quinta-feira, 25 de março de 2004

Helen fala sobre sua carreira e Olimpíadas em entrevista ao site da CBB

Helen Cristina Santos Luz


Aos 31 anos, Helen Luz encara o desafio de jogar na Rússia, defendendo o Dynamo Novosibirsk. A armadora da seleção brasileira se prepara para disputar sua terceira olimpíada e subir ao pódio mais uma vez (Helen foi medalha de bronze em 2000 – Sydney). Campeã mundial em 1994, tetracampeã sul-americana, bicampeã da Copa América e campeã do Torneio Pré-Olímpico das Américas, Helen fala da experiência de morar em um país tão diferente e das expectativas para os Jogos Olímpicos de Atenas, em agosto.

Como está sendo a experiência de jogar na Rússia?

Tem sido uma experiência bastante proveitosa. Eu sempre fui admiradora do basquete russo e agora tenho a oportunidade de mostrar o meu jogo aqui.


Como você compara a forma de jogar na Rússia e no Brasil?

São muito diferentes. O estilo russo é mais técnico, tático e com menos velocidade, mais cadenciado. No Brasil, o jogo é técnico, veloz e também mais criativo.


Você saiu de um país tropical e para um país ártico. Como foi sua adaptação ao clima da Rússia?

Quando cheguei foi assustador. O termômetro marcava 30º negativos. Nunca estive num país com um inverno tão rigoroso. Agora estou mais adaptada ao frio. Já acho bom quando a temperatura fica em torno de 5 ou 8 graus negativos.


Qual sua expectativa para as Olimpíadas de Atenas?

Como todas as edições, esta também será muito difícil. Penso que o treinamento técnico, físico e, principalmente, o psicológico, se forem bem executados, vão fazer a diferença. Acredito que se o técnico Barbosa conseguir explorar o melhor de cada jogadora podemos sonhar com mais uma medalha olímpica para o basquete brasileiro.


O Brasil está no grupo da Rússia, Grécia, Austrália, Japão e Nigéria. Que análise você faz desse grupo?

É uma chave difícil, bastante equilibrada, formada por equipes que conhecemos e sabemos de suas características. Mas eu acho que em uma Olimpíada não podemos escolher adversários. Se todos estão classificados é porque são os melhores. Vamos a jogar com equipes do mesmo nível e a chance de conseguir uma boa colocação no grupo dependerá do nosso psicológico.


E quem são os favoritos para ganhar as medalhas olímpicas?

Estados Unidos, Brasil, Austrália, Rússia. Espanha pode ser a surpresa dependendo do seu cruzamento. As espanholas surpreenderam com o quinto lugar no último mundial, mostrando grande evolução do esporte no país.


Quais são seus planos para depois dos Jogos Olímpicos?

Pretendo continuar jogando na Europa, pois esse intercâmbio com outras escolas vem sendo muito útil para o meu crescimento profissional e pessoal.

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