quinta-feira, 4 de agosto de 2005

Nenê mantém decisão de boicote à seleção


São Paulo (SP) - O pivô Nenê acabou com qualquer esperança do técnico Aloísio Ferreira, o Lula, contar com seu basquete na seleção brasileira na disputa da Copa América, no fim de agosto, na República Dominicana. Nesta quarta-feira, durante evento de um de seus patrocinadores oficiais, o jogador do Denver Nuggets, disputado nos bastidores por outras equipes da NBA, reiterou a sua posição de não voltar ao escrete nacional.
Nenê defende melhores condições para os jogadores brasileiros, pede mais profissionalismo dos jogadores, técnicos e dirigentes e afirma que só entrará com a camisa da seleção quando oferecerem boa infra-estrutura. Preocupado com o basquete, o pivô não cita mais detalhes, mas deixa claro sua posição contrária à administração de Gerasime Bozikis, o Grego, presidente da CBB.

“Só voltarei para a seleção quando tiver condições aceitáveis de trabalho. Quem entende de basquete sabe o que quero dizer, não preciso falar. Basta ver o esporte no Brasil e conferir que é horrível a infra-estrutura oferecida. Quero entrar na quadra para jogar bem e estou preocupado com o crescimento do esporte. Chega de gente preocupada apenas com o seu salário, quero profissionalismo”, assegurou o pivô.

Se depender de vontade, o Brasil ficará órfão de Nenê por um bom tempo. O jogador reagiu com ironia quando perguntado o que esperava, por parte da CBB e do técnico Lula, para voltar à seleção. A conquista da Copa América seria um dos fatores que influenciariam a decisão do pivô.

“Para voltar, eu espero tudo. Estou cansado de falar das vitórias dos anos 60,70 e 80. Estamos há oito anos sem ganhar nada especial e isso me deixa frustrado”, concluiu um estarrecido Nenê.

(Gazeta Esportiva)

Nenê diz que colegas da NBA riem do Brasil

O ala-pivô Nenê, 22, maior astro do basquete nacional, reiterou ontem, em São Paulo, que não irá defender mais a seleção brasileira enquanto não houver mudanças.
"As condições atuais para defender o Brasil são inaceitáveis", declarou o jogador, que esteve na cidade para participar de uma clínica para jovens talentos.
Nenê havia dito, antes da eleição na confederação brasileira, que não voltaria à equipe nacional enquanto não houvesse mudanças na administração da entidade.
Com a reeleição de Gerasime Bozikis, o Grego, o ala-pivô havia voltado atrás, justificando sua ausência neste ano para tratar de várias lesões que havia sofrido durante a temporada da NBA. Agora, mudou o tom do discurso.
"Quando falo para meus companheiros no exterior sobre a situação dos jogadores do Brasil, eles riem", comentou o atleta, que aponta a "falta de profissionalismo dos dirigentes" como o principal empecilho para seu retorno.
Joe Santos, um dos agentes de Nenê, disse que sugeriu a contratação de um técnico norte-americano para auxiliar no trabalho da seleção -ele citou Jarinn Arkana (ex-Denver) e Bob Donewald (ex-Cleveland). "A comissão técnica do Brasil é boa, mas poderia ser melhor. Temos muito o que aprender com os americanos."
O principal torneio da seleção nacional neste ano é a Copa América, classificatória para o Mundial-06, que começa no dia 24.

(Folha de São Paulo)

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