segunda-feira, 12 de agosto de 2002

Brasil 94 X 69 Argentina

Fizemos uma boa partida nesse início de preparação para o Mundial da China.

Demorou um pouco até a seleção decolar e encaixar seu jogo, mas aí respiramos aliviados e Barbosa pode dar uma ótima chance a todas as convocadas.

Como o banco (12) é menor que o número de convocadas (14), duas não puderam participar e, desta vez, Mamá (que infelizmente torceu o pé no treino de hoje) e Cris descansaram.

No jogo coletivo, reforça-se a presença das pivôs. Estamos mais atentos ao rebote. Nos lances de ataque, predominam os dentro do perímetro ou embaixo da cesta.

Os lances de três não são definitivamente mais característica nossa. É certo que algumas de nossas principais arremessadoras estão fora (Helen, Claudinha, Adrianinha), mas ainda assim, o aproveitamento foi muito ruim (2 cestas em 16 tentadas).

Muitas coisinhas a acertar: passes, transição, ajuda, mas para um primeiro jogo está melhor do que a encomenda.

O grande destaque foi a surpreendente segurança de Jacqueline Godoy. É nítida a queda do time quando ela está fora de quadra. Não por acaso foi a atleta que Barbosa mais tempo deixou em quadra: 30 minutos. Não força seu jogo ofensivo, marca bem e assiste com precisão. Fora de quadra, ainda dou parabéns a Jacqueline pela originalidade e firmeza na entrevista ao final do jogo. Nem parecia que é uma jogadora de basquete, omitiu os “graças a Deus”, “vamos em frente”, “o grupo está bem” e respondeu com inteligência às perguntas de Bruno Voloch. Voltando à quadra, foram 9 pontos, 8 assistências, 6 rebotes e 4 recuperações. O comentarista do SPORTV Byra Bello definiu a atuação da menina como maravilhosa (- e desta vez ele estava certo).

Ao lado de Jacqueline, Silvinha brilhou mais uma vez. Está madura em quadra e não se constrange em chamar para si a responsabilidade de decisão. Pontuou com facilidade e discrição. Barbosa lhe deu 18 minutos e ela fez a festa: 16 pontos, nossa cestinha! Ainda recuperou 2 bolas e assistiu 2 vezes.

Micaela foi a escolhida de Barbosa para iniciar como titular. A ala vascaína teve uma boa atuação, mas perdeu bolas bobas e abusou dos lances de 3 (quatro tentativas, sem um acerto), que não são definitivamente seu forte. Foram 18 minutos, 11 pontos , 3 rebotes, 2 recuperações e 2 assistências.

Geisa, a aniversariante do dia, esteve bem e segura embaixo da cesta. É consciente e atenta. Foram 23 minutos, 5 pontos e 7 rebotes.

Êga também esteve bem, é outra que tem a coragem de decidir. Se encaixou bem no jogo da seleção e já se comporta como uma veterana em quadra. Foram 25 minutos, 10 pontos, 5 rebotes, 4 recuperações e 1 toco.

Adriana jogou pouco, talvez porque já tenha conquistado a confiança de Barbosa. E no tempo em que esteve em quadra (10 minutos – o segundo quarto), fez por merecê-la: atuação consciente, madura e precisa. Nove pontos e 1 recuperação.

Vívian, na posição de armadora reserva, teve que se contentar com os 9 minutos de descanso de Jacqueline. Achei que ela entraria bem contra um time que bate muito como as argentinas, já que a armadora de Santo André é das mais raçudas da seleção. Mas me enganei. Faltou ajuda das companheiras e Vívian perdeu bolas na condução e não teve o time sob seu comando. 5 pontos e 3 assistências.

A pivô Kátia Denise comprovou ser valiosa na defesa. Foram 7 rebotes e 2 tocos em 16 minutos. Ainda precisa acertar umas coisinhas no seu jogo. Muito mais alta que as argentinas que a marcavam, ela abaixou a bola por duas vezes ao pegar o rebote e acabou por perdê-la. No ataque, fez 5 pontos, incluindo um belo gancho.

Outra que me surpreendeu foi Lílian. O jogo da menina cresceu muito. Os anos estão lhe trazendo a capacidade de variar seu jogo no ataque, além da monotonia das tentativas de três pontos. E os números mostram que ela só tem a ganhar fazendo isso. Foram 11 minutos, nos quais as cinco cestas de 2 que ela tentou, caíram todas e mais um lance livre, totalizando 11 pontos. Já nos de três, foram quatro tentivas sem sucesso. E ainda 1 assistência.

Tinha visto Renata Oliveira jogar por poucas vezes e fiquei muito feliz com o que vi hoje. Ela tem um arremesso muito bonito, e sabe quando e onde executá-lo. 11 minutos, 4 pontos, 2 rebotes e 1 assistência.

Zaine mostrou uma maior segurança. Teve 14 minutos, 4 pontos, 4 rebotes e 1 recuperação.

Paty teve 6 minutos de jogo, fez dois pontos e pegou 2 rebotes.

Barbosa mexeu bem no time e está de parabéns. Parou o jogo nos momentos certos e puxou as orelhas quando foi preciso.

Só acho que ele cantou errado o jogo da Argentina, citando Laura Falabella nas entrevistas. A atuação da pivô argentina foi pífia (3 pontos e nenhum rebote). Talvez porque ela tenha descoberto que seu primo não apresenta mais o Video Show ...

(Não podia acabar a matéria sem uma piadinha!)

Minha memória me dizia que era melhor apostar na veterana Andrea Gale (15 pontos e 8 rebotes) que nos dá problemas desde a época de Paula e Hortência e sobre quem Byra começou a dizer: “é a nova geração da seleção argentina” (!!!!).

Além de Gale, uma outra argentina se destacou e dessa eu não me lembrava: Carolina Sanchez, cestinha do jogo, com 17 pontos. E ainda Natália Rios, com 13 pontos.

Vou anotar esses nomes...

É isso!

Valeu pra começar.

Vamos em frente que atrás vem gente!!!

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