Salve a Rainha
Marcelo Laguna
Confesso que não estava muito otimista para o resultado da votação desta última segunda-feira (4/4) lá em Springfield (EUA). Porém, os integrantes do Hall da Fama do basquete acabaram nos proporcionando uma agradável surpresa ao colocar o nome da ex-ala Hortência Marcari entre os eleitos de 2005 para a entidade, que reúne os maiores nomes da modalidade. Sem medo de errar na comparação, trata-se de um dos maiores feitos já obtidos pelo basquete brasileiro até hoje
A escolha de Hortência para integrar um clube tão seleto como é o Hall da Fama – a dificuldade de um estrangeiro ser indicado é enorme, ainda mais se for uma mulher – tornou o resultado da eleição desta segunda-feira ainda mais importante. Basta ler a lista de indicados e ver que a nossa Rainha do basquete já teria condições de integrar a entidade há tempos. Talvez apenas Cheryl Miller e Nancy Liberman, duas das maiores jogadoras da história dos EUA, estejam em condições de serem comparadas à Hortência.
Mas qual o significado desta escolha para o basquete do Brasil? Ao mesmo tempo em que se trata de uma honra, é também uma constatação de que o passado brasileiro nas quadras ainda é nosso maior bem. Não vale a pena repetir o que já escrevi na coluna de 9 de março, quando comentei da possibilidade da escolha de Hortência para o Hall da Fama. Seus feitos dentro de quadro são incomparáveis e jamais serão repetidos.
O problema maior foi que não soubemos tirar proveito do efeito positivo que estrelas como Hortência e Paula trouxeram enquanto estiveram brilhando em quadra por mais de duas décadas. Hoje, vivemos uma realidade nada animadora no basquete feminino, tendo que ver um êxodo constante de talentos cada vez mais jovens desenvolverem suas carreiras longe das quadras brasileiras. A mesma coisa já ocorreu no basquete masculino, com a geração que foi bicampeã do mundo, formada por Wlamir Marques e Amaury Pasos, e mais tarde com a equipe que foi campeã pan-americana de 1987, tendo como astros principais Oscar Schmidt e Marcel.
O feito inédito obtido por Hortência e que será finalizado na cerimônia de premiação, prevista para ocorrer entre 8 e 11 de setembro, deve ser muito comemorado. Mas festejar não nos deve impedir de refletir sobre a dura realidade do nosso basquete.
Números reais – Eis alguns números que comprovam toda a majestade de Hortência: campeã mundial pela seleção brasileira, na Austrália/ 94; medalha de prata nas Olimpíadas de Atlanta/96; medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Havana/91; prata nos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis/87; nove vezes campeã paulista; sete vezes campeã da Taça Brasil; três vezes campeã mundial interclubes.
Marcelo Laguna
Confesso que não estava muito otimista para o resultado da votação desta última segunda-feira (4/4) lá em Springfield (EUA). Porém, os integrantes do Hall da Fama do basquete acabaram nos proporcionando uma agradável surpresa ao colocar o nome da ex-ala Hortência Marcari entre os eleitos de 2005 para a entidade, que reúne os maiores nomes da modalidade. Sem medo de errar na comparação, trata-se de um dos maiores feitos já obtidos pelo basquete brasileiro até hoje
A escolha de Hortência para integrar um clube tão seleto como é o Hall da Fama – a dificuldade de um estrangeiro ser indicado é enorme, ainda mais se for uma mulher – tornou o resultado da eleição desta segunda-feira ainda mais importante. Basta ler a lista de indicados e ver que a nossa Rainha do basquete já teria condições de integrar a entidade há tempos. Talvez apenas Cheryl Miller e Nancy Liberman, duas das maiores jogadoras da história dos EUA, estejam em condições de serem comparadas à Hortência.
Mas qual o significado desta escolha para o basquete do Brasil? Ao mesmo tempo em que se trata de uma honra, é também uma constatação de que o passado brasileiro nas quadras ainda é nosso maior bem. Não vale a pena repetir o que já escrevi na coluna de 9 de março, quando comentei da possibilidade da escolha de Hortência para o Hall da Fama. Seus feitos dentro de quadro são incomparáveis e jamais serão repetidos.
O problema maior foi que não soubemos tirar proveito do efeito positivo que estrelas como Hortência e Paula trouxeram enquanto estiveram brilhando em quadra por mais de duas décadas. Hoje, vivemos uma realidade nada animadora no basquete feminino, tendo que ver um êxodo constante de talentos cada vez mais jovens desenvolverem suas carreiras longe das quadras brasileiras. A mesma coisa já ocorreu no basquete masculino, com a geração que foi bicampeã do mundo, formada por Wlamir Marques e Amaury Pasos, e mais tarde com a equipe que foi campeã pan-americana de 1987, tendo como astros principais Oscar Schmidt e Marcel.
O feito inédito obtido por Hortência e que será finalizado na cerimônia de premiação, prevista para ocorrer entre 8 e 11 de setembro, deve ser muito comemorado. Mas festejar não nos deve impedir de refletir sobre a dura realidade do nosso basquete.
Números reais – Eis alguns números que comprovam toda a majestade de Hortência: campeã mundial pela seleção brasileira, na Austrália/ 94; medalha de prata nas Olimpíadas de Atlanta/96; medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Havana/91; prata nos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis/87; nove vezes campeã paulista; sete vezes campeã da Taça Brasil; três vezes campeã mundial interclubes.
Fonte: Basket Brasil
DE BANDEJA
Considerada uma das melhores laterais do mundo - para mim a melhor - a
brasileira Hortência de Fátima Marcari, a Rainha Hortência foi escolhida
para integrar o Salão da Fama, nos Estados Unidos. Hortência, em 20 anos de
carreira esteve presente em todas as principais conquistas da seleção
brasileira, como a medalha de ouro no Pan-americano de Havana (91), Mundial
da Austrália (94), e a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atlanta (96).
A cerimonia da entrada da brasileira no Salão da Fama será no início de
setembro, em Springfield, Massachusetts, nos EUA.
**********
Atualmente longe das quadras, Hortência descarta a volta ao basquete para
ser dirigente. “Eu quero é sossego para minha vida”. Além dela, receberão o
prêmio em setembro os técnicos Jim Boeheim (Universidade de Syracuse), Jim
Calhoun (Universidade de Connecticut), Hubie Brown (ex-Memphis Grizzlies) e
a ex-técnica universitária Sue Gunter.
************
Nesta semana, o presidente da CBB, Gerasime "Grego" Bozikis estará reunido
com presidente das Federações de Estado em Florianópolis, Santa Catarina. O
assunto principal, claro é a política. Afinal de contas, no próximo mês
haverá eleição na entidade. Grego concorre pelo terceiro mandato e tem como
candidatos de oposição Hélio Barbosa, do Rio de Janeiro e o ex-técnico José
Medalha.
***********
Que situação do basquete feminino paulista. Ou melhor, brasileiro. Começou o
Campeonato Paulista. Oito equipes, sem estrelas e sem entusiasmo. O
campeonato de hoje bem que seria igual a uma Segunda Divisão há alguns anos
atrás. Os árbitros tiveram que diminuir a taxa, junto com os mesários. E
como sempre fica aquela expectativa. Será que até o final do campeonato as
oito equipes vão estar de pé?
Considerada uma das melhores laterais do mundo - para mim a melhor - a
brasileira Hortência de Fátima Marcari, a Rainha Hortência foi escolhida
para integrar o Salão da Fama, nos Estados Unidos. Hortência, em 20 anos de
carreira esteve presente em todas as principais conquistas da seleção
brasileira, como a medalha de ouro no Pan-americano de Havana (91), Mundial
da Austrália (94), e a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atlanta (96).
A cerimonia da entrada da brasileira no Salão da Fama será no início de
setembro, em Springfield, Massachusetts, nos EUA.
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Atualmente longe das quadras, Hortência descarta a volta ao basquete para
ser dirigente. “Eu quero é sossego para minha vida”. Além dela, receberão o
prêmio em setembro os técnicos Jim Boeheim (Universidade de Syracuse), Jim
Calhoun (Universidade de Connecticut), Hubie Brown (ex-Memphis Grizzlies) e
a ex-técnica universitária Sue Gunter.
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Nesta semana, o presidente da CBB, Gerasime "Grego" Bozikis estará reunido
com presidente das Federações de Estado em Florianópolis, Santa Catarina. O
assunto principal, claro é a política. Afinal de contas, no próximo mês
haverá eleição na entidade. Grego concorre pelo terceiro mandato e tem como
candidatos de oposição Hélio Barbosa, do Rio de Janeiro e o ex-técnico José
Medalha.
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Que situação do basquete feminino paulista. Ou melhor, brasileiro. Começou o
Campeonato Paulista. Oito equipes, sem estrelas e sem entusiasmo. O
campeonato de hoje bem que seria igual a uma Segunda Divisão há alguns anos
atrás. Os árbitros tiveram que diminuir a taxa, junto com os mesários. E
como sempre fica aquela expectativa. Será que até o final do campeonato as
oito equipes vão estar de pé?
Fonte: Juarez Araújo, em casa nova, o site CanalSP
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