segunda-feira, 24 de junho de 2002

EXCLUSIVO

Kelly fala



Enfrentando dias difíceis na WNBA, já que está desde o início da temporada na "injured list" do Detroi Schock, a pivô brasileira Kelly Silva fala com exlusividade ao Blog.

(1) Como foi deixar o Brasil, onde você era a maior cestinha e reboteira do Campeonato Paulista, para enfrentar na WNBA essa péssima campanha do Detroit, sem ao menos ter o direito de jogar?

Kelly: Com certeza não é fácil sair de uma equipe onde o jogo gira ao seu redor e vir apenas somar em Detroit. Mas há situações em que se a gente não cresce de um lado, crescemos duramente em outros aspectos. Eu sou daquelas que tenta tirar coisas boas de tudo e de todos.

(2) Passou pela sua cabeça abandonar o time?

Kelly: Passaram muitas coisas pela minha cabeça, mas talvez não seria a solução ir embora. Aqui, bem ou mal, faço parte de uma equipe. E milhares de jogadoras nem conseguem se integrar a uma equipe.

(3) A comissão técnica já conversou com você sobre os motivos de você não estar sendo aproveitada?

Kelly: Foi uma opção tática deles. Na verdade, o calendário brasileiro me impediu de chegar aqui um pouco antes para me entrosar melhor com a equipe. Mas isso ainda não justifica. Eles já conheciam meu jogo e acompanhavam minhas estatísticas.

(4) Qual a sua maior vontade no momento?

Kelly: Jogar, jogar e jogar. É difícil de explica, mas o que mais quero nesse momento não depende só de mim. Mas sempre há uma esperança. Meu técnico conversou comigo hoje e disse que o time estava precisando de rebotes. Mas quem decide é ele. Estou fazendo a minha parte.

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