terça-feira, 10 de agosto de 2004

Pai de Atleta Paralisa o Campeonato Carioca

Não sei ainda aonde vamos parar.

Mas é isso mesmo.

O pai de uma atleta do Grajaú Country Clube, do Rio de Janeiro, conseguiu paralisar a Copa Patrícia Amorim, principal competição do basquete carioca.

Após uma tumultuada partida entre Grajaú e Mangueira, recheada de agressões verbais do citado "pai" ao árbitro da partida e coroada por agressões físicas ao juiz, quando esse deixava os vestiários, o tempo fechou.

Primeiro um comunicado da FBERJ alertou seus árbitros em comunicado oficial. Segundo esse, se o educadíssimo Sr. Serjão, pai da atleta do Grajaú, estivesse nas imediações, a regra era que o jogo fosse suspenso até que o mesmo fosse retirado.

Mas com Serjão, não se brinca.

Assim, meio que por temor, meio que por Serjão, o campeonato parou.

Com direito, a comunicado oficial no site da federação:

BASTA !

Sábado não houve basquete feminino. As partidas serão realizadas quando houver garantias.
Em reunião realizada na sexta-feira passada (06/08) entre a Presidência e o Depto. de Arbitragem, aonde foram narradas as inúmeras agressões a que foram submetidos quase todos os árbitros do quadro em jogos anteriores, ficou decidido que nenhum árbitro teria obrigação de iniciar qualquer partida em que houvesse a presença do torcedor do Grajaú CC, “Serjão”.
O Sr. Maurício Serour participou de tal reunião e falou em nome da arbitragem.
O Tijuca TC e o Grajaú CC foram notificados de tal decisão.
No sábado, quando me encontrava no Jardim América, realizando o Street-Ball da FBERJ, recebi um telefonema do Sr. Maurício perguntando se havia alguma decisão da Presidência diferente do que havia sido acordado. Respondi que ele tinha autonomia e autoridade para não começar a partida com a presença de tal indivíduo.
E acho que ele agiu com sabedoria.
É público e notório que a presença de tal torcedor constrange não só a arbitragem, como as atletas adversárias. Alguém tem que tomar alguma atitude.
Na FBERJ não existe impunidade.
Não adianta ameaças anônimas. Temos uma longa história no esporte e não serão alguns desafetos que irão destruí-la.
Mais uma vez querem inverter a verdade. Lamento os que defendem o agressor.
Jamais seremos reféns.


Guilherme Kroll
Superintendente


É!

Esse é o basquete do Brasil, de Gregos, Krolls e Barbosas...

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