Da Redação
Em São Paulo
O Fio/Pão de Açúcar/Unimed/Ourinhos conquistou nesta quarta-feira o título do Nacional feminino pela primeira vez em sua história. Com uma grande atuação de sua principal estrela, a ala Janeth, o time de Ourinhos derrotou o Unimed/Americana por 63 a 53 e fechou a série melhor-de-cinco em 3 a 1.
Janeth tenta arremesso na partida que deu a Ourinhos o título do Nacional
Eleita a melhor jogadora do torneio, Janeth terminou a partida com 29 pontos, sete rebotes, quatro bolas roubadas e duas assistências.
Seu desempenho na partida decisiva coroou um momento histórico na carreira da jogadora, que se tornou a única a ganhar o Nacional quatro vezes - 1999 (Santo André), 2001 (Vasco), 2002 (São Paulo/Guaru) e 2004 (Ourinhos).
"É como se fosse a primeira vez. Estou sentindo um alívio muito grande porque deixamos esse título escapar no ano passado. Eu estava angustiada, mas não podia falar para não passar nervosismo para a equipe", comentou Janeth após a partida, referindo-se à decisão do ano passado, quando Americana bateu Ourinhos de virada, por 3 a 2, e ficou com o título.
Outro que alcançou um feito inédito com a conquista de Ourinhos foi o técnico Antônio Carlos Vendramini, recordista absoluto em títulos do Nacional e único tricampeão do torneio. Antes, Vendramini já havia sido campeão pelo Fluminense, em 1998, e pelo Paraná Basquete, em 2000.
"A gente olha para o rosto das pessoas na torcida e vê o brilho nos olhos deles. É maravilhoso", disse o treinador, que elogiou o empenho de suas jogadoras. "Essas meninas são a cara do basquete feminino, jogam com muita garra e determinação, representam muito bem a mulher brasileira", completou.
Jogadora mais antiga do elenco de Ourinhos, a pivô Lígia dedicou a conquista à torcida da cidade. "Ela merece, vem ao ginásio e torce com vontade. Com vitória ou com derrota, ela está sempre aqui", disse.
Equipe de melhor campanha na fase de classificação, o Unimed/Americana amargou seu segundo vice-campeonato nos últimos três anos.
Além disso, a equipe do técnico Paulo Bassul viu Ourinhos virar o placar do confronto entre as duas equipes na história do Nacional, que agora aponta 10 vitórias para Ourinhos contra nove de Americana.
O jogo
Precisando vencer para manter vivo o sonho do bi, o Unimed/Americana iniciou a partida mostrando mais disposição e concentração do que no terceiro jogo. Com isso, conseguiu manter o placar equilibrado durante todo o primeiro período, que acabou empatado em 13 a 13.
O panorama do jogo não se alterou no segundo quarto, com ligeira vantagem para a equipe da casa. Explorando a boa atuação de Janeth e o apoio de sua torcida, Ourinhos foi para o intervalo vencendo por 29 a 25.
Na volta dos vestiários, porém, Americana passou a cometer muitos erros, permitindo ao adversário utilizar os contra-ataques para rapidamente abrir uma boa vantagem no marcador.
A equipe visitante ainda esboçou uma reação, mas não encontrou uma maneira de parar Janeth e entrou no último quarto perdendo por 15 pontos (53 a 38).
Mais tranqüilo em quadra, Ourinhos administrou a vantagem no quarto período e, apesar de ver a diferença cair nos minutos finais, assegurou a vitória por 63 a 53 que lhe deu o título do Nacional.
A cestinha da partida foi Janeth, com 29 pontos, enquanto Cristina foi a principal pontuadora de Americana, com 16.
Fonte: UOL
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