Tensão de pré-estréia
Renato Pena
O Nacional de Basquete Feminino começa amanhã, com três jogos e uma grande interrogação. Na verdade, a maior competição de clubes do Brasil será aberta com várias dúvidas e muita tensão.
Não se sabe se o novo formato da bola, bem menor que nos últimos anos, dará muito certo e, em Uberaba, a equipe do Sírio/Black & Decker faz as apostas no escuro, reclamando dos adversários, que fugiram de jogo amistoso.
O clube uberabense mostrou fôlego financeiro (veja matéria abaixo), teria superado Americana (SP) na corrida por Karina Rodriguez, pivô Argentina naturalizada brasileira, cestinha no Nacional de 1999, que promete jogar como antes.
A nova contratada, a 12ª do elenco uberabense, chegou ontem e entrou na quadra do Jockey Club. "Treinou como Karina", apontou o coordenador Mário Sérgio Mazão, dizendo ter "um jeito próprio de jogo", na velocidade de pivôs. Deve jogar amanhã, já que toda a transferência está confirmada na Confederação Brasileira de Basquete e a atleta ficou em quadra o tempo todo do treino.
Mas a preocupação do técnico Edson Ferreto continua na preparação sem amistosos. O problema "é a falta de ritmo de jogo, pois não disputamos partidas preparatórias, mas estamos tentando compensar com os treinos e melhorar ao longo da competição. Vamos entrar em quadra buscando impor as nossas características, que são a velocidade no contra-ataque e variação defensiva", aponta.
Os cuidados de Ferreto também estão nos outros times, que não conhecem o novo Sírio. "Esconder o jogo" virou a tática do momento no basquete feminino.
Sudeste. Mas as dúvidas, nesse Nacional, espalham pelo Sudeste, única região representada na competição de oito equipes.
Em São Paulo, equipes de tradição, como Santo André e São Caetano, perderam terreno e titulares. Esses times dependem muito dos recursos de prefeituras, que alegam cofres vazios. Guarulhos tem o apoio do São Paulo paulistano, mas depende muito da contratação de Janeth para superar a perda da ala/armadora Karla.
Janeth, aliás, é o sonho de outras equipes, como Juiz de Fora e Ourinhos, devendo optar por São Paulo/Guaru, mais próxima de seu centro de treinamento.
Americana chega da Rússia, embalada pela boa participação no Mundial de Clubes, com um quinto lugar. É a favorita ao bicampeonato, nas mãos de Paulo Bassul.
O Sírio ganha, de cara, em pelo menos um quesito: quando apontadas as arquibancadas. Foi o maior público de 2003 e deve permanecer com casa cheia. A entrada continua gratuita e corre-se o risco de o Jockey voltar a fechar os portões para se evitar superlotação, como ocorreu nos playoffs passados.Tensão de pré-estréia
Renato Pena
O Nacional de Basquete Feminino começa amanhã, com três jogos e uma grande interrogação. Na verdade, a maior competição de clubes do Brasil será aberta com várias dúvidas e muita tensão.
Não se sabe se o novo formato da bola, bem menor que nos últimos anos, dará muito certo e, em Uberaba, a equipe do Sírio/Black & Decker faz as apostas no escuro, reclamando dos adversários, que fugiram de jogo amistoso.
O clube uberabense mostrou fôlego financeiro (veja matéria abaixo), teria superado Americana (SP) na corrida por Karina Rodriguez, pivô Argentina naturalizada brasileira, cestinha no Nacional de 1999, que promete jogar como antes.
A nova contratada, a 12ª do elenco uberabense, chegou ontem e entrou na quadra do Jockey Club. "Treinou como Karina", apontou o coordenador Mário Sérgio Mazão, dizendo ter "um jeito próprio de jogo", na velocidade de pivôs. Deve jogar amanhã, já que toda a transferência está confirmada na Confederação Brasileira de Basquete e a atleta ficou em quadra o tempo todo do treino.
Mas a preocupação do técnico Edson Ferreto continua na preparação sem amistosos. O problema "é a falta de ritmo de jogo, pois não disputamos partidas preparatórias, mas estamos tentando compensar com os treinos e melhorar ao longo da competição. Vamos entrar em quadra buscando impor as nossas características, que são a velocidade no contra-ataque e variação defensiva", aponta.
Os cuidados de Ferreto também estão nos outros times, que não conhecem o novo Sírio. "Esconder o jogo" virou a tática do momento no basquete feminino.
Sudeste. Mas as dúvidas, nesse Nacional, espalham pelo Sudeste, única região representada na competição de oito equipes.
Em São Paulo, equipes de tradição, como Santo André e São Caetano, perderam terreno e titulares. Esses times dependem muito dos recursos de prefeituras, que alegam cofres vazios. Guarulhos tem o apoio do São Paulo paulistano, mas depende muito da contratação de Janeth para superar a perda da ala/armadora Karla.
Janeth, aliás, é o sonho de outras equipes, como Juiz de Fora e Ourinhos, devendo optar por São Paulo/Guaru, mais próxima de seu centro de treinamento.
Americana chega da Rússia, embalada pela boa participação no Mundial de Clubes, com um quinto lugar. É a favorita ao bicampeonato, nas mãos de Paulo Bassul.
O Sírio ganha, de cara, em pelo menos um quesito: quando apontadas as arquibancadas. Foi o maior público de 2003 e deve permanecer com casa cheia. A entrada continua gratuita e corre-se o risco de o Jockey voltar a fechar os portões para se evitar superlotação, como ocorreu nos playoffs passados.
Fonte: Jornal da Manhã
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