segunda-feira, 21 de outubro de 2002

Decisão do Paulista

Ourinhos começou a decisão do Paulista com uma convincente vitória sobre Americana e deve partir com tudo rumo ao (inédito) bi-campeonato. A chegada de Janeth foi muito bem-vinda. Era tudo que o técnico Ferreto precisava para consertar um time que andava desarticulado com a saída de Kelly e Cíntia Luz. Rosângela que também chegou mais tarde tem sido valiosa para o revezamento.

Já em Americana, Paulo Bassul está com um time descaracterizado. Tem sido difícil lidar com a ausência de Helen na armação e Silvinha, MVP da temporada passada, ainda não reeditou suas melhores atuações nessa fase final, provavelmente pelo desgaste que sofreu na China. Assim, o jogo tem ficado demasiadamente concentrado nas pivôs Geisa e Êga.

Amanhã a série continua.



OURINHOS SAI NA FRENTE



Empurrado pela barulhenta torcida, o Unimed/Ourinhos fez prevalecer o mando de quadra, derrotando a Unimed/Americana, hoje (20) à tarde, por 74 a 58, após 42x34 no primeiro tempo, na abertura das finais do Paulista de basquete feminino. A pivô Lígia foi a cestinha e o destaque do jogo, com 19 pontos e 18 rebotes, atingindo o “double-double”. Geisa (foto) também alcançou dois dígitos com 14 pontos e 14 rebotes, três no ataque.

Os dois próximos confrontos, da série melhor-de-cinco, estão marcados para Americana, nesta terça feira (22) às 19 horas, e na quarta-feira (23), às 20h30, ambos com transmissão anunciada pela Espn-Brasil.

Lígia, há mais de cinco anos na cidade, com garra incomum, “apesar de gripada”, destacou-se já no primeiro quarto pegando sete rebotes na defesa e marcando 10 pontos. Janeth, contratada para as finais, só desencantou a menos de um minuto do final do quarto, acertando seguidamente três arremessos para o Ourinhos.

Nos primeiros 10 minutos, Americana não conseguiu articular seu jogo, com dificuldade na transição e nas infiltrações. A partir do segundo quarto, Silvinha impôs velocidade, acertou dois arremessos de três, e comandou Americana, mas o destaque foi a pivô Rosângela com 12 pontos e dois rebotes no ataque, permitindo ao Ourinhos abrir vantagem de 12 pontos, 33x21, a menos de seis minutos. O período terminou empatado em 20 pontos.

No terceiro, Lígia voltou a ouvir a torcida gritar seu nome, quando acertou arremesso de três. A experiente Roseli, tentou em vão, comandar Americana, que errou muito no ataque, e com Ourinhos fechando em 15x12. No último dos quatro quartos, jogando em contra-ataques fulminantes, Ourinhos se sustentou, garantindo a vitória por diferença de 16 pontos.

O técnico Paulo Bassul não disfarçou contrariedade ao final da partida, “estivemos aquém de nossas possibilidades, com bom desempenho na defesa, mas baixo rendimento no ataque. Nosso time não esteve realmente bem no ataque, mas temos todas as condições para empatar e desempatar a série no meio da semana, em Americana”.
Enquanto o técnico Édson Ferreto deixava rapidamente o ginásio, Lígia não cansava de dar autógrafos. “Confesso que estou surpresa com minha atuação, porque passei a semana gripada, com febre e infecção na garganta, mas como meu apelido em Ourinhos é ‘xerifão’, penso que estive acima da média. Joguei com o coração”, definiu, lembrando que Americana tem equipe forte e que “vai nos dar muito trabalho nos próximos jogos”.

Unimed/Ourinhos: Gattei 6, Cris 6, Janeth 14, Regina Casé e Lígia 19. Milene 2, Rosângela 16 e Roberta 11. Técnico: Édson Ferreto.

Unimed/Americana: Silvinha 9, Lôre 4, Roseli 9, Geisa 14 e Êga 15. Vanessa, Karen e Sílvia 7.

Técnico: Paulo Bassul. Árbitros: José Augusto Piovesan e Marco Antônio Ferreira. Local: ginásio municipal “José Maria Paschoalik”, Monstrinho, em Ourinhos.

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