Momento Blog do Vôlei Feminino
Uma pausa para o vôlei.
Mas é que essa coluna do Bruno Voloch no Lance está excepcional. E muito do que é dito, pode ser extrapolado para o basquete.
Confiram:
Ninguém consegue
justificar esse fracasso
Bruno Voloch
bvoloch@lancenet.com.br
Nem o treinador e nem as jogadoras souberam explicar os motivos do fracasso do vôlei feminino em Atenas. Sinceramente, a Seleção foi inconstante do razoável início ao trágico fim. Na primeira fase de um jogo só, contra a Itália, fomos irregulares em quase todas as partidas. Nas quartas, contra os Estados Unidos, o retrato de um time inseguro e de altos e baixos impressionantes. Um aviso de que não iríamos muito mais longe se mantivéssemos o padrão. Comentei na ocasião, pelo Bandsports, e mantenho minha linha de raciocínio: faltou categoria para a seleção feminina vencer a Rússia, com 24 a 19 a favor e 2 a 1 no jogo. Uma coisa é falta de sorte, caso do futebol feminino, outra é incompetência. E a Seleção não teve competência para colocar uma bola no chão. É inconcebível que num time de tantas "estrelas" nenhuma tenha chamado a responsabilidade na hora mais importante. Entregamos uma partida como há muito tempo eu não via no esporte. Perdemos para uma Seleção que joga há anos com bolas altas nas pontas, sem variação e de duas jogadoras: Sokolova e Gamova. Seria injusto da minha parte culpar essa ou aquela jogadora e citar nomes. Algumas delas realmente estavam num dia infeliz e devem ter a consciência pesada até hoje. Detesto isso e não sou jornalista do tipo de ficar "passando amão na cabeça". É preciso assumir as responsabilidades. Um crime querer jogar a culpa na novata Mari, jogadora corajosa, diferente de muitas no grupo, e que teve a infelicidade de bater aquela bola para fora. Temos que ter cuidado para não queimar essa atleta. Ela foi, longe, a melhor jogadora do Brasil na Olimpíada. Passada a derrota para a Rússia, veio então a disputa pelo Bronze. E mais uma decepção. Que postura maravilhosa e exemplar tiveram as cubanas. Que postura lastimável e inofensiva tiveram as brasileiras. Fomos atropelados por elas sem esboçar uma reação. Uma medalha estava em jogo, as cubanas sabiam, mas tivemos que ouvir a besteira de que o time estava "emocionalmente abalado". Francamente...
Papai do céu não joga
E o pior ainda estava por vir . Tive que ouvir de uma atacante, sempre chorando, que "Papai do céu não quis". Lembro que "Ele" não entra em quadra, tem muita memória, guarda os fatos, sabe usá-los se preciso for e sempre nos protege, desde que sejamos merecedores. Zé Roberto ficou meio sem ação contra a Rússia quando, na verdade, deu saudades do jeito Bernardinho e Karpol de agir. Mas não o culpo. Ele apostou numa base e pegou o bonde andando. Deixa a Seleção na hora certa .
Com ele saem de vez a levantadora Fernanda, Elizangela, Fofão, Virna, Walewska e Arlene. Tomara que a ameaça de Érika se confirme também. Vamos depender no futuro da genialidade de Mari e da recuperação de Paula Pequeno.
>> Futuro. William, está chegando a sua hora. Esse foi sempre seu sonho. Você é o melhor candidato. Teria tempo para mostrar seu trabalho e renovar com coragem e sem influências a Seleção. A CBV não pode e não deve inventar nomes. Ou pede para Bernardinho acumular a função.
>> Passado. E o que devem estar pensando agora Marco Aurélio Motta e Ana Paula? Será que eles tinha razão?
>> Derrota. Independentemente de tudo , quem perdeu mesmo foi novamente o vôlei feminino, envolvido sempre em fofocas, perdido no emocional e jogando mais quatro anos de resultados buraco .
Fonte: Lance!
Uma pausa para o vôlei.
Mas é que essa coluna do Bruno Voloch no Lance está excepcional. E muito do que é dito, pode ser extrapolado para o basquete.
Confiram:
Ninguém consegue
justificar esse fracasso
Bruno Voloch
bvoloch@lancenet.com.br
Nem o treinador e nem as jogadoras souberam explicar os motivos do fracasso do vôlei feminino em Atenas. Sinceramente, a Seleção foi inconstante do razoável início ao trágico fim. Na primeira fase de um jogo só, contra a Itália, fomos irregulares em quase todas as partidas. Nas quartas, contra os Estados Unidos, o retrato de um time inseguro e de altos e baixos impressionantes. Um aviso de que não iríamos muito mais longe se mantivéssemos o padrão. Comentei na ocasião, pelo Bandsports, e mantenho minha linha de raciocínio: faltou categoria para a seleção feminina vencer a Rússia, com 24 a 19 a favor e 2 a 1 no jogo. Uma coisa é falta de sorte, caso do futebol feminino, outra é incompetência. E a Seleção não teve competência para colocar uma bola no chão. É inconcebível que num time de tantas "estrelas" nenhuma tenha chamado a responsabilidade na hora mais importante. Entregamos uma partida como há muito tempo eu não via no esporte. Perdemos para uma Seleção que joga há anos com bolas altas nas pontas, sem variação e de duas jogadoras: Sokolova e Gamova. Seria injusto da minha parte culpar essa ou aquela jogadora e citar nomes. Algumas delas realmente estavam num dia infeliz e devem ter a consciência pesada até hoje. Detesto isso e não sou jornalista do tipo de ficar "passando amão na cabeça". É preciso assumir as responsabilidades. Um crime querer jogar a culpa na novata Mari, jogadora corajosa, diferente de muitas no grupo, e que teve a infelicidade de bater aquela bola para fora. Temos que ter cuidado para não queimar essa atleta. Ela foi, longe, a melhor jogadora do Brasil na Olimpíada. Passada a derrota para a Rússia, veio então a disputa pelo Bronze. E mais uma decepção. Que postura maravilhosa e exemplar tiveram as cubanas. Que postura lastimável e inofensiva tiveram as brasileiras. Fomos atropelados por elas sem esboçar uma reação. Uma medalha estava em jogo, as cubanas sabiam, mas tivemos que ouvir a besteira de que o time estava "emocionalmente abalado". Francamente...
Papai do céu não joga
E o pior ainda estava por vir . Tive que ouvir de uma atacante, sempre chorando, que "Papai do céu não quis". Lembro que "Ele" não entra em quadra, tem muita memória, guarda os fatos, sabe usá-los se preciso for e sempre nos protege, desde que sejamos merecedores. Zé Roberto ficou meio sem ação contra a Rússia quando, na verdade, deu saudades do jeito Bernardinho e Karpol de agir. Mas não o culpo. Ele apostou numa base e pegou o bonde andando. Deixa a Seleção na hora certa .
Com ele saem de vez a levantadora Fernanda, Elizangela, Fofão, Virna, Walewska e Arlene. Tomara que a ameaça de Érika se confirme também. Vamos depender no futuro da genialidade de Mari e da recuperação de Paula Pequeno.
>> Futuro. William, está chegando a sua hora. Esse foi sempre seu sonho. Você é o melhor candidato. Teria tempo para mostrar seu trabalho e renovar com coragem e sem influências a Seleção. A CBV não pode e não deve inventar nomes. Ou pede para Bernardinho acumular a função.
>> Passado. E o que devem estar pensando agora Marco Aurélio Motta e Ana Paula? Será que eles tinha razão?
>> Derrota. Independentemente de tudo , quem perdeu mesmo foi novamente o vôlei feminino, envolvido sempre em fofocas, perdido no emocional e jogando mais quatro anos de resultados buraco .
Fonte: Lance!
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