As Finais pela Folha
Pelo sexto ano consecutivo, competição, que abre hoje as semifinais, irá premiar uma nova equipe com o título
De novo, Nacional terá campeão inédito
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Uberaba e Ourinhos abrem hoje as semifinais do Nacional feminino, que terá um campeão inédito pelo sexto ano consecutivo. Desde que o campeonato surgiu, em 1998, nenhuma equipe teve o prazer de erguer o troféu duas vezes.
Neste ano, mais uma vez, tal possibilidade já está descartada. Santo André, vencedor em 1999, e São Paulo-Guaru, campeão em 2002, já foram eliminados nas quartas-de-final por, respectivamente, São Caetano e Uberaba.
O outro confronto semifinal, entre São Caetano e Americana, terá início amanhã, no ABC.
A diversidade de campeões não é um indicador da competitividade do torneio. Muito pelo contrário. É sintoma da inconstância de investimentos na modalidade.
"Acho ruim isso. Muitas equipes mudam de sede ou fecham. O ginásio enche quando o time cria identidade com o lugar", diz o técnico Paulo Bassul, do Americana.
"Mas acredito que isso esteja mudando. Americana, Ourinhos e São Caetano disputam o campeonato há algum tempo. Já o Uberaba está animado e deve manter a equipe", completa ele.
Dos cinco clubes que já foram campeões, três não contam mais com equipe adulta: Fluminense, Paraná e Vasco. Sinal dessa irregularidade, o Santo André é o único time que esteve presente em todas as edições do Nacional.
Neste ano, o Ourinhos, invicto em 14 partidas, aparece como o grande favorito. A equipe foi a primeira da história do torneio a terminar a fase de classificação sem sofrer derrotas. Alçado diretamente à semifinal, o time do interior paulista não atua há 20 dias.
"Para nós isso foi bom porque muitas jogadoras puderam se recuperar de pequenas contusões que poderiam se agravar se tivéssemos engatado em uma sequência de partidas", destaca o técnico Antonio Carlos Vendramini.
Assim, a ala-armadora Betânia, as alas Silvinha, Janeth e Aide e as pivôs Eliane e Milene tiveram descanso. A partir de agora, o treinador crê que não haverá moleza.
"Todo mundo quer ganhar da gente. Com Uberaba não será diferente. Acho muito difícil nossa equipe ser campeã invicta. Mas, se eu disser que não penso nisso, estarei mentindo. Uma conquista dessas marca a carreira de todo mundo", afirma Vendramini.
O técnico do Uberaba, Edson Ferreto, que dirigiu o Ourinhos por cinco anos antes de ser demitido depois do Paulista-2003, crê que a tarefa de suas atuais comandadas é bastante difícil. "Ourinhos e Americana são os favoritos para fazer a final", aponta Ferreto.
Azarão na outra série, o técnico do São Caetano, Norberto José da Silva, o Borracha, acredita ser possível superar o Americana. Na fase de classificação, a equipe dirigida por Paulo Bassul só perdeu seus duelos contra o Ourinhos.
"O time de Ourinhos conta com um elenco com dez a 12 jogadoras que poderiam ser titulares nas outras equipes. Mas o Americana não está muito longe de nós ou de Uberaba", analisa Borracha.
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NA TV - Uberaba x Ourinhos, na Sportv, ao vivo, às 21h
O PERSONAGEM
"Quero ser a nova Janeth", afirma a cestinha Micaela
DA REPORTAGEM LOCAL
Se o Ourinhos mantém a proeza de ser o único invicto, o Americana ao menos ostenta um destaque individual: a ala Micaela, 24, conseguiu destronar Janeth, 34, cestinha das últimas três edições do Nacional.
No campeonato atual, a jogadora do Americana conta com uma média de 23,2 pontos por partida. Janeth, maior estrela da seleção brasileira, acumula um número mais modesto: 19,6 pontos por confronto.
"Entrei neste campeonato para ser a cestinha. Essa era a minha meta. Por isso, estar na frente não é surpresa para mim", afirma Micaela, que aspira a mais espaço na seleção.
"A Janeth não é eterna. Ela não deve jogar a outra Olimpíada [em Pequim-08]. Quero ser uma nova Janeth", afirma.
Em 2002, Micaela começou a ameaçar a rival. A ala, que atuou pelo modesto Dom Bosco (MS), quinto colocado, marcou 21,9 pontos por jogo. Pelo campeão São Paulo-Guaru, Janeth fez 23,9 pontos por duelo.
O bom desempenho não rende frutos a Micaela só neste Nacional. A ala, que estreou no torneio pelo Osasco, em 1999, já marcou 1.349 pontos em Nacionais -está em sexto lugar na lista das maiores pontuadoras da competição. Se mantiver a média atual, pode subir para o terceiro posto. (ALF)
São Paulo joga por hegemonia
DA REPORTAGEM LOCAL
Com três das quatro equipes das semifinais, São Paulo pode alcançar, nesta edição do Nacional, a hegemonia na competição.
Os clubes do Estado contam com dois títulos, mesmo número de conquistas das equipes cariocas. O Paraná completa a lista de campeões, com uma taça.
Os paulistas dominaram amplamente a antiga Taça Brasil. Surgida em 1984, quando a Prudentina ficou com o título, a competição teve 13 edições, todas vencidas por clubes do Estado.
São Paulo passou por uma fase ruim no mesmo momento em que surgiu o Nacional. Em 1998, o Fluminense (RJ) se tornou o primeiro campeão do torneio. (ALF)
Fonte: Folha de São Paulo
Pelo sexto ano consecutivo, competição, que abre hoje as semifinais, irá premiar uma nova equipe com o título
De novo, Nacional terá campeão inédito
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Uberaba e Ourinhos abrem hoje as semifinais do Nacional feminino, que terá um campeão inédito pelo sexto ano consecutivo. Desde que o campeonato surgiu, em 1998, nenhuma equipe teve o prazer de erguer o troféu duas vezes.
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O outro confronto semifinal, entre São Caetano e Americana, terá início amanhã, no ABC.
A diversidade de campeões não é um indicador da competitividade do torneio. Muito pelo contrário. É sintoma da inconstância de investimentos na modalidade.
"Acho ruim isso. Muitas equipes mudam de sede ou fecham. O ginásio enche quando o time cria identidade com o lugar", diz o técnico Paulo Bassul, do Americana.
"Mas acredito que isso esteja mudando. Americana, Ourinhos e São Caetano disputam o campeonato há algum tempo. Já o Uberaba está animado e deve manter a equipe", completa ele.
Dos cinco clubes que já foram campeões, três não contam mais com equipe adulta: Fluminense, Paraná e Vasco. Sinal dessa irregularidade, o Santo André é o único time que esteve presente em todas as edições do Nacional.
Neste ano, o Ourinhos, invicto em 14 partidas, aparece como o grande favorito. A equipe foi a primeira da história do torneio a terminar a fase de classificação sem sofrer derrotas. Alçado diretamente à semifinal, o time do interior paulista não atua há 20 dias.
"Para nós isso foi bom porque muitas jogadoras puderam se recuperar de pequenas contusões que poderiam se agravar se tivéssemos engatado em uma sequência de partidas", destaca o técnico Antonio Carlos Vendramini.
Assim, a ala-armadora Betânia, as alas Silvinha, Janeth e Aide e as pivôs Eliane e Milene tiveram descanso. A partir de agora, o treinador crê que não haverá moleza.
"Todo mundo quer ganhar da gente. Com Uberaba não será diferente. Acho muito difícil nossa equipe ser campeã invicta. Mas, se eu disser que não penso nisso, estarei mentindo. Uma conquista dessas marca a carreira de todo mundo", afirma Vendramini.
O técnico do Uberaba, Edson Ferreto, que dirigiu o Ourinhos por cinco anos antes de ser demitido depois do Paulista-2003, crê que a tarefa de suas atuais comandadas é bastante difícil. "Ourinhos e Americana são os favoritos para fazer a final", aponta Ferreto.
Azarão na outra série, o técnico do São Caetano, Norberto José da Silva, o Borracha, acredita ser possível superar o Americana. Na fase de classificação, a equipe dirigida por Paulo Bassul só perdeu seus duelos contra o Ourinhos.
"O time de Ourinhos conta com um elenco com dez a 12 jogadoras que poderiam ser titulares nas outras equipes. Mas o Americana não está muito longe de nós ou de Uberaba", analisa Borracha.
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NA TV - Uberaba x Ourinhos, na Sportv, ao vivo, às 21h
O PERSONAGEM
"Quero ser a nova Janeth", afirma a cestinha Micaela
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DA REPORTAGEM LOCAL
Se o Ourinhos mantém a proeza de ser o único invicto, o Americana ao menos ostenta um destaque individual: a ala Micaela, 24, conseguiu destronar Janeth, 34, cestinha das últimas três edições do Nacional.
No campeonato atual, a jogadora do Americana conta com uma média de 23,2 pontos por partida. Janeth, maior estrela da seleção brasileira, acumula um número mais modesto: 19,6 pontos por confronto.
"Entrei neste campeonato para ser a cestinha. Essa era a minha meta. Por isso, estar na frente não é surpresa para mim", afirma Micaela, que aspira a mais espaço na seleção.
"A Janeth não é eterna. Ela não deve jogar a outra Olimpíada [em Pequim-08]. Quero ser uma nova Janeth", afirma.
Em 2002, Micaela começou a ameaçar a rival. A ala, que atuou pelo modesto Dom Bosco (MS), quinto colocado, marcou 21,9 pontos por jogo. Pelo campeão São Paulo-Guaru, Janeth fez 23,9 pontos por duelo.
O bom desempenho não rende frutos a Micaela só neste Nacional. A ala, que estreou no torneio pelo Osasco, em 1999, já marcou 1.349 pontos em Nacionais -está em sexto lugar na lista das maiores pontuadoras da competição. Se mantiver a média atual, pode subir para o terceiro posto. (ALF)
São Paulo joga por hegemonia
DA REPORTAGEM LOCAL
Com três das quatro equipes das semifinais, São Paulo pode alcançar, nesta edição do Nacional, a hegemonia na competição.
Os clubes do Estado contam com dois títulos, mesmo número de conquistas das equipes cariocas. O Paraná completa a lista de campeões, com uma taça.
Os paulistas dominaram amplamente a antiga Taça Brasil. Surgida em 1984, quando a Prudentina ficou com o título, a competição teve 13 edições, todas vencidas por clubes do Estado.
São Paulo passou por uma fase ruim no mesmo momento em que surgiu o Nacional. Em 1998, o Fluminense (RJ) se tornou o primeiro campeão do torneio. (ALF)
Fonte: Folha de São Paulo
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