quinta-feira, 9 de junho de 2005

Seattle de Iziane derrota Shock em Detroit no duelo dos últimos campeões da WNBA

O campeão Seattle Storm, reforçado pela ala brasileira Iziane Castro Marques, derrubou o último invicto da temporada da WNBA com uma grande vitória fora de casa sobre o líder do Leste Detroit Shock, campeão da liga americana feminina em 2003, por 76 a 61 (43 a 22 no intervalo), resultado que coloca o Storm (5V-2D) na vice-liderança isolada da Conferência Oeste à frente do Houston Comets da veterana ala brasileira Janeth Arcain (4V-2D). Iziane marcou seis pontos, três rebotes, duas assistências e dois roubos de bola, tendo um melhor desempenho defensivo. A pivô Janell Burse comandou o Seattle com 18 pontos e sete rebotes, e a ala-pivô australiana Lauren Jackson, eleita a melhor jogadora da semana passada, ajudou com 15 pontos e sete rebotes para superar os 23 pontos e quatro assistências da cestinha Deanna Nolan para o Detroit (4V-1D).

Em seis jogos desde que foi promovida a titular do Storm, a maranhense Izzy venceu cinco. Ontem o time não sentiu o desfalque da armadora campeã olímpica Sue Bird, com o nariz quebrado, e se recuperou da derrota sofrida na véspera para o vice-campeão Connecticut Sun na revanche das finais da WNBA 2004. Com uma grande atuação na defesa, roubando a principal característica dos times de Detroit, o Seattle jamais esteve atrás no placar, recuperou 12 bolas perdidas e limitou o time da casa a 22 pontos, abrindo 21 de vantagem no primeiro tempo, com a dupla Jackson/Burse dominando o garrafão contra a filha do ex-astro Karl Malone, Cheryl Ford, que marcou seis pontos e 11 rebotes. A pivô campeã olímpica Ruth Riley foi limitada a cinco pontos e três rebotes.

No segundo tempo, o Shock reagiu com a boa entrada da ala-pivô reserva Kara Braxton, autora de 15 pontos e quatro rebotes, e a armadora Deanna Nolan fez nove pontos numa série de 14 a 3 que reduziu a diferença para 46 a 36 faltando 15min55s, mas o Seattle soube administrar a vantagem acima dos 10 pontos até o final. O Detroit ganhou a parcial por 39 a 33, mas a diferença era grande demais para ser tirada. Melhor jogadora das finais de 2004, a ala-armadora Betty Lennox marcou 13 pontos, cinco rebotes e quatro assistências para o Storm, a novata armadora italiana Francesca Zara entrou bem no lugar de Bird anotando nove pontos e três assistências, e a pivô reserva australiana Suzy Batkovic colaborou com nove pontos, sete rebotes e um toco, mesmo número da compatriota Lauren Jackson e três a menos que a titular Janell Burse.

Embora tenha desperdiçado quatro posses de bola e feito só seis pontos acertando duas em três finalizações para dois, seus dois lances livres cobrados e errando o único arremesso de três que tentou, Iziane foi efetiva na marcação, como já havia feito contra as estrelas campeãs olímpicas Sheryl Swoopes (Houston), Diana Taurasi (Phoenix) e Tamika Catchings (Indiana). Ontem a maranhense limitou a ala Ayana Walker a quatro pontos e três rebotes, e a ala-armadora Elaine Powell (na foto disputando rebote com a camisa 8 brazuca) zerou, só fez duas assistências. Só Nolan e Braxton conseguiram atacar pelo Shock. A maior parte dos elogios no Seattle foi para a baixinha italiana Zara, que estreou bem como titular suportando a pressão dos 5.841 pagantes no Palace de Auburn Hills.

“Eu sabia que jogar na WNBA seria incrível, mas vivenciar tudo isso é ainda mais bonito, é um sonho que virou realidade. Na Itália temos nossos fiéis torcedores, mas a maioria do povo só se interessa por futebol, que é nosso esporte mais popular. A Izzy me disse que a situação é semelhante no Brasil. Quando jogamos uma final da Liga Italiana, temos 5 mil pessoas no ginásio, coisa que nos EUA você vê em qualquer partida de temporada regular. Os italianos sabem muito de futebol, não muito de basquete, ainda mais o feminino, a prioridade é para o masculino. Por isso gosto tanto daqui, os fãs são tão entusiasmados. Ganhando ou perdendo as pessoas te apóiam. No ano passado, minhas amigas Laura (Macchi) e Rafaela (Masciadri) voltaram a Itália para treinar com a seleção e falaram muito da WNBA, mostraram fotos e disseram o quanto a liga é competitiva. Foi uma grande experiência para elas jogarem em Los Angeles junto com Lisa Leslie e tantas outras estrelas, fiquei com vontade de experimentar isso pois vi o quanto estavam felizes. Você tem que ser forte mentalmente e fisicamente, é difícil ficar na reserva depois de jogar tanto tempo como titular em meu país, mas estou aprendendo muito com Sue Bird. Quero ajudar o time no que for possível”, disse Francesca.

“Zara é uma grande jogadora no ataque, ela não tem hesitação e é uma das melhores armadoras ofensivas da Liga Italiana. Nossa questão com ela é a defesa, mas está fazendo progressos nessa área. Não é surpresa para nós vê-la jogar bem, é só uma questão de adaptação para ela mostrar do que é capaz, estamos satisfeitas com nosso elenco internacional”, elogiou a técnica Anne Donovan.

A líder desse elenco é a cestinha da Olimpíada de 2004 e melhor jogadora da WNBA em 2003, Lauren Jackson. Ela recebeu o prêmio de destaque da liga na semana passada por ter liderado o Seattle a três vitórias. A melhor partida dela foi contra o Indiana Fever no sábado com 24 pontos, 15 rebotes, cinco tocos e três assistências. Jackson no momento é a melhor reboteira da competição com 11 rebotes por jogo, oitava cestinha com 16,4 pontos de média, segunda maior bloqueadora com 2,6 tocos por partida, oitava em acerto de lances livres com 95,7%, nona em tempo de quadra com 35,2 minutos por noite e já registrou três double-doubles. Outras candidatas ao prêmio de melhor da semana foram a pivô canadense Tammy Sutton-Brown (Charlotte), a gigante polonesa Margo Dydek (Connecticut), a armadora Dominique Canty (Houston), Deanna Nolan (Detroit), Anna DeForge (Phoenix), DeMya Walker (Sacramento), Tan White (Indiana), Wendy Palmer (San Antonio) e Temeka Johnson (Washington).

Seguindo sua excursão pelo Leste, o campeão Storm volta a jogar na sexta-feira na capital americana contra o Washington Mystics (2V-5D). O líder do Oeste Sacramento Monarchs (5V-1D) recebe o Phoenix Mercury (2V-5D), que ontem bateu o favorito Sparks (3V-4D) em Los Angeles por 66 a 63 (33 a 28 no intervalo) com 26 pontos da cestinha Diana Taurasi e 15 da ala australiana Penny Taylor quebrando um tabu, pois o time do Arizona não vencia em LA há 13 confrontos. Já o Houston Comets de Janeth recebe o vice-campeão Connecticut Sun (4V-1D), o Detroit Shock tenta a recuperação em casa contra o lanterna do Leste Charlotte Sting (1V-5D) e o Indiana Fever (4V-3D) enfrenta o New York Liberty (2V-3D) em Indianápolis. A WNBA folga na noite desta quinta-feira.


Diana Taurasi se recupera e dá vitória a Phoenix Mercury sobre LA Sparks na WNBA


Diana Taurasi se redimiu e levou o Phoenix Mercury a sua primeira vitória fora de casa em 13 partidas. A equipe do Arizona bateu na noite de quarta-feira o Los Angeles Sparks por 66 a 63 no Staples Center em LA. Diana marcou 26 pontos do Mercury, com um aproveitamento de 50% dos arremessos. Na partida do fim de semana contra o Houston Comets de Janeth, a armadora fez apenas quatro pontos, sua pior marca na temporada.

Outro destaque do Phoenix foi a ala australiana Penny Taylor. Com 15 pontos, seu recorde na temporada, a melhor jogadora da Liga Italiana fez sua terceira partida com a equipe, após conquistar o título italiano pelo Famila Schio de Cíntia Tuiú. Duas bandejas de Taylor deram ao Mercury a vantagem de 62 a 55 com 3min55s faltando no relógio. O Sparks (3V-4D) reagiu e escostou no placar em 62 a 61, a 1min53s do final.

Mas quatro lances livres convertidos por Plenette Pierson colocaram novamente o Mercury na frente e a equipe chegou à sua segunda vitória em sete jogos da temporada. A ala Chamique Holdsclaw, com 25 pontos e nove rebotes, e a pivô Lisa Leslie, com 17 pontos e seis tocos, foram os destaques do Los Angeles.


Fonte: BasketBrasil

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