terça-feira, 14 de janeiro de 2003

Janeth Arcain

Totalmente dispensável apresentar a campeoníssima Janeth Arcain, uma colecionadora de títulos e façanhas, que no momento se dedica a mais uma: a conquista do título nacional pelo São Paulo/Guaru.

Eleita pelos leitores do Blog do Basquete Feminino, como maior destaque da modalidade em 2002, Janeth retribui o carinho, reservando um intervalo entre os treinos no tricolor e driblando problemas em seu computador para responder a algumas perguntas.


1) Janeth, uma das suas melhores cestas neste ano foi a concretização do seu Centro de Formação. Quais estão sendo os primeiros resultados desse projeto, quantas crianças já estão lá e quais seus planos pra ele?


O CFE hoje faz parte de um presente relacionado com um passado que eu não tive. Hoje essas crianças e jovens podem sonhar por um futuro esportivo melhor, ligado a uma imagem positiva e com muita garra para vencer. Acredito ter vindo a esse mundo para compartilhar a experiência que hoje aos 33 anos adquiri e continuo adquirindo.

Vendo um sorriso, o brilho de um olhar de uma criança de 7 anos até jovens de 16 anos, não tem realização maior neste mundo. E tudo isso vem dando resultado, hoje contamos com um número muito grande de atletas que vai proporcionar a eles mesmos um objetivo gradioso, que é participar da primeira equipe de competição da Federação, com o nome de CFE Janeth Arcain.

O sonho não temina por aí, ainda em 2003 vamos crescer ainda mais, não só como atletas, mas também como pessoas.


2) Esse ano, você ainda realizou uma Clínica Internacional no CF. Como foi a experiência e a participação do seu assistente técnico no Houston?

A clínica foi um sucesso, ainda mais porque esta foi a primeira clinica internacional para atletas em formação e ainda ministrada por um técnico da liga profissional americana.

O Kevin Cook ficou maravilhado com as crianças e a participação dos familiares, e isso com certeza nos abriu portas para que futuramente os intercâmbios aconteçam.


3) Qual a sensação de voltar a ganhar um Campeonato Paulista por Ourinhos, título que não caía nas suas mãos há seis temporadas?

Ter jogado em Ourinhos foi muito bom, o carinho com que todos me trataram, o apoio que tive de cada torcedor, foi inacreditavel, e ainda mais ser campeã Paulista.

Fica difícil descrever a emoção que senti, cada final de campeonato me faz acreditar que a cada dia eu continuo sendo mais abençoada, e repartir essa gratidão com minhas companheiras me dá a vontade de continuar jogando basquete para o resto da vida.


4) O que te atraiu na proposta do São Paulo/Guaru?

O que mais me motivou a vestir a camisa do São Paulo/Guaru, foi por eu poder estar ao lado dos atletas do CFE, e também a torcida São Paulina e ao Guaru, a busca de um titulo inédito para ambos.

5) Qual o caminho para vencer Santo André, nas semifinais?

O caminho foi, jogar em equipe, com alegria e responsabilidade.

6) Qual a principal virtude do grupo tricolor?

Acreditar que a busca de um objetivo e a caminhada até ele, tem que ser em uma unica direção.

7) Qual a sensação de trabalhar com um técnico jovem, que nunca havia lhe dirigido, como o Alexandre Cato?

Tudo em nossa vida conta como experiência ,desafio, aprendizado etc..., e trabalhar com um grupo jovem e um técnico que também busca seu reconhecimento, me dá mais garra e vontade de vencer.

8) Depois do Nacional, você pensa em continuar no São Paulo?

Gosto de viver o presente, e hoje ele é jogar no São Paulo e buscar o título do Nacional. Depois disso, eu deixo nas mãos de Deus para me conduzir para o melhor caminho.

9) E para Houston? Já houve contatos?

As negociações com a WNBA só começam em fevereiro, e minha intenção é voltar para lutar pelo quinto anel.

10) Para terminar. E Cynthia Cooper: volta mesmo?

Cyntia Cooper é um nome que chama a mídia e o publico, acredito que se ela encarar como um desafio final para sua carreira como atleta, ela volta, caso contrario acho que não.

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