quarta-feira, 25 de junho de 2003

JACQUELINE, CHUCA E CRISTINA BUSCAM TÍTULO INÉDITO NO EQUADOR

A quinta e última rodada da fase de classificação do 28º Campeonato Sul-Americano Adulto Feminino de Basquete será realizada nesta quinta-feira com três partidas: Venezuela x Peru (19:30h de Brasília), Argentina x Chile (21:30h) e Equador x Brasil (23:30h). Das 12 jogadoras brasileiras que disputam a competição, três buscam o primeiro título sul-americano: a armadora Jacqueline (Bourges/França e 26 anos), a ala Chuca (Santo André e 24 anos) e a ala/armadora Cristina (Unimed/Ourinhos e 24 anos).

Jacqueline Godoy chegou por acaso no basquete. Aos 10 anos, na escola de Jundiaí, estava esperando uma amiga terminar o treino na escolinha e a técnica deu uma bola para ela brincar. De brincadeira o basquete se tornou coisa séria. Jacqueline se formou em Educação Física nos Estados Unidos e especializou-se em administração esportiva. Está nos seus planos continuar os estudos e fazer mestrado.

— Eu fiz o caminho inverso da maioria das jogadoras. Em 1998, quando fui chamada para os treinamentos para o Mundial da Alemanha, pedi dispensa para ir estudar nos Estados Unidos. No ano passado, fui surpreendida com a convocação do técnico Antonio Carlos Barbosa. Acredito que ele aproveitou a oportunidade para me observar. Acho que fui bem e hoje estou disputando minha primeira competição oficial. Por isso, é muito gratificante estar hoje nesse grupo, é uma prova de confiança no meu trabalho. Pretendo continuar mostrando meu potencial para os próximos compromissos — comentou Jacqueline.

A ala Patrícia Ferreira, a Chuca, começou a jogar basquete na escola, com oito anos, na cidade paulista de Mauá. Aos 17, estava morando em uma república com outras jogadoras da equipe de Santo André. Em 1999, recebeu sua primeira convocação para a seleção adulta. Agora, a ala de 24 anos, encara seu primeiro Sul-Americano em um delicado momento pessoal. No segundo dia no Equador, Chuca recebeu a noticia do falecimento de seu pai.

— A competição acabou sendo um grande consolo para mim. O conforto das meninas, o ritmo de treinamentos e jogos ocupam a minha cabeça nesse momento difícil. Espero continuar mostrando meu trabalho e continuar tendo oportunidades no grupo — disse Chuca.

Cristina Carvalho começou a jogar aos oito anos de idade, em Piracicaba. Seu primeiro clube foi o BCN, de Piracicaba. Aos 17 anos, o clube se mudou para Osasco e Cristina saiu da casa dos pais. Em 1999, em Osasco, Cristina torceu o joelho direito e ficou sete meses parada. Um ano depois, quando defendia a equipe de Santo André, foi o joelho esquerdo que a tirou novamente das quadras pelo mesmo período. Em 2002, participou dos treinamentos para o Mundial da China e agora disputa sua primeira competição adulta oficial.

— Desde pequena adorava brincar com bola. Um dia, meus pais me levaram ao ginásio de esportes da cidade e vi um treino de basquete. Entrei na escolinha e nunca mais parei. Estou super feliz por ter chegado até aqui e com grandes expectativas de ganhar meu primeiro título na equipe adulta. Estou conseguindo mostrar o meu trabalho e espero estar correspondendo às expectativas. Estamos em um ritmo forte de treinamento, ganhando experiência internacional para o resto da temporada. Acredito que venho conquistando meu espaço na seleção aos poucos e estou bastante motivada para continuar a preparação para as próximas competições — explicou Cristina.

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