sexta-feira, 14 de janeiro de 2005

Nacionais das desistências

Por Juarez Araújo - 12:21 - 13/01/2005

Ainda sou dos tempos que as equipes brigavam para conseguir uma vaga no Campeonato Nacional, seja ele masculino ou feminino. E os tempos mudaram aqui no Brasil, e para pior, infelizmente.


Enquanto ao redor do mundo crescem ligas extremamentes profissionais, como a espanhola e a portuguesa, no Brasil ainda estamos na éra do esporte chamado de "bola-ao-cesto". Vejam amigo internauta da AOL. E não é uma simplesmente perseguição, como podem alguns "puxa-sacos" de plantão levantar a lebre. O feminino chega na final mais óbvia do planeta, lá estão Americana e Ourinhos pela enésima vez repetindo nos últimos anos as finais do Paulista e do Nacional.


Um Nacional, que diga-se de passagem, absurdo. Começou com oito equipes, sendo cinco de São Paulo e terminou com uma desistência no início do returno na fase de classificação. A verdade sobre a aberração do Rio das Ostras chegou à tona bem antes do que muitos imaginavam. O time desistiu do campeonato com uma única vitória na estréia contra o estreante Juiz de Fora. Isso pode?


Agora vem o Nacional Masculino, cujo início está previsto para o dia 23 deste mês. E na tabela marca a estréia do time do Ajax/Universo, em Goiânia. O adversário, a Liga Macaense, do Estado do Rio de Janeiro, time que vai substituir nada menos que o vice-campeão estadual, o Campos. Como um projeto cheios de sonhos pode, de uma hora para outra, acabar. E acabou, sumariamente.


No basquete de hoje, jogar um campeonato e desistir durante o transcorrer do outro, virou moda, sobretudo no Rio de Janeiro. A onda teve início com o tal América, do então técnico Ari Vidal, no início dos anos 80. Montou um timaço, mas nem jogar chegou. Morreu antes do primeiro mês de vida. Depois vieram os calotes de tantas outras equipes que nem vale a pena citar nomes.


Agora é Campos. Pobre do idealista, honesto e trabalhador do técnico Guerrinha, que apostou as fichas em uma cidade, num projeto que acabou frustrando suas metas. E a Liga Macaense tem cacife e estrutura para disputar o Brasileiro?


Bem são apenas detalhes para os dias de hoje. E não será novidade para mim que durante o campeonato nacional masculino, outras equipes possam desistir de competir. É só dar uma olhada, com detalhes, nos participantes:


De São Paulo - COC/Ribeirão, Paulistano, Uniara/Araraquara Franca, Limeira e
Corinthians/Mogi. Rio de Janeiro: Telamar e Liga Macaense; Minas Gerais: Uberlândia e Minas Tênis Clube; Paraná: Londrina/TIm e São José dos Pinhais; Rio Grande do Sul:
Torres/Ulbra; Santa Catarina: Joinville; Brasília: Universo; Goiás: Ajax/Universo.


Eu vou ficar apenas esperando e torcendo para que o Campeonato Brasileiro de 2005, consiga superar o meu pessimismo de sempre estar esperando melhoras e elas nunca aparecem.


De Bandeja

Magic Paula está de volta ao lugar que nunca deveria ter saído. A ex-jogadora, que no ano passado teve uma aventura ao integrar o governo Lula na pasta dos esportes, mas se decepcionou e acabou pedindo afastamento. Em dezembro passado, ela recebeu um convite do Prefeito eleito José Serra e do secretário de esportes, Marco Tortorello para voltar ao comando do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa. Ela aceitou e vai tomar posse na prõxima semana. O centro olímpico mudou de cara e de vida enquanto esteve sob a direção de Magic Paula.


Fonte: AOL

Nenhum comentário: