sábado, 18 de outubro de 2003

Americana vence e breca sonho do bi de Ourinhos

Marta Teixeira, enviada especial a Santos

Santos (SP) - A equipe de Americana conseguiu parar o sonho de Ourinhos de conquistar o bicampeonato no basquete feminino nos Jogos Aberto do Interior, que estão sendo realizados em Santos (SP).

Na noite desta quinta-feira, o time de Americana levou a melhor sobre o rival e venceu a final da competição por 86 a 74 (47 a 33 no primeiro tempo), dominando a partida a partir do segundo tempo.

A melhor em quadra foi a ala Ega, que marcou 25 pontos e apanhou 12 rebotes. 'O time teve muita garra e mostrou sua força. Agora é comemorar', explicou a jogadora.

O técnico de Americana, Paulo Bassul, enalteceu a superação das atletas. 'As nossas pivôs eram mais rápidas e as laterais mais altas. Exploramos isso e o time soube superar para vencer. Elas mostraram muita determinação', avaliou o treinador.

A vitória desta noite foi uma revanche da final do ano passado, quando Ourinhos conquistou o título, e do primeiro confronto entre as equipes nesta edição dos Jogos Abertos. Para a capitã de Americana, Micaela, a conquista foi importante por provar um crescimento qualitativo do grupo.

'Um título é sempre bom e inédito ainda é melhor. O time cresceu muito durante o campeonato e principalmente do jogo anterior. Tivemos muitos erros naquele primeiro jogo, mas conseguimos uma estratégia muito boa para esse', comemora.

O técnico Bassul concorda. 'Sem dúvida foi um título importante, a equipe mereceu. Nos primeiros jogos francamente não gostei, mas o grupo cresceu. Jogamos contra uma grande equipe e é sempre bom vencer'.

Vendramini lamenta derrota, mas valoriza campanha

Marta Teixeira, enviada especial a Santos

Santos (SP) - Desta vez Ourinhos não conseguiu repetir o sucesso da temporada passada e teve de se contentar com o vice- campeonato dos Jogos Abertos do Interior. Na noite desta quinta-feira, a equipe do técnico Antônio Carlos Vendramini foi superada por Americana por 86 a 74 (47 a 33 no primeiro tempo), em Santos (SP). Apesar do desapontamento com o resultado, Vendramini fez questão de valorizar a postura do grupo em quadra.
'Fizemos uma campanha boa, mas não conseguimos vencer este jogo. A equipe se mostrou competitiva e isto foi muito importante', diz Vendramini.

Para ele, a equipe caiu muito de produção na segunda metade do confronto e acabou pagando o preço por isto. 'Tivemos um segundo tempo infeliz, ruim demais. Foi uma vitória merecida (de Americana) e não podemos reclamar', explica.

Em sua primeira competição como técnico do grupo, Vendramini acredita que o saldo geral foi positivo. 'Estou chegando agora e muitas meninas também. Eu tenho que me acostumar com o grupo e elas também, mas com certeza vamos estar melhores no Nacional'.

A principal competição do calendário brasileiro feminino de basquete começa na próxima semana, dia 26, e será o grande desafio do treinador, que assumiu o grupo depois do Paulista.

Além de Vendramini, Ourinhos tem outras novidades em relação ao último estadual como a pivô Érika e vai se reforçar ainda mais com a chegada da ala Janeth, que o treinador já confirma no grupo. 'Está tudo certo com ela', afirma.

Técnico pede revigoração dos Jogos

Marta Teixeira, enviada especial a Santos

Santos (SP) - 'Eu vinha nos Jogos para ver os grandes ídolos', lembra o hoje técnico da equipe feminina de Ourinhos, Antônio Carlos Vendramini, falando sobre a importância dos Jogos Abertos do Interior. Na noite de quinta-feira, sua equipe ficou com o vice-campeonato do torneio, superada por Americana na final. O saudosismo do treinador tem motivo. Em muitas modalidades, as equipes que representam as cidades acabam levando equipes das categorias de base ou incompletas no torneio.
Ex-jogador, Vendramini lamenta a situação atual. 'Participei como atleta e vibrava no torneio. Agora estou sentindo os Jogos Abertos muito frios', diz. 'Se você me perguntar como resolver isto, não vou poder te responder. Isto é uma coisa para os dirigentes, mas alguma coisa tem de ser feita', garante.

Na categoria feminina, as equipes até levam seus grupos principais, mas no masculino há muita variação. Times como Araraquara, São Caetano e Mogi participaram com os titulares, outros, como Ribeirão, foram representados pelos juvenis enquanto outras cidades de times tradicionais simplesmente não tiveram representantes. 'Lembro que vinha para ver os grandes ídolos: Hélio Rubens, Edvar Simões, era muito bom'.

Para o treinador, a ausência de grandes nomes na quadra acaba tirando um pouco do brilho da competição. 'É uma pena, porque isso é muito importante para atrair público e formar novos torcedores'.

Favoritos prometem reforços

Marta Teixeira

São Paulo (SP) - Com uma versão bem mais enxuta de suas edições anteriores, o Campeonato Nacional Feminino de Basquete já tem dois fortes candidatos à final. Mais estruturadas e com maiores recursos, Unimed/Pão de Açúcar/Ourinhos e Unimed/Americana já vão largar no torneio na dianteira. Responsáveis pela final da categoria nos 67º Jogos Abertos do Interior, disputados em Santos (SP), eles prometem mais novidades para o principal torneio do país. Ourinhos confirma a presença da ala Janeth no grupo para a luta por um dos poucos títulos que não possui. A novidade vai somar ao talento da pivô Érika, campeã do ano passado com o São Paulo/Guaru e do técnico Antônio Carlos Vendramini, que é bicampeão do torneio (1998 com o Fluminense e 2000 com o Paraná Basquete).
Com pouco mais de um mês de trabalho com a equipe, Vendramini está confiante para o próximo Nacional, empolgado pelo desempenho das jogadoras nos Jogos. 'A equipe se mostrou competitiva (em Santos) e vamos estar em um nível melhor para o Nacional'. Para Vendramini, com a chegada de Janeth o grupo passará a ter exatamente o que lhe faltou para ser campeão em Santos: uma líder. 'Ela é aquela jogadora que chama a responsabilidade, que foi o que não tivemos neste jogo (a final contra Americana)'.

Campeã dos Jogos de Santos, Americana também pode ter novidades para a próxima competição. Segundo técnico Paulo Bassul, existe a possibilidade de reforçar o garrafão. 'Talvez uma pivô forte. Querer, nós queremos. Fica dependendo do dinheiro', diz.

Na temporada passada, sua equipe foi vice-campeã e, assim como Ourinhos, persegue um título inédito tanto para o clube quanto para o treinador. A novidade em relação ao grupo da temporada anterior é a chegada da armadora Jacqueline, que passou seis anos jogando no exterior (Estados Unidos e França). Com menos de um mês no grupo, Bassul acha que a atleta já conseguiu uma boa integração ao time.

A prova foi a evolução da equipe nos Jogos Abertos, do qual acabou sendo campeã. 'Nos primeiros jogos não gostei da equipe. Tínhamos conversado e havia dito que ia ter paciência por causa da mudança na armação, que é um setor em que você precisa conhecer bem o time'.

No final, a paciência deu resultado, mas Bassul não se ilude para o Nacional. 'Sem dúvida a equipe mereceu o título. Estamos felizes, mas com o pé no chão. Nacional é outra história. Todas as equipes pensam em reforço e Ourinhos, que já tem um bom grupo, vem aí com Janeth. Vamos continuar trabalhando'


Fonte: Gazeta

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