WNBA - 1
Olá pessoal…Bom, esse é meu estilo informal de escrever. Para quem não se lembra de mim eu sou João Claudio de Lima Júnior que ajudei o Blog do Basquete Feminino a cubrir os Panamericanos de 2003 aquí na cidade onde vivo ( Santo Domingo- República Dominicana).
Eu venho agora para comentar outro tipo de campeonato, que na minha opinião (sei que terei muitas divergências) é o mais forte e interessante campeonato do mundo.
A WNBA este ano vem um pouco diferente das edições anteriores, já que a nova regra diminui o contato físico e as restrições para a defesa são maiores. Isso já é um benefício grande para o espetáculo, uma sacada muito bem bolada pelos novos organizadores da liga, que já vem dando resultados excelentes. Isso beneficia muito as nossas queridas brasileiras Iziane Castro Marques e Janeth Arcain, porque viabilizam mais o jogo ágil e criativo das jogadoras brasileiras não tão acostumada com tanto contato físico.
Bom, os resultados da liga ainda não chegam a ser surpreendente para este começo, já que as equipes ainda estão se estruturando. Se espera mais do Phoenix Mercury de Diana Taurasi e da impetuosa Anne DeForge, que acabam de receber a vitoriosíssima australiana Penny Taylor e quem sabe futuramente a campeã do ano passado junto com o Seattle Storm, Kamila Vodhikova. O Detroit vem colocando muita banca, mas se sabe que sem o peso do talento individual de Swin Cash, apesar da monstruosa fase que vem passando Deana Nolan, o Detroit não chega muito longe, por isso o cuidado com a estrela vem sendo extremo. Pelo lado do vice-campeão Connecticut Sun há muita expectativa, já que apesar da idade, Taj MacWillians-Franklyn vem arrebatando a liga com seu jogo super defensivo e seu esmero no ataque, além disso o elenco é um dos mais consistentes. Para não falar demais por hoje a grande decepção vem sendo os Sparks que reuniram duas das maiores jogadoras que as quadras de basquete da WNBA já viram, Lisa Leslie e Chamique Holdsclaw. Se apostava muito que esse seria um ano previsível com uma dupla dessa e somando-se o elenco que já joga há tanto tempo, mas parece que algo anda desandando lá pelos lados da Califórnia, porém qualquer previsão seria agora muito imediatista e improvável, quero dizer até o fim da fase de classificação tudo pode mudar.
Agora é esperar para ver o que aconte!
Que Deus nos abençoe!
João Claudio de Lima Júnior
WNBA - 2
No dia de hoje quero falar sobre as atuações de Izzy e Janeth. Muita gente está dizendo que não há espaço para estrangeira na WNBA, outros dizem que as canarinhas e outras jogadoras não americanas não servem. Quero dizer que esses comentários todos são em parte verdade.
O último pode parecer absurdo, mas o problema é que a WNBA é além do nome uma versão masculina da WNBA e o ponto forte desse campeonato é a movilização da defesa somada com um grupo de boas pontuadoras. Muitas jogadoras brasileiras, européias e outras reticências não aprenderam a jogar contra essa defesa, senão fosse assim, por quê Amaya Valdemoro, Gordana Grubin, Maria Stepanova e até Elena Baranova não deslancham, já que essas são sem nenhuma dúvida grandes estrelas e pelo menos as duas últimas sempre tiveram tempo de quadra para demostrá-lo.
Ok! Polêmicas a parte, quando eu vejo os números de um jogo pela Internet fica difícil avaliar o desempenho de uma jogadora, porque às vezes ela não pontuou, nem assistiu ou rebotou, mas foi consistente e marcou presença. O que acabo de relatar está acontecendo com Janeth. Quase que ninguém sabe, mas até o jogo contra o Minesotta ela estava jogando na posição 1, ou seja, armadora pura, e todo mundo sabe que essa não é a praia da Janeth, mas eles a preferem aí, porque ela pode colaborar ofensivamente e sua defesa é muito consistente. Não sei se vocês sabiam, mas até que Janeth não marcou 18.5 pontos nessa liga em uma temporada o basquete admirável de Arcain como eles dizem era pela defesa e não mais do que isso. Mesmo sem estar pontuando esse 18.5 este ano, tal vez nem a metade, ela continua sendo super valorizada, respeitada e muito comentada.
Iziane tá só conquistando seu espaço. Apesar da posição excelente para a ofensiva da Iziane, não há jogadas estabelecidas para ela como deve ter na Europa, logo dificilmente ela estará marcando os pontos que todos sabemos que ela pode. Eu sinto sim um pouco de preconceito, porque na rotação de ataque a bola quase não passa pelas mãos dela. É de Jackson para Sue Bird, de Bird para Betty Lennox e o ímpeto de Janel Burse e sua altura tem chamado a atenção das colegas. Iziane tem feito isso também, mas o fato de ser latina deve pesar e todos ou a maioria dos pontos de Iziane são de contrataque ou jogadas individuais, mas isso faz com que ela vá se soltando através do talento individual e talvez consiga um caminho ainda mais glamuroso que Janeth, com quem ela é muito comparada. Espero só que ela possa dar mais sorte ao colocar a bola dentro da cesta, porque tem feito tudo certinho, mas na hora H a bola roda e não cai, esperamos que comece a rodar e cair (risos). Agora o fato dela estar jogando com jogadoras do nível de Leuren Jackson e Sue Bird é excelente. Sei e quero que todos saibam que isso é uma aprendizagem e tanta, porque o Seattle é a equipe campeã, os focos estão sobre elas e essa pressão ajuda muito a nossa menina do Maranhão a se desenvolver em todos os sentidos.
Agora gente, é torcer e esperar!
Que Deus nos ajude e nos abençoe!
João Claudio de Lima Júnior
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