terça-feira, 10 de abril de 2018

Jogo das Estrelas tem diferença de "temperatura" entre Brasil e Argentina


Aconteceu no último domingo o Jogo das Estrelas, o primeiro desde a mudança de rumos na gestão da LBF.



Se é verdade que os avanços da atual temporada da LBF são muitos, é preciso admitir que já houve bons momentos nas edições anteriores do Jogo das Estrelas, como a edição inicial, comandada por Hortência em São José dos Campos em um Dia da Mulher (2014) e a emocionante homenagem à técnica Maria Helena Cardoso em Campinas dois anos mais tarde.

Ainda assim a edição de anteontem supera as demais em organização e repercussão.

O Pedro Dell'Antonia estava lindo e lotado. O clima estava ótimo, muita gente boa reunida e as transmissões aconteceram on-line e em Tv aberta e fechada.



Os desafios foram legais e merece um registo a ousadia da Liga em bancar o torneio de enterradas para mulheres. Apesar de acreditar que a redução da altura do aro tem pouco potencial de se configurar numa alteração real e produtiva dentro do jogo feminino, foi de arrepiar a participação das meninas, em especial a de Thayná.




Na disputa do jogo, o prato principal do evento, uma certa incompatibilidade de posturas entre brasileiras e argentinas acabou tornando o encontro menos interessante.

Nos Jogos das Estrelas geralmente as partidas tem menor compromisso tático, menos trabalho defensivo, com maior ênfase no ataque, na diversão e em lances plásticos.

As argentinas, no entanto, não estavam nesse clima e entraram organizadas, marcando firme e mostrando um padrão tático consistente entre as jogadoras que atuam nos clubes argentinos e brasileiros.

Do lado da seleção da LBF, a temperatura estava mais morna, mais para o clima festa, com atuações bem inconsistentes. Quando esse time viu as argentinas abrindo no placar, não havia mais tempo para elevar a temperatura, a concentração e o nível da atuação.



Fora a derrota em si, incomoda o jogo não ter sido agradável de assistir, muito truncado e cheio de erros. Colaborou ainda o fato de o técnico João Camargo ter dosado mal o tempo de quadra do seu quarteto mais "disposto" no domingo (Gil, Kelly, Cacá e Patty).

Talvez a intenção da liga fosse oferecer uma oportunidade de intercâmbio às atletas brasileiras em um momento crítico da modalidade e da confederação. Só isso explicaria a decisão de excluir as estrangeiras da festa.

O resultado dessa primeira experiência faz pensar que talvez o mais acertado fosse deixar esse intercâmbio para um momento específico, como um torneio Interligas (como fez o NBB em suas primeiras edições) ou em uma Liga Sul-Americana, possibilidade que Ricardo Molina aventou no Fórum do Basquete Feminino no mês passado.

E segue a festa...

7 comentários:

Anônimo disse...

Sem focar em treinos técnicos de habilidades posição por posição nos clubes como é feito nos EUA desde sempre POR ISSO ELES PRODUZEM AS MELHORES JOGADORAS DO MUNDO - nós nunca iremos ter um basquete feminino agradável de se ver . Pivôs tecnicamente MUITO FRACAS , jogadoras dando Air Ball como se fosse a coisa mais natural do mundo e laterais que raras excessões não sabem fazer nem jump curto . FOI UM HORROR o jogo contra a galera da Argentina . Depender de Gil , Kelly pra ganhar algo ainda ? Jogadoras com qiuase 40 anos ?Sem treino técnico vai ser sempre esse PESADELO . Ninguém se liga que não ganhamos o mundial porque eramos o pais com MAIOR NUMERO de crianças praticando o basquete e sim porque tinhamos uma geração muito boa tecnicamente e três jogadoras que tecnicamente eram MELHORES que as americanas . Massificar é importante mais sem especialistas em habilidades pra evoluir essas meninas tecnicamente vai ser muito dificil voltarmos aos tempos de glória . ESTAMOS FORMANDO JOGADORAS MUITO RUINS TECNICAMENTE . Essa é a verdade que nenhum treinador quer assumir por isso não saímos disso !!

Anônimo disse...

Como depender de Gil se ela fez 5 faltas em um jogo de estrelas kkkkk

Anônimo disse...

Alguém sabe informar pq Cacá jogou na equipe brasileira se teríamos apenas Debora e Natália como armadoras.
A equipe da LBF jogou com 13 atletas: Debora, Natalia, Jaque, Tayna, Mariana, Patty, Tassia, Tatiane, Kelly, Gil, Barbara, Simone e CACÁ.

Anônimo disse...

A Argentina tbm tinha 13 atletas, isso foi uma mudança de ultima hora.

Anônimo disse...

Mudando de assunto, as irmãs Sobral estão rompidas? Neste evento, mais uma vez Leila e Marta sequer aparecem juntas.

Se sim, é uma pena.

Anônimo disse...

Não foi legal colocarem Cacá e Simone no jogo sem nenhum tipo de anúncio. Simone acredito que foi pelo fato da Sil estar machucada, mas Cacá? A Liga está fazendo um trabalho tão legal na internet, não esperava esse vacilo. Pode parecer besteira, mas nós, torcedores que votamos tanto, tínhamos o direito de saber antes da hora do jogo... ter algum tipo de explicação.

Anônimo disse...

Chamaram a Cacá e deixaram a Lays fora. Foi no mínimo estranho!
Já que a Cacá não estava pré-convocada, talvez por ser do time do técnico, porque a Lays está arrebentando na Liga.