quarta-feira, 30 de março de 2005

Ferreto quer catanduvenses no profissional

Treinador vai comandar categorias de base com objetivo de ‘garimpar’ novos talentos catanduvenses


Para recuperar a ‘lacuna’ de mais de 20 anos sem basquete em Catanduva, o técnico Edson Ferreto terá a responsabilidade de conduzir novamente um time que possuía uma categoria de base que já revelou Janeth e Hortência para o Brasil.

Com a chegada das atletas Mirlei, Silvia e Cleide Crepaldi, Ferreto pretende recuperar o orgulho do catanduvense no basquete. “As duas vieram para retomar o orgulho que Catanduva tinha na época áurea do basquete”, explicou.

Visando a preparação da disputa da Liga Regional de Basquete, a equipe vem treinando diariamente nas quadras do Conjunto Esportivo do Parque Iracema.

“Essa competição é uma prévia do Campeonato Paulista. Por isso, estamos treinando forte, já que vamos enfrentar equipes com qualidade”.

Organizada pela Liga Rio-pretense de Basquete, além de Catanduva, participam os times de Bauru, Avaré, São Manoel, Jaú, São José do Rio Preto e Birigui.

Segundo Ferreto, a competição provavelmente começa em abril. “Enquanto isso, vamos treinando para condicionar fisicamente nossas jogadoras”, falou.

Com cerca de 10 jogadoras atualmente, Ferreto pretende fechar o elenco com a chegada de mais 5 reforços. “Já estamos negociando com duas atletas de estatura alta para definir o time”, diz.

O treinador também ficará responsável pelas categorias de base do basquete local. “Temos que trazer novamente as categorias menores para tentar garimpar atletas daqui”, falou. Além do feminino, Ferreto também vai treinar a equipe de basquete masculino.

A jogadora Mirlei, que despontou para o mundo do basquete em Catanduva, treina com a equipe comandada por Ferreto.

Uniforme destacará as cores de Catanduva

O uniforme oficial da equipe de basquete de Catanduva terá como principal característica a predominância das cores azul, vermelha e amarela, da bandeira do município.

O símbolo criado pelo publicitário Marcelo Destro também terá essas características. “Também estamos desenvolvendo a mascote da equipe, que será uma bruxinha estilizada”, revelou Edeval Corrêa, o Curitiba, assessor da Celt.

Para a elaboração do símbolo, foi feita uma pesquisa em outras equipes de basquete. “A intenção foi a de melhor representar as tradições que o basquete catanduvense já proporcionou para os seus torcedores”, disse o assessor, que ainda revelou a formação de uma torcida organizada para o time.

Local – O time de basquete de Catanduva já tem um local definido para os treinamentos. “A partir da semana que vêm, vamos treinar no Ginásio do Gaviolli”, finalizou Curitiba.

Jogadoras de basquete se apresentam a Ferreto

Cinco jogadoras da equipe de basquete profissional de Catanduva estiveram ontem na abertura oficial da Copa TV Tem de futsal. Todas confirmaram à equipe do NM que vão defender a cidade em torneios estaduais este ano.

Por enquanto, chegaram as jogadoras Juliana (lateral – ex-Uberaba), Fernanda (pivô – ex-Ribeirão Preto), Tatiane (pivô – ex-Marília), Fernanda (armadora – ex-Marília) e Wiviam (lateral – ex-Ribeirão Preto).

Todas já se apresentaram ao técnico Edson Ferreto e realizaram o primeiro treinamento na última quarta-feira. “O elenco deve ser fechado na próxima semana e vamos começar os treinamentos o mais rápido possível”, disse Juliana.

A primeira competição oficial de Catanduva no basquete será a disputa dos Jogos Regionais em Birigui, a partir de julho. O torneio mais importante que Catanduva vai participar é o Campeonato Paulista da Série A-2.

Conscientes da tradição do basquete feminino de Catanduva, as cinco atletas prometeram dedicação total em treinos e jogos. “Muito mais do que honrar as tradições do basquete em Catanduva, vamos a busca de títulos para reerguer este o esporte na cidade”, fala a pivô Fernanda.

Segundo elas, a escolha do técnico Edson Ferreto não poderia ter sido melhor. “É um técnico bastante profissional e capaz de montar uma estrutura para desenvolver um bom trabalho”, diz a armadora Fernanda. Segundo informações, Ferreto deve fechar o elenco catanduvense com dez atletas.

‘Gorda’ se apresenta ao técnico Edson Ferreto


A pivô Silmara Cristina, conhecida no mundo do basquete como ‘Gorda’, se apresentou no inicio da semana ao técnico Edson Ferreto para a disputa das competições da equipe profissional de basquete de Catanduva.

A jogadora estava atuando pelo time de Uberaba e já chegou prometendo muito empenho nos treinamentos. “A nossa responsabilidade será grande, já que vamos defender uma cidade que possuí uma tradição muito grande no basquete”, disse.

A atleta ainda ressaltou a qualidade do treinador Edson Ferreto, com quem iniciou a carreira. “Além de ser um grande homem, vejo em Ferreto o nome ideal para buscar o ressurgimento do basquete em Catanduva”, argumentou.

Sobre a origem de seu apelido, Gorda conta a confusão que foi quando atuava em Presidente Prudente ainda com o nome de Cristina. “Neste time, haviam duas Cristinas. Como os narradores implicavam, tivemos que fazer a mudança. Como eu tinha o peso um pouco acima das demais, acabei recebendo o apelido de ‘Gorda’ que ficou até hoje”, conta.

Gorda já defendeu o Bauru, São Bernardo, São Caetano, Guarulhos, Ribeirão Preto e Uberaba. Junto de Gorda, também chegou a jogadora catanduvense Cléia Crepaldi. “A minha expectativa é a de representar da melhor maneira possível a cidade onde nasci”, conta a lateral, cuja última equipe foi o São Paulo/Guarú.

Equipe comenta adversárias do 1o torneio

As jogadoras irão disputar, dentro de algumas semanas, competição organizada pela Liga Rio-Pretense


Com o primeiro campeonato de basquete se aproximando, as jogadoras que vão defender o time catanduvense falaram o que esperam das principais adversárias que terão pela frente.
O primeiro campeonato que o time de Catanduva irá disputar é um torneio organizado pela Liga Rio-Pretense de Basquete. Esse torneio deve começar dentro de algumas semanas.

A jogadora Gorda disse que a equipe está caminhando para adquirir uma boa forma. “A evolução do time está muito boa. Estamos com os preparativos bastante adiantados e com o pensamento de já ir adquirindo um bom rendimento já nesta competição”, explicou.

A pivô Tati também concorda com sua companheira. “O nosso pensamento é o de sempre respeitar nossas adversárias e conseqüentemente brigar para honrar da melhor maneira possível o nome de Catanduva”, disse.

Gorda acredita que a equipe que pode dar mais trabalho na competição é a de São José do Rio Preto. “Ainda não sabemos realmente como está o time de Rio Preto. Mas, por tradição, eles sempre montam boas equipes nas competições que disputam”, diz a jogadora.

Tati diz que todo o time deve estar em totais condições dentro de pouco tempo. “Com o ritmo intensivo de treinamentos, esperamos chegar ao 100% de nossas condições dentro de três meses”, argumentou.

O técnico de Catanduva, Edson Ferreto, explicou que mais jogadoras para testes vão chegar. “Atletas para testes vão chegar muitas”, diz o treinador.

Mas, uma que pode ficar em definitivo é a pivô Rosângela, que atualmente defende Presidente Prudente. “Ela já jogou também em Bauru e Ourinhos e sua chegada dependeria do acerto de mais um patrocinador para o time”, explicou o técnico. Atualmente, segundo Ferreto, somente o Colégio Jesus Adolescente é o patrocinador oficial da equipe.

Quartel General – Ferreto ainda destacou a dificuldade para arrumar um local para treinamentos fixos de sua equipe. “Com a definição do Ginásio do Gaviolli como o nosso ‘QG’, podemos desenvolver o trabalho com mais tranqüilidade”, explicou. O único entrave seria a disponibilidade de transporte, já que o ginásio é afastado da cidade. “O Gaviolli será a nossa referência. Lá, nenhuma atleta terá sua performance prejudicada devido à qualidade da quadra”, falou.

No retorno, Cléia fala sobre a sua carreira

Jogadora falou sobre expectativa de voltar a defender Catanduva após 14 anos atuando em outras equipes


Prestes a voltar a defender Catanduva no basquete feminino, a jogadora Cléia Crepaldi obteve destaque nas várias equipes em que atuou. Um dos momentos mais emocionantes de sua carreira foi a disputa da Copa do Mundo de Clubes pelo São Paulo/Guarú, na Rússia, atuando contra times internacionais.

Catanduvense de nascimento, Cléia falou que suas principais incentivadoras foram as irmãs Cláudia e Cássia Crepaldi. “Em uma oportunidade, joguei contra a Cláudia e foi muito difícil. Dentro de quadra, o que conta é o profissionalismo. Durante o jogo, chegamos até a trocar alguns empurrões”, brincou.

A jogadora também falou da expectativa de voltar a defender Catanduva no basquete e da importância do técnico Edson Ferreto. “Será um grande orgulho voltar a defender a equipe da cidade onde comecei a jogar. Tenho a plena convicção de que o Ferreto é o treinador ideal para impulsionar novamente o basquete aqui”, disse.
Leia a íntegra da entrevista:

Notícia da Manhã – Como surgiu sua paixão pelo basquete?
Cléia Crepaldi – A minha paixão pelo basquete surgiu quando eu ainda era pequena. Eu acompanhava os treinamentos de minhas irmãs Cássia e Cláudia, quando elas jogavam aqui em Catanduva e eram treinadas pelo Edson Ferreto. Foi assim que eu aprendi a gostar do basquete, pois recebia o incentivo de minhas irmãs.

NM – Como foi seu começo de carreira e por quais equipes já jogou?
Cléia – Comecei jogando no time da Escola Nestor Sampaio Bittencourt. Lá, a nossa equipe disputava jogos escolares e sempre avançava nas competições.
Durante uma partida contra Estrela D’ Oeste, olheiros de Votuporanga observaram algumas jogadoras. Neste mesmo ano, Votuporanga montou uma equipe para jogar na categoria Infanto, da qual eu fazia parte. Mas, infelizmente Votuporanga não tinha tradição nenhuma e o projeto acabou não vingando. Depois, fui para a equipe de Araçatuba disputar os Jogos Abertos, realizados em Guarulhos. Lá, dirigentes do time de Jundiaí gostaram da minha atuação e me chamaram. Joguei por Jundiaí cinco anos e passei por todas as categorias da equipe. Em seguida, fui contratada para jogar no São Bernardo/Uniban. Voltei para Araçatuba atuar com minha irmã Cláudia. Após essas passagens, fiquei cinco anos em Guarulhos, minha última equipe. Lá, atuei pelo São Paulo/Guarú.

NM – Quais os principais títulos de sua carreira?
Cléia – Em Araçatuba, conquistei diversas vezes os Jogos Abertos e Regionais. Pelo São Paulo/Guarú, fui campeã brasileira, título que valeu uma vaga para a disputa da Copa do Mundo de Clubes, na Rússia, em 2003. Conseguimos uma classificação boa, mas não fomos campeãs.
Essa passagem pela Rússia valeu bastante como experiência. Jogamos contra equipes russas, norte-americanas e sul-coreanas.
NM – Como foi idealizado seu retorno para Catanduva?
Cléia – Após 13 anos de carreira, nunca tive a oportunidade de ser comandada pelo Edson Ferreto. Quando ele comandava as equipes de Uberaba e Ourinhos, sempre me convidava para jogar, mas nunca dava certo.
Às vezes, o meu contrato não tinha vencido. Em outras oportunidades, motivos pessoais impediam. Neste ano, ele me ligou e fez o convite, que eu aceitei.
O que pesou favoravelmente nessa escolha foi o fato de eu poder voltar para a minha cidade. Fiquei super feliz e aceitei. Agora, também vou ter a possibilidade de voltar a morar com os meus pais, já que estava há 14 anos fora.

NM – Quais foram as jogadoras que serviram de inspiração em sua carreira?
Cléia – A minha irmã Cláudia foi a única que me inspirou de verdade. Eu sempre me espelhei nela. Ela era uma jogadora bastante batalhadora, dedicada nos treinamentos e sempre me incentivou nas minhas decisões.
Para vir a Catanduva, pedi a opinião dela antes de fechar o contrato. Ela também me incentivava a não abandonar os estudos, mesmo disputando vários campeonatos. Hoje, ela está em Araçatuba desenvolvendo um projeto social chamado ‘Basquete Clube’, que reúne mais de 300 crianças para a prática do esporte.

NM – Qual foi o momento que mais marcou sua carreira?
Cléia – Foi quando fiquei parada durante seis meses devido a uma contusão no joelho. Durante esse tempo, percebi o quanto esse esporte tem valor na minha vida. Eu ficava de fora, sem treinar e muitas vezes chorava de vontade de estar com as minhas companheiras durante os jogos. A lição que tirei disso tudo é que eu vi o quanto o basquete é importante para mim. No retorno às quadras, voltei com gás total.
Logo que eu voltei da cirurgia, fomos campeãs brasileiras por Poços de Caldas e isso me deu uma motivação muito grande para continuar, pois atuei muito bem.

Fonte: Notícia da Manhã

Nenhum comentário: