Brasil encara gigantes tchecas nas quartas
Marta Teixeira
São Paulo (SP) - Se a competição só começa dia 20, como dizia o técnico Antonio Carlos Barbosa ainda na primeira fase do Campeonato Mundial feminino de basquete, chegou a hora de a seleção brasileira estrear para valer no torneio. Nesta quarta-feira, o time enfrenta a República Tcheca, às 15h15, no ginásio do Ibirapuera, para tentar continuar na luta pelo bicampeonato.
As adversárias não eram as preferidas das brasileiras, que confessavam ter mais interesse em enfrentar a França nas quartas-de-final. Mas a sorte não ajudou e agora, elas terão que tentar superar uma equipe que tem na altura uma de suas principais características.
'A República Tcheca tem uma equipe muito alta, que joga um basquete agressivo e muito inteligente', analisa a ala/armadora Helen, que atuou uma temporada na Rússia e conhece bem o estilo dos países do Leste Europeu. O alerta para a estatura das adversárias não é gratuito.
A ala Darina Johnova é a mais baixa de sua posição com 1,77m. A mais alta é Eva Vitecková com 1,90m. As pivôs também têm boa estatura. A mais baixa, Zuzana Klimesová, mede 1,87m e a mais alta 1,94m. Baixinha mesmo só a armadora Michaela Uhrová de 1,66m.
Destaque no grupo brasileiro até o momento, a ala Iziane atuou na República Tcheca de novembro a janeiro e conhece bastante o quinteto titular do técnico Jan Bobrovsky. 'A República Tcheca pode ser uma surpresa. Mas não importa que nós vamos enfrentar, são os adversários que têm de preferir não pegar o Brasil', raciocina, jogando a responsabilidade para o seu lado da quadra.
Com um dia para ajustar seu grupo para o próximo desafio, o técnico Barbosa vai recorrer aos vídeos de jogos para estudar os pontos fortes das adversárias. Mas de antemão avisa que Uhrová e algumas pivôs já chamaram sua atenção em atuações anteriores.
Seja lá qual for o estilo de jogo das tchecas, Helen ressalta a necessidade de o Brasil manter seu padrão. 'A gente tem que fazer nosso jogo. Fazer um bom resultado e recuperar a confiança que nos faltou contra a Argentina', diz lembrando o confronto sofrido, que o Brasil venceu por apenas um ponto de diferença.
Se as brasileiras atingirem sua meta de superar as européias devem ter um reencontro difícil pela frente nas semifinais. O vencedor do jogo do Brasil pode encarar a Austrália na fase seguinte. Uma das favoritas à disputa do ouro na competição, a equipe da Oceania enfrenta a França nas quartas-de-final, às 17h30.
Nos outros cruzamentoe, Espanha e Rússia abrem a rodada às 13 horas e Lituânia e Estados Unidos fecham o programa a partir das 19h45. Os vencedores enfrentam-se nas semis, quinta-feira.
Todos os jogos da fase de mata-mata serão disputados no ginásio do Ibirapuera. Barueri recebe as disputas de nono a 12º lugar na quinta.
Barbosa pede torcida, enquanto Iziane quer 'calminha'
Emanuel Colombari, especial para a GE.Net
São Paulo (SP) - O Brasil já tem a receita para vencer a República Tcheca nas quartas-de-final do Mundial feminino de basquete. Segundo o técnico Antônio Carlos Barbosa, o ginásio do Ibirapuera lotado pode ser o grande diferencial para derrotar as tchecas, embora o conhecimento sobre o modo como as adversárias jogam também vá dar uma mãozinha.
“Acho que o fator torcida, o ambiente, tudo pode causar um desconforto. Uma equipe jovem, européia pode sentir um pouco desconfortável. O basquete feminino europeu não tem muito apelo lá que nem tem aqui”, acredita o treinador brasileiro.
Barbosa ainda elogia a determinação, a força física e a troca de bolas das comandadas do técnico Jan Bobrovsky. Apesar de preferir evitar as previsões para o confronto, ele admite que o time mais veloz em quadra pode acabar levando vantagem na disputa por uma vaga nas semifinais.
“Se fosse um time pequeno e rápido, era bom. Se fosse grande e lento, bom também. Mas é grande e rápido, então é complicado”, admite o técnico. “É um time difícil de você jogar contra, mas nada impossível. No momento que você está jogando bem, tudo é possível”, completa ele, que também tem na velocidade uma de suas principais armas.
Já para a ala/armadora Iziane, destaque do Brasil nos últimos jogos, a melhor forma de passar pela República Tcheca é pressionar e não deixar as adversárias mostrarem o jogo delas. Apesar de destacar a precisão das bolas de longe, ela é mais uma que pede atenção à rapidez na partida.
“Elas não gostam de ser pressionadas, não gostam dessa pressão. A gente tem que ir com calminha”, garante a jogadora que atua na WNBA pelo Seattle Storm. “Se elas pegarem o individual, pegarem a nossa batida, aí não tem como”, completa.
Helen: velocidade pode ajudar a vencer República Tcheca
Emanuel Colombari, especial para a GE.Net
São Paulo (SP) - Aos 33 anos, a armadora Helen Luz é uma das jogadoras mais experientes do técnico Antônio Carlos Barbosa. E se quiser vencer a República Tcheca e garantir presença nas semifinais do Mundial feminino de basquete, esta experiência deve ser um dos diferenciais da equipe, que treinou nesta terça-feira pela manhã para o jogo das quartas-de-final.
Apesar de o confronto contra a França ter sido dado como certo nesta segunda-feira, as brasileiras não se surpreenderam com o avanço das tchecas. Porém, ninguém admite a hipótese de as francesas terem entregado o jogo contra as chinesas - quando perderam por dois pontos - para escapar do duelo contra o Brasil.
“Estamos focadas neste nosso jogo desde a partida (da Repúbica Tcheca) contra a França”, disse Helen, lembrando que as francesas venceram o time do técnico Jan Bobrovsky na primeira rodada por 62 a 58. “Não sabemos o que elas (francesas) queriam. Mas acho que isso é bom. Valoriza o nosso jogo”, completa.
A armadora, que atua pelo Barcelona-ESP, espera um confronto complicado, mas acha que a velocidade pode decidir o confronto a favor das anfitriãs. “Elas têm muita força física, jogam muito duro. Mas confiamos no nosso jogo”, aposta Helen. Segundo ela, a ala/armadora Iziane, que passou pelo basquete tcheco, faz questão de tranqüilizar o time. “A Izi diz que prefere jogar com elas, porque nós somos mais rápidas”, garante.
Janeth não treina, mas deve enfrentar tchecas
Emanuel Colombari, especial para a GE.Net
São Paulo (SP) - O treino ministrado pelo técnico Antônio Carlos Barbosa na manhã desta terça-feira não contou com a presença da mais experiente jogadora da seleção que disputa o Mundial feminino de basquete. A ala Janeth sofreu uma entorse leve no tornozelo direito no confronto contra o Canadá nesta segunda, mas passou por tratamento e deve garantir presença contra a República Tcheca, em confronto que vale vaga nas semifinais.
“Hoje eu sinto mais dor do lado da frente que do lado de fora. Mas quem pode falar mais tecnicamente é o doutor”, disse Janeth nesta terça-feira. “Quando eu acordei, o pé estava inchado. Mas já fizemos piscina e tomamos antiinflamatórios e está melhor. Mas quando eu acordei, os dedos estavam parecendo bolinhas”, completou ela, com o pé direito enfaixado.
O técnico Barbosa confia na volta de sua jogadora, mas disse que prefere esperar a possibilidade para analisar se Micaela entra na ala. “Eu prefiro esperar essa possibilidade. É difícil, mas vamos esperar”, adianta o treinador. Ele descreve Micaela como “um curinga. Substitui a Janeth, a Iziane... Depende da situação do jogo”.
As maiores interessadas em descobrir a escalação são, sem dúvida, as duas alas. Aos 27 anos, Micaela, que atua no basquete polonês, sabe da responsabilidade de substituir uma das maiores figuras da história do basquete brasileiro. Porém, ela prefere acreditar que seu potencial já foi mostrado.
“Acho que agora eu estou sentindo um pouco isso da responsabilidade. Mas quando vem a Janeth, você vê e pensa: ‘ela ainda pode fazer um monte de coisa’”, diz Micaela. “Mas se a gente está na seleção, faz nosso trabalho, faz jogos bons, temos que acreditar também”, completa ela, que jamais participou de Olimpíadas ou Mundiais.
Apesar do susto, o ambiente na seleção é bom. A maioria aposta que Janeth entra em quadra contra as tchecas. “Foi uma torção (na verdade, uma entorse) leve e ela deve estar em quadra tranqüilamente”, diz a ala/armadora Iziane. A exemplo dela, o técnico Barbosa também acredita em recuperação. “A previsão, pra mim, é que ela joga. Eu sou o técnico, tenho que ser otimista, né?”, brinca.
Marta Teixeira
São Paulo (SP) - Se a competição só começa dia 20, como dizia o técnico Antonio Carlos Barbosa ainda na primeira fase do Campeonato Mundial feminino de basquete, chegou a hora de a seleção brasileira estrear para valer no torneio. Nesta quarta-feira, o time enfrenta a República Tcheca, às 15h15, no ginásio do Ibirapuera, para tentar continuar na luta pelo bicampeonato.
As adversárias não eram as preferidas das brasileiras, que confessavam ter mais interesse em enfrentar a França nas quartas-de-final. Mas a sorte não ajudou e agora, elas terão que tentar superar uma equipe que tem na altura uma de suas principais características.
'A República Tcheca tem uma equipe muito alta, que joga um basquete agressivo e muito inteligente', analisa a ala/armadora Helen, que atuou uma temporada na Rússia e conhece bem o estilo dos países do Leste Europeu. O alerta para a estatura das adversárias não é gratuito.
A ala Darina Johnova é a mais baixa de sua posição com 1,77m. A mais alta é Eva Vitecková com 1,90m. As pivôs também têm boa estatura. A mais baixa, Zuzana Klimesová, mede 1,87m e a mais alta 1,94m. Baixinha mesmo só a armadora Michaela Uhrová de 1,66m.
Destaque no grupo brasileiro até o momento, a ala Iziane atuou na República Tcheca de novembro a janeiro e conhece bastante o quinteto titular do técnico Jan Bobrovsky. 'A República Tcheca pode ser uma surpresa. Mas não importa que nós vamos enfrentar, são os adversários que têm de preferir não pegar o Brasil', raciocina, jogando a responsabilidade para o seu lado da quadra.
Com um dia para ajustar seu grupo para o próximo desafio, o técnico Barbosa vai recorrer aos vídeos de jogos para estudar os pontos fortes das adversárias. Mas de antemão avisa que Uhrová e algumas pivôs já chamaram sua atenção em atuações anteriores.
Seja lá qual for o estilo de jogo das tchecas, Helen ressalta a necessidade de o Brasil manter seu padrão. 'A gente tem que fazer nosso jogo. Fazer um bom resultado e recuperar a confiança que nos faltou contra a Argentina', diz lembrando o confronto sofrido, que o Brasil venceu por apenas um ponto de diferença.
Se as brasileiras atingirem sua meta de superar as européias devem ter um reencontro difícil pela frente nas semifinais. O vencedor do jogo do Brasil pode encarar a Austrália na fase seguinte. Uma das favoritas à disputa do ouro na competição, a equipe da Oceania enfrenta a França nas quartas-de-final, às 17h30.
Nos outros cruzamentoe, Espanha e Rússia abrem a rodada às 13 horas e Lituânia e Estados Unidos fecham o programa a partir das 19h45. Os vencedores enfrentam-se nas semis, quinta-feira.
Todos os jogos da fase de mata-mata serão disputados no ginásio do Ibirapuera. Barueri recebe as disputas de nono a 12º lugar na quinta.
Barbosa pede torcida, enquanto Iziane quer 'calminha'
Emanuel Colombari, especial para a GE.Net
São Paulo (SP) - O Brasil já tem a receita para vencer a República Tcheca nas quartas-de-final do Mundial feminino de basquete. Segundo o técnico Antônio Carlos Barbosa, o ginásio do Ibirapuera lotado pode ser o grande diferencial para derrotar as tchecas, embora o conhecimento sobre o modo como as adversárias jogam também vá dar uma mãozinha.
“Acho que o fator torcida, o ambiente, tudo pode causar um desconforto. Uma equipe jovem, européia pode sentir um pouco desconfortável. O basquete feminino europeu não tem muito apelo lá que nem tem aqui”, acredita o treinador brasileiro.
Barbosa ainda elogia a determinação, a força física e a troca de bolas das comandadas do técnico Jan Bobrovsky. Apesar de preferir evitar as previsões para o confronto, ele admite que o time mais veloz em quadra pode acabar levando vantagem na disputa por uma vaga nas semifinais.
“Se fosse um time pequeno e rápido, era bom. Se fosse grande e lento, bom também. Mas é grande e rápido, então é complicado”, admite o técnico. “É um time difícil de você jogar contra, mas nada impossível. No momento que você está jogando bem, tudo é possível”, completa ele, que também tem na velocidade uma de suas principais armas.
Já para a ala/armadora Iziane, destaque do Brasil nos últimos jogos, a melhor forma de passar pela República Tcheca é pressionar e não deixar as adversárias mostrarem o jogo delas. Apesar de destacar a precisão das bolas de longe, ela é mais uma que pede atenção à rapidez na partida.
“Elas não gostam de ser pressionadas, não gostam dessa pressão. A gente tem que ir com calminha”, garante a jogadora que atua na WNBA pelo Seattle Storm. “Se elas pegarem o individual, pegarem a nossa batida, aí não tem como”, completa.
Helen: velocidade pode ajudar a vencer República Tcheca
Emanuel Colombari, especial para a GE.Net
São Paulo (SP) - Aos 33 anos, a armadora Helen Luz é uma das jogadoras mais experientes do técnico Antônio Carlos Barbosa. E se quiser vencer a República Tcheca e garantir presença nas semifinais do Mundial feminino de basquete, esta experiência deve ser um dos diferenciais da equipe, que treinou nesta terça-feira pela manhã para o jogo das quartas-de-final.
Apesar de o confronto contra a França ter sido dado como certo nesta segunda-feira, as brasileiras não se surpreenderam com o avanço das tchecas. Porém, ninguém admite a hipótese de as francesas terem entregado o jogo contra as chinesas - quando perderam por dois pontos - para escapar do duelo contra o Brasil.
“Estamos focadas neste nosso jogo desde a partida (da Repúbica Tcheca) contra a França”, disse Helen, lembrando que as francesas venceram o time do técnico Jan Bobrovsky na primeira rodada por 62 a 58. “Não sabemos o que elas (francesas) queriam. Mas acho que isso é bom. Valoriza o nosso jogo”, completa.
A armadora, que atua pelo Barcelona-ESP, espera um confronto complicado, mas acha que a velocidade pode decidir o confronto a favor das anfitriãs. “Elas têm muita força física, jogam muito duro. Mas confiamos no nosso jogo”, aposta Helen. Segundo ela, a ala/armadora Iziane, que passou pelo basquete tcheco, faz questão de tranqüilizar o time. “A Izi diz que prefere jogar com elas, porque nós somos mais rápidas”, garante.
Janeth não treina, mas deve enfrentar tchecas
Emanuel Colombari, especial para a GE.Net
São Paulo (SP) - O treino ministrado pelo técnico Antônio Carlos Barbosa na manhã desta terça-feira não contou com a presença da mais experiente jogadora da seleção que disputa o Mundial feminino de basquete. A ala Janeth sofreu uma entorse leve no tornozelo direito no confronto contra o Canadá nesta segunda, mas passou por tratamento e deve garantir presença contra a República Tcheca, em confronto que vale vaga nas semifinais.
“Hoje eu sinto mais dor do lado da frente que do lado de fora. Mas quem pode falar mais tecnicamente é o doutor”, disse Janeth nesta terça-feira. “Quando eu acordei, o pé estava inchado. Mas já fizemos piscina e tomamos antiinflamatórios e está melhor. Mas quando eu acordei, os dedos estavam parecendo bolinhas”, completou ela, com o pé direito enfaixado.
O técnico Barbosa confia na volta de sua jogadora, mas disse que prefere esperar a possibilidade para analisar se Micaela entra na ala. “Eu prefiro esperar essa possibilidade. É difícil, mas vamos esperar”, adianta o treinador. Ele descreve Micaela como “um curinga. Substitui a Janeth, a Iziane... Depende da situação do jogo”.
As maiores interessadas em descobrir a escalação são, sem dúvida, as duas alas. Aos 27 anos, Micaela, que atua no basquete polonês, sabe da responsabilidade de substituir uma das maiores figuras da história do basquete brasileiro. Porém, ela prefere acreditar que seu potencial já foi mostrado.
“Acho que agora eu estou sentindo um pouco isso da responsabilidade. Mas quando vem a Janeth, você vê e pensa: ‘ela ainda pode fazer um monte de coisa’”, diz Micaela. “Mas se a gente está na seleção, faz nosso trabalho, faz jogos bons, temos que acreditar também”, completa ela, que jamais participou de Olimpíadas ou Mundiais.
Apesar do susto, o ambiente na seleção é bom. A maioria aposta que Janeth entra em quadra contra as tchecas. “Foi uma torção (na verdade, uma entorse) leve e ela deve estar em quadra tranqüilamente”, diz a ala/armadora Iziane. A exemplo dela, o técnico Barbosa também acredita em recuperação. “A previsão, pra mim, é que ela joga. Eu sou o técnico, tenho que ser otimista, né?”, brinca.
Fonte: Gazeta Esportiva
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