quinta-feira, 4 de novembro de 2004

Adrianinha é destaque no site da Fiba

A armadora do Penta Faenza Adriana Moisés Pinto, a Adrianinha, é o destaque da seção “Interview of the Week” (“Entrevista da Semana”) da página oficial da FIBA (http://www.fiba.com). Esse é o texto traduzido da matéria publicada no site na última quarta-feira (3 de novembro):

Adrianinha: "Querendo causar impacto"

Fiba.comEla cresceu numa família pobre na cidade de Franca, em São Paulo.

Mas o basquete ajudou Adriana Moisés Pinto a escapar da pobreza e deixar a sua marca no esporte mundial.

Em outubro deste ano, a armadora do Penta Faenza foi eleita a melhor jogadora estrangeira da temporada 2003/2004 na Itália, com o voto dos maiores técnicos do país.

A média de 15,4 pontos por jogo no Campeonato Italiano ajudou a armadora a ganhar o prêmio de melhor estrangeira e confirma a previsão de que ela deve ser uma das principais jogadoras brasileiras quando o Brasil sediar o próximo Campeonato Mundial de Basquete Feminino, em setembro de 2006.

Assim como algumas das estrelas do futebol brasileiro que adotaram apelidos, como Pelé e Ronaldinho, ela costuma ser chamada de Adrianinha.

Ela contou com apoio para atingir o seu objetivo de ser uma atleta profissional.

“Minha mãe não tinha dinheiro para me sustentar e sustentar o meu irmão mais velho. Enquanto ela estava no trabalho, eu ficava no SESI, uma fundação sócio-cultural onde jogava basquete com outras crianças”, diz Adrianinha.

“Jogávamos o dia inteiro e eu comecei a gostar do esporte”.

Ela decidiu desenvolver mais o seu talento no basquete e passou nos testes para jogar no clube Campinas.

Mais tarde, foi para o BCN/Osasco e para o Quaker/Jundiaí, em São Paulo. Até que a sua crescente reputação de ser uma jogadora habilidosa chegou ao Penta Faenza, onde ela está disputando a sua quinta temporada.

“Depois de duas temporadas na Itália, fui convidada para atuar no Phoenix Mercury, na WNBA”, afirma.

“Vivi uma experiência inesquecível, principalmente porque a WNBA está sempre se expandindo e os ginásios estão sempre lotados”.

“O sonho de qualquer jogador é estar numa competição de alto nível”.

É esse entusiasmo que ela espera que o Brasil leve para as quadras em 2006.

“Jogar com a presença de toda a nossa torcida vai ser uma experiência ótima para nós”, contou Adrianinha ao PA International..

“Acho que temos chance de conquistar o título de campeãs mundiais e esquecer o resultado da última Olimpíada”.

“Perdemos a oportunidade de ganhar uma medalha, mas os outros times também tiveram o seu mérito. O quarto lugar não foi um resultado tão ruim”.

“Contamos com atletas maravilhosas para disputar o próximo Campeonato Mundial de Basquete, como Janeth Arcain, Alessandra Oliveira, Helen Luz e algumas jovens jogadoras que podem fazer uma grande diferença na seleção”.

“Se for convocada, vou colaborar para o sucesso da equipe, com certeza”.

Serão 16 seleções brigando pelo título mundial em São Paulo e no Rio de Janeiro, em setembro de 2006.

“Alguns países, como Rússia, Estados Unidos, Austrália, Itália e Espanha, podem tornar mais difícil o caminho da seleção brasileira na conquista do título”.

A armadora de 26 anos tem experiência no basquete europeu e no norte-americano e garante ter descoberto a diferença básica entre os dois estilos de jogo.

“Os norte-americanos estão mais ligados no jogo como parte de uma indústria do entretenimento, enquanto os europeus procuram uma eficiência maior”.

As quatro temporadas que disputou na Itália transformaram Adrianinha numa jogadora mais confiante.

“A Liga Italiana é muito competitiva. Temos que jogar no nosso limite na maior parte do tempo. Como sou uma atleta estrangeira, tive que trabalhar duro”.

(Julio Chitunda, PA International, exclusivo para FIBA)




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