Por João Cláudio de Lima Jr
Santo Domingo, 02 de Agosto de 2003.

Coração de torcedor está apto a essas coisas mesmo. Depois de quase cinco anos assistindo basquete pela televisão, tenho a oportunidade de assistir aos jogos panamericanos na cidade em que vivo. Fora toda emoção que se vive nessas épocas, os jogos panamericanos 2003 terão um sabor especial para mim, pois terei o prazer de estar aqui no Blog com vocês, noticiando e compartilhando todas as emoções deste encontro.
Bem, como vocês sabem, a visão que teremos aqui não é a de um visionário conhecedor de basquete, senão de um torcedor apaixonado que pretende fazer comentários pertinentes aquilo que ele tem podido observar durante as participações da nossa seleção canarinha. Ao jogo, então.
As brasileiras, todas calçando chinelo, com exceção a Mamá, pareciam bem à vontade antes do jogo. Depois de observarem um cambaleante seleção juvenil e sem estrelas dos Estados Unidos e de uma perseverante Cuba, que apesar de o placar não mostrar, sofreu muito no primeiro tempo, que inclusive terminou perdendo por mais de 10 pontos, se não me falha a memória.
No começo do jogo a calma parecia desaparecido. Adrianinha precipitava lances, Cintia Tuiu estava agarrada a defesa canadense, Micaela cometia muitas perdas de bola e violações. Não parecia nem de longe o Brasil que eu esperava ver, apesar de ter ficado poquíssimo tempo atrás no placar e estar jogando com um certo grau de superioridade, principalmente no garrafão, onde Tammy Suttom Brown(Charlote Sting) e Stacey Dales Schuman(Washington Mystics), estrelas do Canadá na WNBA pareciam fazer mesmo muita falta.
Com um primeiro tempo feio e de placar baixo, Barbosa parecia que ia ter um dia muito comprido pela frente. Então, depois do primeiro quarto, practicamente sem mudanças, a entrada de Kelly e Viviam foram providenciais... e por falar em reservas, principalmente a Viviam, foram as grandes responsáveis, junto com a pivôs do bom resultado para seleção nacional.
Comentando as atuações:
Alessandra(13)- A experiência de largos anos na seleção está demonstrando que fazem essa pivô de 2.01m uma grande mãe deste grupo. Muito ativa fora e dentro de quadra a raça da Alê mostrou que Cubanas e Canadenses, principais rivais do Brasil na competição terão que suar muito a camisa para vencer a nossa seleção. Cavando muitas faltas e com bom aproveitamento em lances livres, a jogadora acabou sendo um ponto de referência e simplesmente detonou em quadra, qualquer esperança canadense.
Cintia Tuiu(14)- A experiente Tuiu, não demonstrou em quadra a mesma personalidade e ação como nos clubes que passou. Muito passiva ofensivamente, ficou muito agarrada à debilitada defesa canadense e acabou se perdendo o que facilitou a presença de Kelly e Mamá mais tempo dentro de quadra.
Micaela(8)- Parece que a idade e inexperiência pesaram nesta estréia para Caé. Apesar de defender razoavelmente, não esteve bem em suas ações ofensiva e acabou perdendo muitas bolas, algumas imperdoáveis. Depois de ter esquentado o banco por muito tempo, dando lugar as fracas atuações das também alas, Renata e Líliam, não conseguiu apagar a má imprensão que deixou no primeiro quarto.
Silvinha- Principal canditada a banco. Parece que a Viviam assumirá mesmo esse posto. Não sei se a recente contusão de Silvinha ainda a atormenta, mas no primeiro quarto, onde tão somente ela atuou, não demonstrou nem um terço do esperado de uma jogadora como ela.
Adrianinha(4)- Adrianinha, principal destaque no primeiro tempo, deu um show em quadra, asegurando sua titularidade na posição 1, com ou sem Helen Luz. Cheia de personalidade, Adrianinha moveu com os nervos do time e se demonstrou uma grande líder como deve ser uma armadora em quadra, errou pouco e participou ofensivamente, sendo o delírio da torcida dominicana e brasileira presente no ginásio.
Kelly(15)- Primeira jogadora a entrar em quadra do banco de reservas, Kelly estava muito dispersa no jogo defensivamente, apesar dos bloqueios realizados pela pivô de 1.92. Melhorou, mas não o suficiente para um grande desempenho defensivo. No entanto no ataque foi muito participativa e demonstrou que dará trabalho sempre que aparecer em quadra, mesmo precisando melhorar na agressividade para conseguir os rebotes.
Mamá- A jogadora fez o processo contrário ao de Kelly, principalmente depois de haver errado uma bandeja muita fácil, Mamá foi imprestável no esquema ofensivo de Barbosa e foi a jogadora mais chamada atenção, no entanto o seu desempenho defensivo foi mais que suficiente e relevante para manter a Ega no banco, já que outras pivôs, as titulares se penduraram em faltas desde cedo. A jogadora conseguiu parar a ala Norman, que praticamente não se viu no segundo tempo.
Viviam- Para mim o nome do jogo. Viviam, desbancou a Silvinha. Mostrou raça e um desempenho defensivo invejável, sem contar a grande melhora na ofensividade, mostrando que mesmo com a ausência nesta competição de Laís Helena Aranha, serviu para algo muito importante. A presença de Viviam foi um carrapato para as Canadenses que já se irritavam com o seu jeito explosivo, que, diga-se de passagem, quase originou briga dentro de quadra. Deveria ser um nome mais do que forte com a volta das quadro jogadoras(Janeth, Érika, Iziane e Helen) para a seleção.
Líliam-Mostrou que é uma opção razoável do banco brasileiro. Apesar de um certo medo pros chutes de três, Líliam mostrou regularidade e inteligência, porém sua defesa foi bastante deficiente.
Renata -Não teve muito oportunidade, é verdade. Chutes um pouco precipitados, mancharam sua participação, no entanto sua entrega defensiva dá orgulho de ver.
Jacqueline Godoy- Engrossando os pedidos dos participantes do Blog, acho que deveria ter mais oportunidade, apesar da boa fase de Adrianinha, creio que se Barbosa a utilizasse o grupo ganharía mais consistência, graças a visão de jogo desta jogadora.
Ega-Não participou
Barbosa-Insistiu muito com a primeira equipe e isso manchou um pouco a participação da equipe no primeiro tempo, porém o fato de manter jogadoras como Viviam e Mamá dentro de quadra por tempo foram atitudes aplaudíveis do técnico, já que essas jogadoras, apesar de pequenos momentos de inconsistência ofensiva, deram um show de defesa aqui em Santo Domingo.
Colhendo os prós e os contras, o Brasil se virou muito bem neste primeiro jogo e se voltar com esta defesa, podendo até melhorar contra seus próximos adeversários, será um favorito absoluto para a medalha de ouro.
Falando de alguns detalhes do extra-quadra, o escritor deste texto, João Claudio, estará proximamente aparecendo no jornal dos esportes do Rio de Janeiro ao lado de nada mais, nada menos que, Magic Paula, secretária dos esportes, que está acompanhando o Brasil nestes jogos e esbanjando simpatia e educação.
Para Paula, um grande beijo.
Bem, amigos, por hoje é só, até o próximo jogo!
Avante Brasil!

Coração de torcedor está apto a essas coisas mesmo. Depois de quase cinco anos assistindo basquete pela televisão, tenho a oportunidade de assistir aos jogos panamericanos na cidade em que vivo. Fora toda emoção que se vive nessas épocas, os jogos panamericanos 2003 terão um sabor especial para mim, pois terei o prazer de estar aqui no Blog com vocês, noticiando e compartilhando todas as emoções deste encontro.
Bem, como vocês sabem, a visão que teremos aqui não é a de um visionário conhecedor de basquete, senão de um torcedor apaixonado que pretende fazer comentários pertinentes aquilo que ele tem podido observar durante as participações da nossa seleção canarinha. Ao jogo, então.
As brasileiras, todas calçando chinelo, com exceção a Mamá, pareciam bem à vontade antes do jogo. Depois de observarem um cambaleante seleção juvenil e sem estrelas dos Estados Unidos e de uma perseverante Cuba, que apesar de o placar não mostrar, sofreu muito no primeiro tempo, que inclusive terminou perdendo por mais de 10 pontos, se não me falha a memória.
No começo do jogo a calma parecia desaparecido. Adrianinha precipitava lances, Cintia Tuiu estava agarrada a defesa canadense, Micaela cometia muitas perdas de bola e violações. Não parecia nem de longe o Brasil que eu esperava ver, apesar de ter ficado poquíssimo tempo atrás no placar e estar jogando com um certo grau de superioridade, principalmente no garrafão, onde Tammy Suttom Brown(Charlote Sting) e Stacey Dales Schuman(Washington Mystics), estrelas do Canadá na WNBA pareciam fazer mesmo muita falta.
Com um primeiro tempo feio e de placar baixo, Barbosa parecia que ia ter um dia muito comprido pela frente. Então, depois do primeiro quarto, practicamente sem mudanças, a entrada de Kelly e Viviam foram providenciais... e por falar em reservas, principalmente a Viviam, foram as grandes responsáveis, junto com a pivôs do bom resultado para seleção nacional.
Comentando as atuações:

Cintia Tuiu(14)- A experiente Tuiu, não demonstrou em quadra a mesma personalidade e ação como nos clubes que passou. Muito passiva ofensivamente, ficou muito agarrada à debilitada defesa canadense e acabou se perdendo o que facilitou a presença de Kelly e Mamá mais tempo dentro de quadra.
Micaela(8)- Parece que a idade e inexperiência pesaram nesta estréia para Caé. Apesar de defender razoavelmente, não esteve bem em suas ações ofensiva e acabou perdendo muitas bolas, algumas imperdoáveis. Depois de ter esquentado o banco por muito tempo, dando lugar as fracas atuações das também alas, Renata e Líliam, não conseguiu apagar a má imprensão que deixou no primeiro quarto.
Silvinha- Principal canditada a banco. Parece que a Viviam assumirá mesmo esse posto. Não sei se a recente contusão de Silvinha ainda a atormenta, mas no primeiro quarto, onde tão somente ela atuou, não demonstrou nem um terço do esperado de uma jogadora como ela.
Adrianinha(4)- Adrianinha, principal destaque no primeiro tempo, deu um show em quadra, asegurando sua titularidade na posição 1, com ou sem Helen Luz. Cheia de personalidade, Adrianinha moveu com os nervos do time e se demonstrou uma grande líder como deve ser uma armadora em quadra, errou pouco e participou ofensivamente, sendo o delírio da torcida dominicana e brasileira presente no ginásio.
Kelly(15)- Primeira jogadora a entrar em quadra do banco de reservas, Kelly estava muito dispersa no jogo defensivamente, apesar dos bloqueios realizados pela pivô de 1.92. Melhorou, mas não o suficiente para um grande desempenho defensivo. No entanto no ataque foi muito participativa e demonstrou que dará trabalho sempre que aparecer em quadra, mesmo precisando melhorar na agressividade para conseguir os rebotes.
Mamá- A jogadora fez o processo contrário ao de Kelly, principalmente depois de haver errado uma bandeja muita fácil, Mamá foi imprestável no esquema ofensivo de Barbosa e foi a jogadora mais chamada atenção, no entanto o seu desempenho defensivo foi mais que suficiente e relevante para manter a Ega no banco, já que outras pivôs, as titulares se penduraram em faltas desde cedo. A jogadora conseguiu parar a ala Norman, que praticamente não se viu no segundo tempo.

Viviam- Para mim o nome do jogo. Viviam, desbancou a Silvinha. Mostrou raça e um desempenho defensivo invejável, sem contar a grande melhora na ofensividade, mostrando que mesmo com a ausência nesta competição de Laís Helena Aranha, serviu para algo muito importante. A presença de Viviam foi um carrapato para as Canadenses que já se irritavam com o seu jeito explosivo, que, diga-se de passagem, quase originou briga dentro de quadra. Deveria ser um nome mais do que forte com a volta das quadro jogadoras(Janeth, Érika, Iziane e Helen) para a seleção.
Líliam-Mostrou que é uma opção razoável do banco brasileiro. Apesar de um certo medo pros chutes de três, Líliam mostrou regularidade e inteligência, porém sua defesa foi bastante deficiente.
Renata -Não teve muito oportunidade, é verdade. Chutes um pouco precipitados, mancharam sua participação, no entanto sua entrega defensiva dá orgulho de ver.
Jacqueline Godoy- Engrossando os pedidos dos participantes do Blog, acho que deveria ter mais oportunidade, apesar da boa fase de Adrianinha, creio que se Barbosa a utilizasse o grupo ganharía mais consistência, graças a visão de jogo desta jogadora.
Ega-Não participou
Barbosa-Insistiu muito com a primeira equipe e isso manchou um pouco a participação da equipe no primeiro tempo, porém o fato de manter jogadoras como Viviam e Mamá dentro de quadra por tempo foram atitudes aplaudíveis do técnico, já que essas jogadoras, apesar de pequenos momentos de inconsistência ofensiva, deram um show de defesa aqui em Santo Domingo.
Colhendo os prós e os contras, o Brasil se virou muito bem neste primeiro jogo e se voltar com esta defesa, podendo até melhorar contra seus próximos adeversários, será um favorito absoluto para a medalha de ouro.
Falando de alguns detalhes do extra-quadra, o escritor deste texto, João Claudio, estará proximamente aparecendo no jornal dos esportes do Rio de Janeiro ao lado de nada mais, nada menos que, Magic Paula, secretária dos esportes, que está acompanhando o Brasil nestes jogos e esbanjando simpatia e educação.
Para Paula, um grande beijo.
Bem, amigos, por hoje é só, até o próximo jogo!
Avante Brasil!
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