domingo, 15 de agosto de 2004

Novatas fazem planos de vida longa na seleção

Marta Teixeira

São Paulo (SP) - Com 15 pontos anotados em sua estréia olímpica, a pivô Érika conseguiu deixar sua marca na vitória da seleção brasileira feminina de basquete em Atenas, sábado, sobre o Japão. Ela e outras quatro companheiras de equipe, esperam uma participação tão eficiente, que garanta a confiança do técnico Antonio Carlos Barbosa para novas convocações.
Na Grécia, ele está fazendo uma aposta alta: quase metade das 12 atletas convocadas (cinco) estão disputando a competição pela primeira vez. As armadoras Karla e Vivian, as alas Silvia e Iziane e Érika fazem sua estréia olímpica determinadas a seguir os passos de algumas veteranas.

Há dez anos, a pivô Alessandra é titular no garrafão brasileiro e já esteve em duas Olimpíadas. A titularíssima ala Janeth também tem vida longa na seleção com três Olimpíadas em seu currículo. Para aquelas que desejam seguir seu exemplo, Janeth dá um único conselho. 'Tem que se cuidar'.

Érika nem imaginava chegar a uma Olimpíada na carreira, mas agora que conseguiu faz planos de longo prazo. 'De jeito nenhum imaginava, aos 22 anos, já ser campeã da WNBA (Los Angeles Sparks), vice-campeã mundial (sub-21), campeã húngara e vice espanhola, e isso em apenas 6 anos como profissional', admite, pensando em superar a marca de Janeth. 'Quero chegar na quinta olimpíada', garante.

A ala Iziane é mais modesta e faz planos para 2008 e 2012. 'Estou pensando em mais duas Olimpíadas, em 2016 já vou estar meio velhinha, né'. Mas não descarta por completo a idéia. 'Ai tem que estar no pique da Janeth'.

Depois de uma longa batalha contra contusões e cirurgias, a ala/armadora Vivian também chegou à seleção e pretende provar que mereceu a oportunidade. Continuar na seleção? 'É o que pretendo. Estar também em 2008'.

Clima de estréia também para a armadora Karla, que foi pega de surpresa com a convocação. 'Estou com o coração acelerado. Para quem não vinha de Pré-olímpico nem Pan foi uma surpresa. Mas sabia que tinha feito coisas para merecer isso. Em momento algum pensei em desacreditar. Vou agarrar essa oportunidade e pensar em me manter'.

No primeiro jogo olímpico nem todas conseguiram se destacar, apesar da boa vitória. A melhor foi Érika com seus 15 pontos. Iziane marcou 9; Karla, 8; Vivian, 4 e Silvia, 2. Nesta segunda-feira, a partir das 14 horas com acompanhamento ponto a ponto pela Gazeta Esportiva.Net, contra a Grécia, elas podem ter uma nova chance nas quadras.

Fonte: Gazeta Esportiva

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