terça-feira, 24 de agosto de 2004

Basquete do Brasil começa sua "verdadeira" Olimpíada

Da Redação
Em São Paulo

O Brasil vai repetir em Atenas uma receita que já deu certo em Sydney-2000: esquecer uma primeira fase ruim e jogar nas quartas-de-final como se estivesse estreando nas Olimpíadas. "O campeonato de verdade começa agora", avisa a pivô Alessandra.

Esse é o espírito das basqueteiras verde-amarelas para a partida contra a Espanha, nesta quarta-feira, ás 14h, valendo vaga na semifinal, contra o vencedor de Austrália e Nova Zelândia.

"Para nós, os Jogos começam contra a Espanha, que é uma equipe forte e conta com boas arremessadoras de fora", explica o técnico Antonio Carlo Barbosa.

A situação é muito parecida com a de quatro anos atrás, quando o Brasil saiu de seu grupo como o terceiro colocado e chegou à medalha de bronze. Barbosa, porém, não gosta da comparação.

"O momento hoje é diferente. Em Sydney, perdemos jogos que não esperávamos e estávamos desacreditados. Em Atenas, a situação é outra. As coisas aconteceram da forma que programamos", avisa logo o treinador.

Um dos grandes problemas para passar às semifinais, porém, é o estilo de jogo da Espanha. Jogando com estilo brasileiro, as espanholas têm boas chutadores de longe e jogam com garra que não se vê, por exemplo, nas outras seleções fortes da Europa.

"A Espanha não começou muito bem aqui nos Jogos, mas cresceu muito depois, ganhou confiança É um time perigoso, é bem parecido com o nosso. Gosta de correr, tem sangue, tem emoção, assim como a gente", analisa a armadora Helen.

A principal preocupação das brasileiras é a ala Amaya Valdemoro. A jogadora, uma das principais da Europa, jogou no Brasil nesse ano. Defendendo o Americana, ela foi campeã da seletiva do Mundial, disputada no interior de São Paulo, e do Campeonato Paulista. "Vim jogar no Brasil quando era bem jovem e gostei muito do país. Gostava muito de ver a Hortência jogando", disse a jogadora quando estava no país.

Além disso, as espanholas levaram vantagem nos últimos confrontos com o Brasil. "No Mundial de 2002, nós jogamos de igual para igual com elas, mas perdemos por oito pontos de diferença. No ano passado, no Torneio de Cárcere, elas venceram novamente, mas foram derrotadas pela Iugoslávia, que perdeu para nós", lembra Antonio Carlos Barbosa.


Fonte: UOL

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