Bruno Ceccon
Medalha de bronze nas Olimpíadas de Sydney-2000, Adrianinha disputou todas as edições dos Jogos desde então. Uma das mais experientes no elenco que fracassou em Londres-2012, a armadora de 33 anos condenou as seguidas trocas de técnico na Seleção Brasileira e disse aprovar a efetivação da ex-companheira Janeth no começo do ciclo do Rio de Janeiro-2016.
“Com certeza, essa troca prejudica bastante. Tem algumas seleções que antigamente a gente enfrentava sem tanto receio e agora já possuem uma filosofia de jogo, como o Canadá, por exemplo. Eu vejo ex-atletas que já enfrentei no banco de reservas dos nossos adversários. Fazer a Seleção ganhar uma cara, uma identidade é algo muito importante”, disse Adrianinha, recém-contratada pelo Sport, à GE.net.
Nomeada por Carlos Nunes para dirigir as Seleções femininas da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) em maio de 2009, Hortência é a responsável pelas trocas constantes no comando. Para reconduzir Iziane à equipe, ela dispensou Paulo Bassul e contratou Carlos Colinas. Em seguida, o espanhol saiu e foi substituído por Ênio Vecchi, que por sua vez acabou trocado por Luiz Cláudio Tarallo.
Como exemplo, Adrianinha citou a Seleção masculina do Brasil. Contratado em janeiro de 2010, o argentino Rubén Magnano, que já renovou até 2016, levou o time nacional de volta aos Jogos Olímpicos e quebrou um jejum iniciado em Atlanta-1996 para terminar o torneio em Londres na quinta colocação.
“No começo, o Magnano não conseguiu resultados tão expressivos, mas teve a chance de continuar o trabalho e fez bonito em Londres. A Seleção dele tinha uma cara. Já a gente fica sem identidade e isso atrapalha, porque uma Seleção não se monta da noite para o dia. Você precisa trabalhar para criar essa identidade com o passar do tempo”, declarou a armadora.
Nos Jogos Olímpicos de Londres, Adrianinha encerrou sua trajetória com a camisa do Brasil, decisão que não cogita rever. Livre para opinar, a experiente armadora citou Janeth, ex-auxiliar técnica da Seleção, quando indagada sobre o trabalho de Luiz Cláudio Tarallo, que fez sua estreia no comando do time adulto logo na Inglaterra.
“Vou ser muito sincera. Em outras Seleções que participei, tinha a Janeth no banco de reservas. Senti um pouco de falta disso, porque é uma ex-atleta com quem tive o prazer de conviver e às vezes me entendia melhor, dava uns toques que eu precisava”, disse Adrianinha, que classificou a convivência com Tarallo como “normal”.
Questionada sobre a possível efetivação de Janeth como treinadora da Seleção principal, a armadora aprovou. “É uma ex-jogadora com uma grande carreira. Já participou de torneios com as Seleções de base e está amadurecendo como técnica. Por que não?”, perguntou.
Em uma campanha sofrível na Inglaterra, a Seleção Brasileira foi derrotada por França, Rússia, Austrália e Canadá – a única vitória veio sobre a inexpressiva Grã-Bretanha. Chateada com sua despedida do time nacional, Adrianinha divide a responsabilidade pela decepção.
“É difícil criticar agora, já que todo mundo tem a sua parcela de culpa, da jogadora que jogou menos até a CBB. As atletas também são responsáveis, porque estávamos na quadra. As jogadoras, a CBB e a comissão técnica devem rever o que pode ser melhorado”, afirmou.
SURPRESA POR INDISCIPLINA DE IZI
Na véspera dos Jogos Olímpicos de Londres-2012, a ala Iziane foi cortada por levar o namorado à concentração da Seleção Brasileira, atitude que surpreendeu a experiente armadora Adrianinha.
“A gente tem regras a seguir. Mesmo sendo das mais velhas, também levei umas broncas. Mas eu não esperava (um ato de indisciplina como o de Iziane), porque ela não é novata. Vai saber os motivos que levaram a isso”, declarou.
Questionada se há clima para uma eventual volta da ala ao elenco do time nacional, Adrianinha preferiu se esquivar. “Ah, aí eu não sei. É difícil falar, porque essa decisão não cabe a mim”, disse.
Érika evita caso Iziane e sente inexperiência de Tarallo em Londres
Bruno Ceccon
Sem Iziane, dispensada por indisciplina na véspera dos Jogos Olímpicos de Londres-2012, a pivô Érika naufragou com a Seleção Brasileira na Inglaterra sob o comando de Luiz Cláudio Tarallo. Recém-contratada pelo Sport, ela ainda evita comentar o corte da ala, mas revela ter sentido uma certa inexperiência do treinador do time nacional.
“O Tarallo deu bastante liberdade para todo mundo jogar, mas não conhecia as seleções adversárias. Por mais que você grave os jogos e veja os vídeos, não é a mesma coisa. Mas acho que valeu a pena para ele também, foi uma experiência boa. Das Olimpíadas até agora, ele aprendeu muito”, declarou Érika à GE.net.
Desde que assumiu a diretoria de Seleções da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) em 2009, Hortência já dispensou três técnicos (Paulo Bassul, Carlos Colinas e Ênio Vecchi). Nas Olimpíadas, ela resolveu alçar Tarallo das categorias de base para promover sua estreia no time adulto logo em Londres.
Questionada se Luiz Cláudio Tarallo é o homem ideal para comandar a Seleção nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro-2016, opinião sustentada por Hortência, Érika se esquivou. “Eu acho que ele é um excelente técnico, mas essa parte cabe à Hortência e à direção da CBB”, disse.
Para a armadora Adrianinha, medalha de bronze em Sydney-2000 e uma das mais experientes do elenco em Londres, a seguida troca de treinadores durante o ciclo olímpico foi prejudicial à Seleção, visão compartilhada por Érika, sua companheira no Sport.
“Acho que prejudicou um pouco, porque a maioria das equipes que enfrentamos já vinha trabalhando há muito tempo e o Brasil foi o único que começou com um (técnico) para terminar com outro. Cada um tem sua maneira de trabalhar, seu modo de agir, de dirigir. Nessa parte, prejudicou”, declarou.
Érika ainda sentiu falta de enfrentar adversários de maior nível durante a preparação para os Jogos. “Precisamos pegar rivais de elite com mais frequência, como Rússia, Estamos Unidos e Austrália. Em Mundiais e Olimpíadas, não vamos jogar contra China, Cuba e Paraguai”, afirmou.
Considerada uma das principais jogadoras do elenco, Iziane acabou cortada por levar seu namorado à concentração da Seleção Brasileira na véspera dos Jogos Olímpicos de Londres. Ex-companheira da ala no Atlanta Dream, Érika preferiu não se alongar ao comentar o assunto.
“Isso foi chato, mas já passou. É uma coisa da Iziane e ninguém tem que ficar remoendo, porque foi desagradável tanto para ela quanto para nós”, disse a pivô, que desconversa quando indagada se há clima para um eventual retorno da ala à Seleção. “Isso diz respeito à ela, à Hortência e ao Tarallo”.
DESPEDIDA OLÍMPICA NO RJ-2016
Nascida no Rio de Janeiro, a pivô Érika planeja disputar os Jogos Olímpicos pela última vez em 2016, em casa. Desta forma, promete se dedicar integralmente à Seleção durante o próximo ciclo.
“O que tiver que fazer de esforço, eu vou fazer, porque quero muito defender o Brasil e disputar uma boa Olimpíada no Rio. Será minha última edição do torneio e gostaria de parar em alta, já que é minha cidade, minha torcida e meu país”, disse.
Em 2016, ela promete usar as lições aprendidas com o desempenho abaixo do esperado em Londres. “Fica como experiência e exemplo de que não podemos desmerecer ninguém. Temos que jogar o que a gente sabe, independente do adversário”, pregou.
Repatriadas pelo Sport, Adrianinha e Érika querem título da LBF
Bruno Ceccon
Companheiras nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, Adrianinha e Érika permanecerão lado a lado na disputa da próxima edição da Liga de Basquete Feminino (LBF), ainda sem data para começar. Repatriadas pelo Sport após um longo período no exterior, as duas estrelas sonham com o título nacional.
“A vontade de voltar ao Brasil depois de 10 anos era muito grande e surgiu a chance de jogar pelo Sport”, explica Érika, que recusou propostas mais vantajosas financeiramente de clubes russos, turcos e espanhóis. “Está na hora de a taça sair de São Paulo e, quem sabe, terminar no Recife”, completou a atleta, com passagem pela WNBA.
Adrianinha, por sua vez, jogou as últimas temporadas na Itália e retornou ao Brasil para curtir a parte final de sua carreira. Aos 33 anos, a jogadora descarta a possibilidade de voltar a atuar no exterior futuramente e também sonha com a conquista da LBF pelo Sport.
“Terminar a carreira no seu país e algo muito legal”, afirmou a armadora, também preocupada em contribuir com o desenvolvimento do basquete na região Nordeste do Brasil. “Com esse time, que tem grande chance de ser campeão, poderemos incentivar a modalidade”, pontuou.
Com a ajuda de um grupo de investidores, o Sport montou uma equipe poderosa. Além de Adrianinha e Érika, o time pernambucano ainda contratou Fran e a veterana pivô Alessandra. Para completar, trouxe as norte-americanas Alex Montgomery, com passagem pela WNBA, e Skylar Collins.
“Ainda é muito cedo para falar que somos favoritas, mas o Sport investiu muito nessa equipe e acho que temos tudo para jogar bem. Precisamos melhorar muita coisa, porque a verdade é que estamos começando agora. Eu, por exemplo, estava há quase um mês parada”, disse Érika.
Em preparação para a LBF, o Sport passou a última semana em São Paulo e realizou uma série de três amistosos. O time comandado pelo técnico Roberto Dornelas venceu Americana, atual campeã nacional, e São Caetano, mas caiu diante do Santo André. No dia 15 de novembro, está previsto novo amistoso, desta vez contra o Maranhão, em São Luís.
“Contra Americana e Santo André, tivemos uma dificuldade muito grande, porque são times que estão bem, em uma fase de preparação diferente da nossa (as duas equipes disputam a semifinal do Campeonato Paulista). Ainda temos um mês e meio para trabalhar”, disse Adrianinha.
Além da animação pela oportunidade de conquistar o título, a armadora comemora a chance de voltar a atuar ao lado da experiente pivô Alessandra, 38 anos. Juntas, as duas jogadoras participaram da conquista do bronze nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000.
“Fomos parceiras de quarto na Seleção por 10 anos e ainda jogamos uma temporada juntas na Rússia. A Ale é como uma irmã para mim, é como se fosse uma tia da minha filha. É um prazer enorme voltar a jogar com uma grande atleta e pessoa como ela”, afirmou Adrianinha.
ÉRIKA QUER CONVENCER ARMADORA
A armadora Adrianinha se despediu da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, mas Érika promete tentar convencer sua atual companheira de clube a mudar de ideia.
“Se ela realmente não continuar, vai ser uma perda muito grande. Vou tentar convencê-la a não deixar a gente na mão, porque a Adrianinha é uma excelente jogadora e todo mundo sabe que o Brasil é carente de armadoras”, disse Érika.
Adrianinha, no entanto, mantém sua posição e já pensa no que fazer após a aposentadoria. “Meu ciclo na Seleção Brasileira já terminou. Enquanto meu corpo aguentar, vou continuar jogando em clubes. Depois, quero trabalhar com crianças”, avisou.
Fonte: Gazeta Esportiva
10 comentários:
Será que a Adrianinha sabe que a Janeth ficou em penúltimo lugar no Mundial sub-17 perdendo da Holanda, do Japão e de Mali(!!!!!!)?
Acho que não né...
Janeth como técnica da seleção????
Meus Deus, é o fim do basquete feminino.
Não façam isso.
É outra sem noção e nariz em pé.
E muuuuuiiiiitttttoooo FRACA...
Adriana jura que é mega jogadora. Menos Adrianinha
Esse é o grande problema.Parecemos aquele cachorro que vive correndo atras do rabo.Não temos planejamento e quando temos é uma piada.A Paula tem toda razão,.Teriamos que mudar tudo,principalmente colocarmos no feminino pessoas que tenham credibilidade e conhecimento sem panela para trabalharmos melhor.
Adrianinha deve ser mais uma das que com a bola na mão sabe muito, mas com a cabeça!
Ela não tem noção do que é necessário para ser uma técnica de basquete.
Por favor Adrianinha pense antes de declarar estas bobagens!
eu tambem que sou muito amigo da adrianinha vou fazer tudo o que eu puder para convencela a jogar as olimpiadas do rio,e seria muito bom ver nessa comissao,a maria helena,mesmo que nao seja tecnica,a lais,o bassul e o vendramini...estamos precisamos de pessoas como esses na frente da seleçao feminina,eu vejo o basket quase todos os dias da minha vida,sao exatamente 21 anos que acompanho o basket feminino,desde os meus 9 anos,no Brasil e aqui na europa ,e tenho certeza que se nao fosse por essa troca troca de tecnicos a nossa seleçao viria de londres com uma medalha ,nao digo a de ouro ,mais a prata ou o bronze era quase certa,pois conheço quase todos os outros times e superior ao Brasil em londres sò tinha os USA.
Lógico que ela quer a Janeth..... as seleções dela não tem disciplina nenhuma! As atletas fazem o que querem! Principalmente fora da quadra! É difícil para a Adrianinha seguir regras! Chegar no horário marcado! Ficar na concentração da seleção sem "pular" o muro na madruga!
Nesta seleção ela foi reprimida e agora ela quer que a "sem regra", sem conhecimento, sem desconfiomêtro da Janeth volte!
As atletas querem ganhar seu dinheiro e curtir na seleção! Enquanto isso o Brasil é que paga o pato!
Claro que sabe.Ali a panela é gran
de,muito grande.Na minha opinião a
Janete tem que aprender muito.Não é
porque foi uma grande jogadora que
vai ser uma grande técnica.Nem na
base ela conseguiu mostrar alguma coisa.È a panela funcionando. É o
verdadeiro trem da alegria.Alegria
para os dirigentes e técnicos e só
tristeza para jogadoras e torcedo-
res.
Pessoal procurem também verificar quando de dinheiro foi destinado a CBB, é muita grana. Para termos esse basquete e projetos que são quase nenhum.
Eu, como amante desse esporte gostaria muito de saber, qual foi o destino dessa montanha de dinheiro e as dívidas são enormes.
Precísamos de uma limpeza geral.
Vamos fazer uma campanha em prol desse esporte fantástico, que infelizmente são anos e anos de incompetência.
Tristeza para os torcedores.... não para as jogadoras!!!! Posso garantir que as jogadoras não estão nem aí com a seleção! querem ganhar seu dinheiro, para trocar de carro, passear.... agora se dedicar com comprometimento....nenhuma quer!!!!
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