Para ganhar, temos que jogar muito melhor
Wlamir Marques
Em São Paulo
A primeira fase acabou, e agora o Brasil tem a Espanha pela frente nas quartas-de-final. Para ser honesto com vocês, até agora não gostei do que vi a seleção brasileira de basquete fazer nestas Olimpíadas.
Eu esperava mais, muito mais, especialmente mais luta. O time se classificou até que bem, mas apenas porque pegou três times fracos (Grécia, Japão e Nigéria) em uma chave fácil.
Por isso, se continuar jogando da mesma forma que na primeira fase tenho receio quanto ao futuro do Brasil na competição. Claro quer tudo pode mudar nas quartas-de-final, e não espero outra coisa que a vitória.
As derrotas para a Rússia e a Austrália eram até que esperadas, já que estes são hoje dois dos melhores times do mundo. Por sinal, para mim, o melhor momento brasileiro na competição, até agora, foi exatamente no primeiro tempo da derrota contra as australianas.
E ainda falando desse jogo, não acredito que o Brasil tenha entregado o resultado para não enfrentar os Estados Unidos, e assim encarar um adversário mais fácil, como a Espanha, o que efetivamente acabou acontecendo.
Acredito que as brasileiras jogaram com muita seriedade contra a Austrália, ao menos até o momento em que o adversário abriu uma vantagem de 10 pontos, e ai o time decidiu se poupar.
Falando agora um pouco da Espanha, nosso rival nas quartas-de-final, é realmente uma equipe não tão difícil de vencer. Não que a classificação esteja garantida, claro. Mas enfrentar as espanholas facilita o nosso tipo jogo, porque elas apostam muito de fora e o time não é muito alto.
Vale lembrar, porém, que a Espanha foi a segunda colocada na chave das norte-americanas, praticamente já donas do ouro. Por isso, o Brasil vai ter que jogar bem como ainda não o fez neste torneio olímpico.
Já se passarmos às semifinais, vamos ter novamente pela frente a Austrália. Se bem que na semifinal o time pode se superar, mas acho difícil. Na realidade, vejo bastante difícil a medalha, porque há outras seleções, como a Rússia e a República Tcheca que estão em um estágio técnico acima do nosso.
Tenho que destacar no time brasileiro a Iziane, mais pela voluntariedade, porque às vezes ela é muito afoita e individualista. Isso acontece mais pela inexperiência do que por qualquer outro motivo. Já a Helen vive tendo altos e baixos e depende muito do arremesso de três pontos.
A Alessandra luta muito e tem mais facilidade contra jogadoras baixas (o que pode ser decisivo contra a Espanha), e vence mais na altura que na técnica. Já a Cíntia Tuiú é muito valente, e joga mais para a equipe para ela.
E tem a Janeth, claro, que dispensa comentários, mas que vem sendo muito marcada, e está atuando cada vez mais como ala do que armadora, já que some do garrafão em meio às cada vez mais gingantes pivôs. De qualquer forma, vamos torcer pela vitória contra a Espanha, e ver até onde dá para chegar.
Fonte: UOL
Wlamir Marques
Em São Paulo
A primeira fase acabou, e agora o Brasil tem a Espanha pela frente nas quartas-de-final. Para ser honesto com vocês, até agora não gostei do que vi a seleção brasileira de basquete fazer nestas Olimpíadas.
Eu esperava mais, muito mais, especialmente mais luta. O time se classificou até que bem, mas apenas porque pegou três times fracos (Grécia, Japão e Nigéria) em uma chave fácil.
Por isso, se continuar jogando da mesma forma que na primeira fase tenho receio quanto ao futuro do Brasil na competição. Claro quer tudo pode mudar nas quartas-de-final, e não espero outra coisa que a vitória.
As derrotas para a Rússia e a Austrália eram até que esperadas, já que estes são hoje dois dos melhores times do mundo. Por sinal, para mim, o melhor momento brasileiro na competição, até agora, foi exatamente no primeiro tempo da derrota contra as australianas.
E ainda falando desse jogo, não acredito que o Brasil tenha entregado o resultado para não enfrentar os Estados Unidos, e assim encarar um adversário mais fácil, como a Espanha, o que efetivamente acabou acontecendo.
Acredito que as brasileiras jogaram com muita seriedade contra a Austrália, ao menos até o momento em que o adversário abriu uma vantagem de 10 pontos, e ai o time decidiu se poupar.
Falando agora um pouco da Espanha, nosso rival nas quartas-de-final, é realmente uma equipe não tão difícil de vencer. Não que a classificação esteja garantida, claro. Mas enfrentar as espanholas facilita o nosso tipo jogo, porque elas apostam muito de fora e o time não é muito alto.
Vale lembrar, porém, que a Espanha foi a segunda colocada na chave das norte-americanas, praticamente já donas do ouro. Por isso, o Brasil vai ter que jogar bem como ainda não o fez neste torneio olímpico.
Já se passarmos às semifinais, vamos ter novamente pela frente a Austrália. Se bem que na semifinal o time pode se superar, mas acho difícil. Na realidade, vejo bastante difícil a medalha, porque há outras seleções, como a Rússia e a República Tcheca que estão em um estágio técnico acima do nosso.
Tenho que destacar no time brasileiro a Iziane, mais pela voluntariedade, porque às vezes ela é muito afoita e individualista. Isso acontece mais pela inexperiência do que por qualquer outro motivo. Já a Helen vive tendo altos e baixos e depende muito do arremesso de três pontos.
A Alessandra luta muito e tem mais facilidade contra jogadoras baixas (o que pode ser decisivo contra a Espanha), e vence mais na altura que na técnica. Já a Cíntia Tuiú é muito valente, e joga mais para a equipe para ela.
E tem a Janeth, claro, que dispensa comentários, mas que vem sendo muito marcada, e está atuando cada vez mais como ala do que armadora, já que some do garrafão em meio às cada vez mais gingantes pivôs. De qualquer forma, vamos torcer pela vitória contra a Espanha, e ver até onde dá para chegar.
Fonte: UOL
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