terça-feira, 19 de setembro de 2006

Brasil e República Tcheca diputam vaga na semifinal

São Paulo / Brasil – Brasil e República Tcheca fazem nesta quarta-feira (15h15), no ginásio do Ibirapuera, o segundo jogo das quartas-de-final do 15º Campeonato Mundial Adulto Feminino de Basquete. A partida será transmitida ao vivo pela Tv Globo, SPORTV e ESPN Brasil. Será a primeira vez que as duas seleções se enfrentam na história do Mundial já que a equipe tcheca faz sua estréia na competição. Até agora, em seis partidas, o Brasil venceu quatro e perdeu duas, enquanto a República Tcheca, atual campeã européia, ganhou cinco partidas e perdeu apenas uma, para os Estados Unidos. (? - o texto 'esqueceu' a derrota para a França)

Um dos destaques do Brasil é ala Janeth, que sofreu uma leve entorse no pé direito esquerdo na partida contra o Canadá, mas está confiante na sua recuperação.

— Desde a hora da contusão iniciei o tratamento e durante a terça-feira me senti bem melhor. Vou fazer um aquecimento especial na hora do jogo e, tenho certeza, que poderei jogar e ajudar o Brasil a passar para a semifinal. A República Tcheca é uma das favoritas ao título e conta com uma equipe alta e forte. Elas fazem um bom jogo no garrafão e para dificultar que as bolas cheguem nas pivôs nossas armadoras e alas precisam fazer uma boa marcação — explicou Janeth, que irá completar 150 jogos oficiais com a camisa da seleção brasileira. A primeira competição foi o Sul-Americano Juvenil da Colômbia, em 1986.

Para o técnico Antonio Carlos Barbosa a seleção brasileira está pronta para a decisão.

— Eu sempre disse que uma seleção que pretende disputar o título não pode escolher adversários. O Brasil vem subindo de produção a cada jogo e confio nas minhas jogadoras e no trabalho que estamos fazendo para garantir uma vaga na semifinal. Sabemos que teremos pela frente um adversário difícil, que sofreu apenas uma derrota. Aproveito para convocar a torcida que, mais uma vez, será o sexto jogador em quadra.

Num time que tem seis jogadoras com 1,90m ou mais, não é de se estranhar que o jogo da República Tcheca se baseie na altura das atletas. Para o técnico Jan Bobrovsky, esse é o grande diferencial de sua equipe, além dos arremessos da linha de três pontos.

— Todo nosso jogo é baseado em nossa altura, essa é a nossa grande vantagem sobre as demais equipes do Mundial — afirmou Bobrovsky, ex-jogador da seleção masculina de seu país que está há nove anos no comando da seleção feminina.

— Tivemos um início um tanto quanto irregular, mas ao longo da competição fomos entrando em forma e acredito que já atingimos o nível de quando fomos campeões europeus. A.atual equipe tem dez jogadoras campeãs européias e apenas uma delas atua fora do país – a pivô Zuzana Klimesova, que joga na França.

O bom entrosamento também é apontado como um fator positivo, segundo Bobrovsky. O atual elenco está junto praticamente há dois anos.

— Com certeza, é uma vantagem ter o grupo junto por tanto tempo. Além disso, sete de minhas jogadoras atuaram juntas numa mesma equipe durante o ano, no Gambrihus Sika Brno, fortalecendo ainda mais o conjunto — disse o treinador tcheco, após o treino realizado pela equipe no ginásio do Ibirapuera, na tarde desta terça-feira.

Sobre o Brasil, Bobrovsky elogiou a força do time no ataque e as atuações da ala Janeth, ressaltando porém que ela não é a única jogadora brasileira que preocupa..

— Vi alguns jogos do Brasil durante o campeonato e realmente o time está muito bem, tanto na defesa como no ataque. Joga em casa, tem a torcida como sexto jogador em quadra e com certeza fará uma excelente apresentação amanhã. Mas estamos preparados.

Para Hana Machova, um dos destaques da República Tcheca, a obrigação de vencer é toda do Brasil.

— As brasileiras jogam em casa, com sua torcida, e isso de certa forma cria uma obrigação de vencer. De nossa parte, estamos tranqüilas, vamos fazer nosso jogo — comentou a ala de 1,82m, admiradora de Janeth e que está na seleção da República Tcheca a cerca de cinco anos.

Machova não vê muitos problemas em jogar no ginásio do Ibirapuera pela primeira vez, depois de atuar nas últimas duas fases do Mundial em Barueri, mas diz que seria mais justo se as finais da competição fossem realizadas num terceiro ginásio.

— O Brasil fez todos seus jogos aqui no Ibirapuera e isso é uma vantagem. Mas não creio que nos causará muitos problemas essa mudança — afirmou a jogadora.

TORCIDA ESPECIAL –
E o Brasil terá um reforço especial para buscar uma vaga na semifinal. Cerca de 25 ex-jogadoras da seleção brasileiras confirmaram sua presença nas cadeiras. Entre elas Coca, Maria Hekena Cardoso, Elza, Jacy, Marly, Suzete, Heleninha, Laís Elena e toda a equipe que disputou o Campeonato Mundial de 1971, no Ibirapuera.

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