não sou contra nem a favor de nada. O campeonato não é meu, é dos clubes e dos atletas."
Grego, porém, sugere que não abrirá mão de que a CBB comercialize os contratos do torneio.
Anteontem ele foi reeleito com 18 votos. Hélio Barbosa, candidato de oposição, teve nove.
A administração de Grego motivou o pivô Nenê, que está na NBA, a anunciar um boicote à seleção. O dirigente afirmou ontem que acredita na volta do atleta.
"Na minha opinião, houve um mal-entendido. O próprio jogador deu entrevista nos últimos dias afirmando a vontade de defender o Brasil. Só não o fará em 2005 porque após a temporada da NBA ele pretende cuidar melhor da sua parte física", disse Grego.
No novo mandato, o dirigente promete construir um CT para a entidade e tentar viabilizar a classificação das seleções para os Jogos de Pequim, em 2008.
No final da entrevista, o presidente da CBB chorou ao lembrar de sua vinda para o Brasil na sua infância. Bozikis é grego.
Fonte: Folha de São Paulo
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