Brasil enfrenta Austrália por revanche olímpica nesta quinta
Giancarlo Giampietro e Vicente Toledo Jr.
Em São Paulo
O Brasil enfrenta a Austrália nesta quinta-feira, às 15h15, no ginásio do Ibirapuera, em busca de revanche. Os países voltam a se enfrentar em uma semifinal, depois de vitórias australianas na mesma fase nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000 e Atenas-2004. A diferença, dessa vez, é que o time brasileiro joga em casa.
"Estamos com a Austrália entalada na garganta. Quando você perde um jogo contra um rival desses, não dá para esquecer", disse a ala-pivô Êga, em referência ao jogo do último domingo. Válido pela primeira fase, o confronto foi vencido por 82 a 73 pela equipe da Oceania.
Mas parte do elenco brasileiro tem memórias ainda mais desagradáveis para recordar. "A Austrália está sempre acabando com nossa festa. Não podemos deixar isso acontecer de novo. Não em nossa cara", disse a pivô Cíntia Tuiu, campeã do mundo em 1994.
A veterana testemunhou as derrotas para as australianas nas últimas duas Olimpíadas. Em Sydney, o Brasil ainda conseguiu levar a medalha de bronze. Na Grécia, o time ainda perdeu para a Rússia. "Nós vamos tentar, nós devemos, nós vamos ganhar delas", disse a pivô Alessandra, que também esteve presente nas outras batalhas.
No total, em dez disputas em Olimpíadas e Mundiais, o Brasil tem apenas duas vitórias. A primeira foi em 1967. A segunda, mais recente, foi na última edição, em 2002, antes dos mata-matas. Nos últimos cinco confrontos, as australianas só perderam esse.
Para tentar ao menos assegurar a medalha de prata dessa vez, a seleção feminina quer contar com a mesma força que recebeu da torcida na vitória em cima da República Tcheca, nesta quarta, por 75 a 51.
"Estamos curtindo estar na semifinal, esta é a nossa vitória de hoje. Temos todas as condições de vencer nesta quinta e ir para a final. Os fãs foram incríveis nesta quarta", disse a ala Iziane. "Temos que jogar o nosso melhor e tentar vencer com a ajuda da nossa torcida."
Para o técnico Antonio Carlos Barbosa, o Brasil chega à semifinal embalado e em constante evolução. "Estamos melhorando a cada jogo e espero que possamos crescer ainda mais nessa reta final. Tivemos números baixos no aproveitamento dos arremessos de dois e três pontos, assim como nos lances livres, mas ainda assim mostramos um volume de jogo muito grande. Podemos melhorar mais ainda."
O treinador afirmou que o duelo da primeira fase foi parelho. "Perdemos um jogo igual. A diferença foi de nove pontos, mas na verdade foi de sete porque a Adrianinha fez uma falta no último segundo que não precisava. Além disso, nos tomaram sete pontos em três faltas de ataque seguidas."
"Queremos mais. Vamos buscar o título. Temos que exercitar o nosso espírito vencedor se quisermos ser campeões", completou Barbosa.
Do lado australiano, a treinadora Jan Stirling já está alertada quanto à pressão que sua equipe sofrerá no ginásio paulistano. "A torcida vai ter um grande impacto, e isso é um desafio para nossas atletas. Elas têm de bloquear a pressão de fora e se concentrar no que devemos fazer. Precisamos lidar com isso, com a emoção das jogadoras. O apoio da torcida as leva para outro nível."
Trata-se de uma decisão para as australianas. Por isso, o Brasil pode esperar por longas atuações da pivô Lauren Jackson, da ala Penny Taylor e da armadora Kristi Harrower. "Não há dúvida de que elas jogarão por um bom tempo, do mesmo jeito que Janeth, Alessandra e Iziane vão provavelmente ficar 35 minutos em quadra."
Já a armadora Kristi Harrower não quer nem saber de comparações com a partida da segunda fase. "Será uma partida completamente diferente da que disputamos no domingo. O ginásio vai estar lotado, e a torcida vai estar com tudo."
Giancarlo Giampietro e Vicente Toledo Jr.
Em São Paulo
O Brasil enfrenta a Austrália nesta quinta-feira, às 15h15, no ginásio do Ibirapuera, em busca de revanche. Os países voltam a se enfrentar em uma semifinal, depois de vitórias australianas na mesma fase nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000 e Atenas-2004. A diferença, dessa vez, é que o time brasileiro joga em casa.
"Estamos com a Austrália entalada na garganta. Quando você perde um jogo contra um rival desses, não dá para esquecer", disse a ala-pivô Êga, em referência ao jogo do último domingo. Válido pela primeira fase, o confronto foi vencido por 82 a 73 pela equipe da Oceania.
Mas parte do elenco brasileiro tem memórias ainda mais desagradáveis para recordar. "A Austrália está sempre acabando com nossa festa. Não podemos deixar isso acontecer de novo. Não em nossa cara", disse a pivô Cíntia Tuiu, campeã do mundo em 1994.
A veterana testemunhou as derrotas para as australianas nas últimas duas Olimpíadas. Em Sydney, o Brasil ainda conseguiu levar a medalha de bronze. Na Grécia, o time ainda perdeu para a Rússia. "Nós vamos tentar, nós devemos, nós vamos ganhar delas", disse a pivô Alessandra, que também esteve presente nas outras batalhas.
No total, em dez disputas em Olimpíadas e Mundiais, o Brasil tem apenas duas vitórias. A primeira foi em 1967. A segunda, mais recente, foi na última edição, em 2002, antes dos mata-matas. Nos últimos cinco confrontos, as australianas só perderam esse.
Para tentar ao menos assegurar a medalha de prata dessa vez, a seleção feminina quer contar com a mesma força que recebeu da torcida na vitória em cima da República Tcheca, nesta quarta, por 75 a 51.
"Estamos curtindo estar na semifinal, esta é a nossa vitória de hoje. Temos todas as condições de vencer nesta quinta e ir para a final. Os fãs foram incríveis nesta quarta", disse a ala Iziane. "Temos que jogar o nosso melhor e tentar vencer com a ajuda da nossa torcida."
Para o técnico Antonio Carlos Barbosa, o Brasil chega à semifinal embalado e em constante evolução. "Estamos melhorando a cada jogo e espero que possamos crescer ainda mais nessa reta final. Tivemos números baixos no aproveitamento dos arremessos de dois e três pontos, assim como nos lances livres, mas ainda assim mostramos um volume de jogo muito grande. Podemos melhorar mais ainda."
O treinador afirmou que o duelo da primeira fase foi parelho. "Perdemos um jogo igual. A diferença foi de nove pontos, mas na verdade foi de sete porque a Adrianinha fez uma falta no último segundo que não precisava. Além disso, nos tomaram sete pontos em três faltas de ataque seguidas."
"Queremos mais. Vamos buscar o título. Temos que exercitar o nosso espírito vencedor se quisermos ser campeões", completou Barbosa.
Do lado australiano, a treinadora Jan Stirling já está alertada quanto à pressão que sua equipe sofrerá no ginásio paulistano. "A torcida vai ter um grande impacto, e isso é um desafio para nossas atletas. Elas têm de bloquear a pressão de fora e se concentrar no que devemos fazer. Precisamos lidar com isso, com a emoção das jogadoras. O apoio da torcida as leva para outro nível."
Trata-se de uma decisão para as australianas. Por isso, o Brasil pode esperar por longas atuações da pivô Lauren Jackson, da ala Penny Taylor e da armadora Kristi Harrower. "Não há dúvida de que elas jogarão por um bom tempo, do mesmo jeito que Janeth, Alessandra e Iziane vão provavelmente ficar 35 minutos em quadra."
Já a armadora Kristi Harrower não quer nem saber de comparações com a partida da segunda fase. "Será uma partida completamente diferente da que disputamos no domingo. O ginásio vai estar lotado, e a torcida vai estar com tudo."
"Carrasca" australiana tem torcida brasileira nesta quinta
Giancarlo Giampietro e Vicente Toledo Jr.
Em São Paulo
Quando a bola subir nesta quinta-feira na semifinal do Mundial contra a Austrália, um torcedor brasileiro estará do outro lado, ou, pelo menos, com o coração dividido. Rodrigo Gil Rodrigues, jogador de vôlei que atua na segunda divisão italiana, tem de escolher entre sua mulher e a seleção de seu país.
O oposto, de 28 anos, é casado com a ala Penny Taylor, 25, desde dezembro de 2005 - com o ponta Giba, campeão olímpico e mundial como padrinho. Os dois vivem juntos na cidade de Schio, na Itália.
O mineiro de Uberlândia ficou em casa, para o início de uma nova temporada. Mas fala diariamente com a jogadora por telefone. Uma dessas ligações, no domingo à tarde, após a vitória contra o Brasil, foi a que gerou mais apreensão.
"O Rodrigo sempre torce para a seleção brasileira. Ele quer que o time se dê bem, que vença suas competições", disse Taylor. "Mas ele ficou feliz por minha vitória e por minha partida. Afinal, sou sua mulher."
Para a australiana, nada deve mudar em relação ao jogo desta quinta. "Ele fica triste por um lado, claro. Mas tem de ficar mais feliz pelo outro", brincou.
Taylor foi a jogadora que arrasou a seleção brasileira no confronto entre as duas equipes na segunda fase, vencido pela Austrália. Marcou 27 pontos, em 35 minutos, e acertou dez de 16 arremessos, com aproveitamento de 62,5%.
Apesar da grande exibição, no domingo, a ala australiana se recusou a levar o crédito pela vitória. Mesmo nesta quarta, três dias depois, ela evitou destacar sua atuação. "Nosso time tem jogadoras muito boas. Todas são capazes de, em um dia, subir de produção e pontuar bastante", disse. Suas médias no torneio são de 15 pontos (segunda no time), 5,7 rebotes (segunda), 3,7 assistências (líder) e 2,2 roubos de bola (líder).
A australiana divide sua temporada entre o Campeonato Italiano, onde joga pelo Famila Schio, e a WNBA, na qual defende o Phoenix Mercury. Quando vai para os Estados Unidos, Rodrigo a acompanha. O desencontro entre as temporadas européia e norte-americana ajuda o casal, que se comunica em inglês.
Para qualquer outro clube europeu que chegue com proposta para Taylor, a jogadora avisa. "Só se tiver espaço para o vôlei na cidade."
EUA atropelam Lituânia e agora reencontram Rússia na semi
Giancarlo Giampietro e Vicente Toledo Jr.
Em São Paulo
Durou apenas um quarto a esperança da Lituânia de oferecer qualquer tipo de resistência à seleção norte-americana nas quartas-de-final do Mundial feminino. Nesta quarta-feira, os Estados Unidos, grandes favoritos à conquista da medalha de ouro, atropelaram mais um adversário: 90 a 56.
A equipe enfrenta agora a Rússia na semifinal, às 19h45 desta quinta-feira, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. O confronto vale como reedição das decisões dos últimos dois Mundiais, ambos vencidos pelos EUA. As duas equipes já se enfrentaram na primeira fase deste torneio, e as norte-americanas derrotaram as russas por 90 a 80.
OS NÚMEROS DO CONFRONTO
49,1% Dois pontos 32,5%
29,4% Três pontos 29,4%
79,2% Lances livres 71,4%
48 Rebotes 28
13 Assistências 12
20 Erros 24
46 Pontos - banco 23
EUA Estatística Lituânia
"Os dois times melhoraram bastante. Acho que a Rússia jogou com muito mais coração contra a Espanha hoje. Mas nós também podemos jogar melhor do que fizemos na primeira fase", comentou a técnica Anne Donovan, que espera um duelo mais igual. "Acho que não veremos nenhum dos dois times escapar no placar como fizemos na partida anterior. Será um jogo muito competitivo", apostou.
Depois de levarem um susto no primeiro quarto, quando as lituanas lideraram o placar por mais de sete minutos, os EUA acertaram a defesa a partir do segundo período e conseguiram impor o seu ritmo veloz de jogo que costumam praticar.
"O nosso objetivo era fazer um bom jogo. Nunca pensamos que poderíamos vencer porque os EUA têm excelentes jogadoras. Foi uma boa chance de testarmos nossas jovens jogadoras para competições futuras", resignou-se o técnico lituano Algirdas Paulauskas.
Uma dessas novas atletas é a armadora Aurime Rinkeviciute, uma das mais jovens do Mundial, com apenas 16 anos de idade. "Foi um jogo muito importante para mim, pois foi uma chance de enfrentar grandes jogadoras e me preparar para o futuro", disse a lituana, que marcou três pontos. As cestinhas de seu time foram Sandra Valuzyte e Ausra Bimbaite, ambas com 12 pontos.
O grande nome da partida foi a pivô norte-americana Candace Parker, apenas quatro anos mais velha que Rinkeviciute, com 18 pontos, seis rebotes e dois tocos. Outras três jogadoras dos EUA marcaram dez ou mais pontos - Tina Thomson (15), Tamika Catchings (12) e Katie Smith (14).
"Acho que nosso banco de reservas fez a diferença hoje. Elas jogaram tudo no primeiro quarto e conseguiram ser melhores, mas depois nós acertamos a marcação e fizemos uma boa seqüência no segundo período com as jogadoras que vieram do banco", comentou Smith.
O jogo
A Lituânia começou surpreendendo e saiu na frente, aproveitando os erros das adversárias e encaixando contra-ataques rápidos para fazer 7 a 2. Para delírio dos cerca de 15 torcedores lituanos que compareceram ao Ibirapuera, as européias conseguiram se manter à frente por sete minutos.
As norte-americanas só ganharam a dianteira do marcador com 18 a 17, em uma cesta da pivô Candace Parker. Nas posses de bola seguintes, os times trocaram cestas e se revezaram na liderança do placar.
As lituanas chegaram à bola decisiva do período inicial com vantagem de 26 a 24. Mas a armadora Alana Beard, no último lance, fez uma cesta, sofreu falta e converteu o lance livre para colocar sua equipe à frente de uma vez por todas (27 a 26).
A partir daí, foi uma partida de uma equipe só. Os Estados Unidos anularam as lituanas no segundo quarto. Ficaram sete minutos sem tomar nenhum ponto e estenderam o placar para 41 a 26. No total, tomaram apenas seis pontos em dez minutos, indo para o intervalo com 48 a 32.
E a equipe bicampeã mundial e tri olímpica nem cogitou diminuir sua energia e intensidade para o segundo tempo. Rodando bastante suas jogadoras, sempre com uma unidade descansada em quadra, a seleção norte-americana esticou sua vantagem para a casa dos 30 pontos no terceiro período e para quase 40 pontos no quarto final, fechando em 90 a 56.
Fonte: UOL
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