quinta-feira, 20 de outubro de 2005

Para Hortência, interesse de políticos é positivo

Marta Teixeira

São Paulo (SP) - O impasse entre Nossa Liga de Basquetebol (NLB) e Confederação Brasileira de Basquete (CBB) extrapolou o universo do esporte. Na próxima semana, o deputado federal Silvio Torres (PSDB/SP) apresenta um requerimento em conjunto com Deley (PSC/RJ) na Comissão de Turismo e Desporto para ouvir os presidentes das duas entidades, o ex-jogador Oscar Schmidt e Gerasime Grego Bozikis, respectivamente, sobre o que está acontecendo na modalidade. Para a vice-presidente da NLB, a ex-jogadora Hortência, o interesse dos políticos pela situação é uma coisa positiva.
'Acho bom se interessarem pelo basquete', afirmou à GE.Net. 'Do nosso lado está tudo sob controle, não há nada que esconder', garante, achando 'bacana' a entrada do deputado na questão. 'Se ele tem alguma dúvida é bom que pergunte, se informe. Pode chamar'.

Nesta quinta-feira, os dois políticos confirmaram ao UOL que o requerimento será votado pela Comissão na próxima quarta. Para a Rainha das quadras, única brasileira com o nome inscrito no Hall da Fama do basquete nos Estados Unidos, tudo segue o curso normal na iniciativa da Liga. 'Está tudo dentro da lei. Dia 25 temos o primeiro jogo da tabela e estamos fazendo tudo dentro da lei', destaca.

O interesse dos dois deputados foi despertado após a decisão da CBB de vetar a convocação de atletas cujos times participassem do torneio da NLB. Na elaboração do regulamento para o Nacional da Confederação deste ano, a entidade incluiu a exigência de as equipes não disputarem outra competição similar.

A atitude foi classificada pela ex-jogadora como irregular. 'Não pode proibir. Como você vai proibir o jogador de uma equipe que também está jogando um campeonato como o Paulista? Ele (Grego) não pode proibir, isso é ilegal'.

Para Hortência, a mudança tem de partir da CBB. 'Você não pode mudar a regra no meio. Não posso fazer o que quiser no regulamento. Como uma equipe disputa um campeonato, se classifica e não pode competir? Isso é ilegal, mas não posso falar nada antes de acontecer. Depois que acontecer é que vamos ver se é legal ou não'.

Segundo a ex-jogadora, tudo o que está acontecendo prova uma coisa, que ninguém pode permanecer muito tempo em um cargo. 'O presidente do Brasil só pode se reeleger uma vez e o presidente da confederação fica 15, 20 anos... Para os presidentes das outras confederações não é interessante que a Nossa Liga dê certo. O que vai acontecer se formarem a nossa liga de vôlei, de ginástica, de futsal? Ninguém quer isso'.


Fonte: Gazeta Esportiva

Nenhum comentário: