sábado, 18 de outubro de 2003

Nacional com seis paulistas e poucas estrelas
Competição feminina, que começa dia 26, tem apenas duas equipes de outros Estados
HELENI FELIPPE

Metade das 12 jogadoras da seleção brasileira de basquete que assegurou vaga à Olimpíada de Atenas, no ano que vem, vai estar em quadra no Campeonato Nacional, que começa dia 26. Mais outras seis, a maioria das titulares da equipe que foi ao Pré-Olímpico do México, jogarão na Europa - Adrianinha, Helen, Iziane, Alessandra, Cíntia e Kelly. Além da saída de grande parte das brasileiras para o exterior, o campeonato - criado em 1998 para 'nacionalizar' o basquete feminino - continua sendo tipicamente paulista: das oito equipes que jogarão o torneio, seis são de São Paulo.

O Nacional será apresentado quinta-feira, com a presença de algumas jogadoras importantes, como Janeth e a jovem Érika, que vão atuar no Fio/Unimed/Pão de Açúcar, de Ourinhos. Também jogarão no Brasil, Micaela e Jaqueline, pelo Unimed/Americana, Leila e Viviam, pelo Santo André. Helen está na Rússia, Iziane na Espanha, e Alessandra, Cíntia, Adrianinha e Kelly, na Itália, para onde estão indo, inclusive, atletas da seleção sub-21 vice-campeã mundial, como Gracy, Flávia e Zaine. Com o mercado externo aberto para as brasileiras por empresários são muitas as jogadoras que estão indo para fora, inclusive nem tão famosas, como Patrícia Pirandini e Márcia Sobral, que estão em Moçambique.

Completam os times paulistas no Nacional o Santa Maria, de São Caetano do Sul, o Data Basket, de São Bernardo do Campo e o São Paulo/Guaru (que disputa o Mundial de Clubes, na Rússia, até domingo - ontem perdeu o terceiro jogo para o coreano Wooribank Hansae por 80 a 75). Os outros representantes são o Lages/Consórcio Batistela, de Santa Catarina, e Uberaba/Black & Decker, de Minas Gerais, que não disputaram o torneio no ano passado. O Rio não tem time na competição. O Vasco, campeão em 2001, sem equipe competitiva não se inscreveu - a técnica Maria Helena Cardoso, que comandava a equipe, também foi para a Europa, trabalhar no basquete espanhol. O Campos, que jogou no último ano, também não se inscreveu.

O técnico Antônio Carlos Vendramini, que comandou equipes em projetos desenvolvidos por Hortência, primeiro no Fluminense, do Rio, e depois no Paraná Basquete, em Curitiba, não tem uma explicação clara sobre o fracasso das tentativas. Pelo Centro de Excelência do Paraná, as escolinhas de basquete criadas em várias cidades do Estado, passaram cerca de 14 mil crianças - estima o técnico. "Só com os núcleos, o Estado poderia organizar torneios mini, mirim e infantil. Talvez as federações não sejam atuantes", observa Vendramini.

O Fluminense foi campeão do Nacional em 1998. Em 2000, o título ficou com o Paraná, com a mesma equipe, 'importada' de Americana por Hortência. A cidade do interior de São Paulo se reestruturou e continua no campeonato, mas o trabalho feito no Rio e no Paraná não vingou, no que se refere a manutenção de uma equipe competitiva.

Fonte: Estadão

Há algum tempo não vejo uma matéria com tantos equívocos:

1) Não é Gracy. É Grazi, de Graziane.

2) Zaine não pertence a seleção sub-21. Já foi atleta da seleção adulta, inclusive com medalha de bronze, em 2000.

3) A Patrícia que está na África é a Patrícia Mara. Outra Patrícia, a Perandini está em Uberaba.

4) Para piorar, tanto Lages como Uberaba jogaram o último Nacional.

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