Deputados querem ouvir Oscar e Grego sobre racha no basquete
Ricardo Zanei
Em São Paulo
Os deputados Silvio Torres (PSDB/SP) e Deley (PSC/RJ) entraram nesta quinta-feira com um requerimento conjunto na CTD (Comissão de Turismo e Desporto) para ouvir o ex-jogador Oscar Schmidt e hoje presidente da NLB (Nossa Liga de Basquete) sobre a rusga entre a nova competição e a CBB (Confederação Brasileira de Basquete), que provocou um racha na modalidade. O presidente da entidade, Gerasime Bozikis, o Grego, também deve ser chamado.
"A proposta é discutir os rumos do basquete brasileiro. O que aconteceu é que foi formada uma Liga, com o Oscar, a Hortência [vice-presidente feminina de marketing], a Paula [vice-presidente de competições femininas]. A formação de uma Liga é prevista pela Lei Pelé. Isso já vem na seqüência de desentendimentos de atletas e ex-atletas com o atual presidente da CBB. A Liga já está para ser iniciada, vários times aderiram, vários times de ponta. O presidente deliberou que atletas que jogarem a liga não seriam convocados, alegou que a Fiba não permite isso. Se isso ocorrer, perderemos boa parte dos nossos atletas para os Mundiais e, provavelmente, para o Pan de 2007", disse o deputado Silvio Torres.
O requerimento ainda não foi aprovado e deve ser votado na próxima reunião administrativa da CTD, quarta-feira da semana que vem. "Vai ser aprovado sim. É que só teremos reunião na próxima semana", afirmou Torres.
Para Deley, ex-jogador de futebol, com passagens por Fluminense, Palmeiras, Botafogo-RJ, Belenenses (Portugal) e Atlético-PR, os problemas fora de quadra não podem mais influenciar no basquete. "O tumulto está acontecendo e eu acho importante você ouvir os dois lados. Eu, particularmente, sempre estou querendo saber das ações inovadoras, como essa coisa da Nossa Liga", afirmou. "Já tem duas Olimpíadas que o basquete brasileiro não consegue se classificar. Precisamos conversar sobre isso", completou.
O CTD não tem poder de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), ou seja, pode apenas convidar as partes a prestarem esclarecimentos em Brasília. Os chamados não têm a obrigatoriedade de aceitar o chamado dos deputados. Exemplo disso é o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, que alegou uma viagem ao exterior para não ir à capital federal.
A reportagem do UOL Esporte tentou falar com Oscar, mas ele não foi encontrado, assim como Grego. De acordo com a assessoria de imprensa da CBB, o presidente, que está fora da entidade cuidando de problemas pessoais e viaja nesta sexta-feira para o Uruguai para acompanhar o Sul-Americano cadete masculino, só deve se pronunciar caso o requerimento seja aprovado.
Ricardo Zanei
Em São Paulo
Os deputados Silvio Torres (PSDB/SP) e Deley (PSC/RJ) entraram nesta quinta-feira com um requerimento conjunto na CTD (Comissão de Turismo e Desporto) para ouvir o ex-jogador Oscar Schmidt e hoje presidente da NLB (Nossa Liga de Basquete) sobre a rusga entre a nova competição e a CBB (Confederação Brasileira de Basquete), que provocou um racha na modalidade. O presidente da entidade, Gerasime Bozikis, o Grego, também deve ser chamado.
"A proposta é discutir os rumos do basquete brasileiro. O que aconteceu é que foi formada uma Liga, com o Oscar, a Hortência [vice-presidente feminina de marketing], a Paula [vice-presidente de competições femininas]. A formação de uma Liga é prevista pela Lei Pelé. Isso já vem na seqüência de desentendimentos de atletas e ex-atletas com o atual presidente da CBB. A Liga já está para ser iniciada, vários times aderiram, vários times de ponta. O presidente deliberou que atletas que jogarem a liga não seriam convocados, alegou que a Fiba não permite isso. Se isso ocorrer, perderemos boa parte dos nossos atletas para os Mundiais e, provavelmente, para o Pan de 2007", disse o deputado Silvio Torres.
O requerimento ainda não foi aprovado e deve ser votado na próxima reunião administrativa da CTD, quarta-feira da semana que vem. "Vai ser aprovado sim. É que só teremos reunião na próxima semana", afirmou Torres.
Para Deley, ex-jogador de futebol, com passagens por Fluminense, Palmeiras, Botafogo-RJ, Belenenses (Portugal) e Atlético-PR, os problemas fora de quadra não podem mais influenciar no basquete. "O tumulto está acontecendo e eu acho importante você ouvir os dois lados. Eu, particularmente, sempre estou querendo saber das ações inovadoras, como essa coisa da Nossa Liga", afirmou. "Já tem duas Olimpíadas que o basquete brasileiro não consegue se classificar. Precisamos conversar sobre isso", completou.
O CTD não tem poder de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), ou seja, pode apenas convidar as partes a prestarem esclarecimentos em Brasília. Os chamados não têm a obrigatoriedade de aceitar o chamado dos deputados. Exemplo disso é o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, que alegou uma viagem ao exterior para não ir à capital federal.
A reportagem do UOL Esporte tentou falar com Oscar, mas ele não foi encontrado, assim como Grego. De acordo com a assessoria de imprensa da CBB, o presidente, que está fora da entidade cuidando de problemas pessoais e viaja nesta sexta-feira para o Uruguai para acompanhar o Sul-Americano cadete masculino, só deve se pronunciar caso o requerimento seja aprovado.
ENTENDA O BATE-REBATE
A CBB, por meio de seu presidente, Grego, justificou o veto dizendo que a Fiba (Federação Internacional de Basquete) não permite que jogadores que estejam em competições que não são reconhecidas, como caso da NLB, estejam na seleção.
Já a NLB rebateu em nota oficial, na qual contestou a versão. "No Brasil os clubes e seus atletas são filiados às federações estaduais, estas são ligadas à CBB, que por fim é vinculada à Fiba. Os clubes que fazem parte da NLB e os seus atletas são filiados às federações dos seus estados e conseqüentemente ao Sistema Federal Desportivo, o que os torna vinculados legalmente à Fiba", disse a entidade.
Lançada no dia 4 deste mês, a NLB, que terá 18 times no masculino e seis no feminino e começará no próximo dia 25, demorou seis meses para ser criada e, desde quando ainda era uma idéia, já "batia de frente" com a CBB.
Uma semana após o anúncio oficial do novo torneio, a entidade que rege o basquete no país entrou em confronto direto com a liga montada por Oscar, vetando a participação de qualquer jogador que nela atue na seleção brasileira masculina e feminina que disputarão o Mundial do ano que vem.
Fonte: UOL
A CBB, por meio de seu presidente, Grego, justificou o veto dizendo que a Fiba (Federação Internacional de Basquete) não permite que jogadores que estejam em competições que não são reconhecidas, como caso da NLB, estejam na seleção.
Já a NLB rebateu em nota oficial, na qual contestou a versão. "No Brasil os clubes e seus atletas são filiados às federações estaduais, estas são ligadas à CBB, que por fim é vinculada à Fiba. Os clubes que fazem parte da NLB e os seus atletas são filiados às federações dos seus estados e conseqüentemente ao Sistema Federal Desportivo, o que os torna vinculados legalmente à Fiba", disse a entidade.
Lançada no dia 4 deste mês, a NLB, que terá 18 times no masculino e seis no feminino e começará no próximo dia 25, demorou seis meses para ser criada e, desde quando ainda era uma idéia, já "batia de frente" com a CBB.
Uma semana após o anúncio oficial do novo torneio, a entidade que rege o basquete no país entrou em confronto direto com a liga montada por Oscar, vetando a participação de qualquer jogador que nela atue na seleção brasileira masculina e feminina que disputarão o Mundial do ano que vem.
Fonte: UOL
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